Igreja

Papa Francisco fará peregrinação à África

Além do roteiro peregrino do Santo Padre, houve outros destaques na semana do Pontífice.

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Papa Francisco na República Centro-Africana (Imagem/Vatican Media)

 Ele será o primeiro Papa em 37 anos a retornar à República Democrática do Congo e o primeiro a tocar o solo do Sudão do Sul, o país mais jovem do mundo desde a declaração de independência em 2011.

Visita a África

“Uma bela viagem para levar uma palavra de paz”, disse o diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, Matteo Bruni, na coletiva de apresentação da viagem, durante a qual, em resposta às perguntas dos repórteres sobre segurança, ele esclareceu que “não há nenhuma ameaça específica”. “Estão sendo feitos grandes esforços pelas autoridades locais para garantir a segurança”.

Marcas da visita apostólica do Papa a Africa (Reprodução Vatican Media)

Recentemente foi apresentado o programa da viagem do Papa aos dois países no Sudão do Sul que estará acompanhado pelo Primaz Anglicano Welby e pelo moderador da da Igreja da Escócia, Greenshields. Espera-se um milhão e meio de pessoas na missa em Kinshasa. Na agenda, encontros com vítimas de violência e deslocados internos. 

Jesus como mestre do anúncio

Este foi o tema da Audiência Geral desta semana. Francisco indica os elementos essenciais do modo de comunicar a “boa nova”, que não oprime, mas cura. Seguindo o exemplo do Mestre, os cristãos devem testemunhar com alegria.

O primeiro elemento do anúncio é a alegria.  O segundo elemento é a libertação. Jesus diz que foi enviado para anunciar a libertação aos pobres. O terceiro elemento é a luz. O quarto elemento do anúncio é a cura. O último elemento é o feliz anúncio dirigido aos pobres. Muitas vezes se esquece dos pobres que “são os destinatários explicitamente mencionados por Jesus, porque são os prediletos de Deus… Faça-se necessitado de graça, necessitado de perdão, necessitado de alegria. E Ele se aproximará até você“, concluiu o Papa.

Inauguração do Ano Judiciário do Tribunal da Rota Romana

Em audiência, o Pontífice recebeu na quinta-feira (26), os membros da Associação Italiana de Fundações e Organizações Filantrópicas, que reúne fundações italianas e estrangeiras dedicadas à promoção da pessoa e de uma economia solidária. No discurso, recordou que esse organismo reúne “várias fundações privadas que, na Itália e no exterior, trabalham em vários campos, para a promoção da pessoa e para o desenvolvimento de modelos sociais e econômicos saudáveis ​​e solidários, colocando em sinergia diferentes competências e recursos“.

É muito importante, para que a sua ação não se reduza a uma ajuda esporádica, mas plante as sementes para o futuro nos lugares onde as pessoas vivem, nas situações que a Providência indicar a vocês. A humildade da escuta, assim entendida, é um elemento fundamental do agir para bem comum, ainda mais quando permite ser porta-voz das necessidades dos mais frágeis nas instituições públicas.

É o próprio Cristo que vem ao nosso encontro nos pobres, para nos mostrar o caminho para o Reino dos Céus, Ele que “se fez pobre para nos enriquecer com sua pobreza”, encerrou o Santo Padre.

Não desista!

O Papa recebeu em audiência o Instituto de Estudos Internacionais de Salamanca: devemos seguir adiante no caminho da paz, “o amor, a fraternidade e o verdadeiro humanismo que nasce da fé vencem o ódio, a rejeição e a brutalidade”.

“A guerra é terrível. Porém, não devemos desistir, algo novo pode nascer dessas cinzas, nesse fracasso podemos tirar uma lição de vida“, disse ainda o Papa. 

O Papa com a delegação do Instituto Europeu de Estudos Internacionais de Salamanca (Vatican Media)

Esta paz não só vai além do que podemos obter por meios meramente humanos, mas também nos desafia para que não se baseie simplesmente em equilíbrios de poder ou em silenciar as justas demandas dos desfavorecidos. No entanto, a paz entre os homens é um bem essencial pelo qual devemos trabalhar com zelo e suplicar com fervor a Deus.

É um desafio que vocês aceitaram e agradeço-lhes por esse desejo de contribuir, a partir de sua ciência, com elementos válidos que ajudem a todos a seguir adiante no caminho da fraternidade, no caminho da paz e da unidade humana“, concluiu.

 

 
 
 
 
 
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