No dia 07 nov 2006 o Papa falou da Confissão Comunitária epediu aos sacerdotes para observar rigorosamente as normas da Igreja sobre osacramento da Penitência, em particular as que afetam à absolvição coletiva.
Ao constatar «a crise do sacramento da Reconciliação» o Papaconvidou os Bispos da Suíça, em visita “ad limina apostolorum” «a relançar umapastoral penitencial que estimule a confissão individual».
O Papa disse «Pedi a vossos sacerdotes que sejam confessoresassíduos, oferecendo generosamente aos fiéis horários apropriados para aConfissão pessoal; estimulai-os para que eles mesmos se aproximem comfreqüência deste sacramento».
«Exortai os fiéis a aproximar-se regularmente do sacramentoda Penitência, que permite descobrir o dom da misericórdia de Deus e que leva aser misericordioso com os outros, como Ele.»
A Confissão «ajuda a formar a consciência, a lutar contra asmás inclinações, a deixar-se curar por Cristo, a progredir na vida doEspírito».
O Papa convidou os sacerdotes «a observar rigorosamente asnormas da Igreja sobre a absolvição coletiva», «que exigem situações verdadeiramenteexcepcionais para recorrer a esta forma extraordinária do sacramento daPenitência».
Estas normas, recordou, são apresentadas pelo «Motu proprio»«Misericordia Dei», publicado por João Paulo II em 7 de abril de 2002.
Segundo este documento, a «absolvição geral» ou «coletiva»tem um caráter de excepcionalidade» e não pode enviar-se com caráter geral, anão ser que se dêem duas condições. O Catecismo da Igreja explica quando sepode realizar a Confissão comunitária:
§1483 – “Em casos de necessidade grave, pode-se recorrer àcelebração comunitária da reconciliação com confissão e absolvição gerais. Estanecessidade grave pode apresentar-se quando há um perigo iminente de morte semque o os sacerdotes tenham tempo suficiente para ouvir a confissão de cadapenitente. A necessidade grave pode também apresentar-se quando, tendo-se emvista o número dos penitentes, não havendo confessores suficientes para ouvirdevidamente as confissões individuais num tempo razoável, de modo que ospenitentes; sem culpa de sua parte, se veriam privados durante muito tempo dagraça sacramental ou da sagrada Eucaristia. Nesse caso, os fiéis devem ter,para a validade da absolvição, o propósito de confessar individualmente seuspecados no devido tempo (CDC, cân. 962,1). Cabe ao Bispo diocesano julgar se osrequisitos para a absolvição geral existem (CDC, cân. 961). Um grande concursode fiéis por ocasião das grandes festas ou de peregrinação não constitui casode tal necessidade grave (CDC, cân. 961,1)”.
É importante notar que a Igreja obriga a pessoa que realizouuma Confissão comunitária, se confessar com o sacerdote tão logo seja possível.Assim, a Confissão comunitária, embora válida, não substituiu a Confissãoauricular.
Note também que o documento declara que «não se considerasuficiente necessidade quando não se pode dispor de confessores por causa só deuma grande concorrência de penitentes, como pode suceder em uma grande festa ouperegrinação».
A primeira coisa que Jesus fez após a Ressurreição, no mesmodomingo, foi instituir o Sacramento da Confissão: “Dizendo isto soprou sobreeles e disse: Recebei o Espírito Santo; aqueles a quem perdoardes os pecados,os pecados ser-lhes-ão perdoados; aqueles aos quais os retiverdes, ser-lhes-ãoretidos” (Jo 20,22-23).
O Catecismo da Igreja ensina que “O perdão dos pecadoscometidos após o Batismo é concedido por um Sacramento próprio chamadosacramento da Conversão, da Confissão, da Penitência ou daReconciliação”(§1486). E que “Aquele que quiser obter a reconciliação com Deuse com a Igreja deve confessar ao sacerdote todos os pecados graves que aindanão confessou e que se lembra depois de examinar cuidadosamente suaconsciência” (§1493).
No mínimo uma vez ao ano todo católico deve se confessar; éum dos mandamentos da Igreja: “Todo fiel, depois de ter chegado à idade dadiscrição, é obrigado a confessar fielmente seus pecados graves, pelo menos umavez por ano” (CDC, cân. 989). Aquele que tem consciência de ter cometido umpecado mortal não deve receber a Sagrada Comunhão, mesmo que estejaprofundamente contrito, sem receber previamente a absolvição sacramental (Conc.Trento, DS 1647,1661), a menos que tenha um motivo grave para comungar e lheseja impossível chegar a um confessor (CDC, cân. 916; CCEO, cân.711). Ascrianças devem confessar-se antes de receber a Primeira Eucaristia” (CDC, cân.914). (§1457).
O Catecismo da Igreja chama o Sacramento da Confissão de“Sacramento de cura”. Certa vez o Papa João Paulo II disse que os consultóriosde psiquiatras estão cheios porque os Confessionários estão vazios.