“Tendo eles assim orado, tremeu o lugar onde se achavam reunidos. Etodos ficaram repletos do Espírito Santo, continuando a anunciar comintrepidez a Palavra de Deus” (Atos 4,31).
A Igreja, desde as suas origens, é depositária da mensagem de salvação, que Jesus Cristo lhe confiou, por meio dos apóstolos.
Ao mesmo tempo, tem a tarefa de pregar esses ensinamentos de Jesus atodos os povos. A Igreja nasceu para evangelizar, para ensinar ao povoque Cristo é o Rei e Salvador do mundo. Que Cristo é o enviado do Pai,o missionário por excelência. Ela nasceu para espalhar a Boa Nova dasalvação ao mundo inteiro.
Disse-lhes: “Ide por todo o mundo, proclamai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15).
Foi assim que Cristo procedeu antes de subir ao céu. Após a suaressurreição reuniu os apóstolos e os enviou, para anunciar a Boa Nova.Na obediência ao mandato de Cristo e envolvidos pela graça do EspíritoSanto e pela caridade, com alegria e vigor, os Apóstolos lançaram-seentusiasmados, para pregar o Evangelho de Jesus Cristo a toda criatura.
O fundador da Congregação do Verbo Divino São Arnaldo Janssen disse: “Tudo é possível na força da graça do Espírito Santo”.
“Na força do Pai que nos ama, em Jesus, o missionário por excelência,no fogo abrasador de Pentecostes, sentimos hoje o mesmo impulso destapresença do Espírito Santo que nos move a nos colocarmos em estadopermanente de missão. Esta é a hora! Todos nós somos convocados:dioceses, paróquias, vida consagrada e comunidades. Não deixemos agraça passar em vão. È hora de nos unirmos no grande mutirãoevangelizador para que a América Latina seja, de fato, o “Continente daesperança, da fé e do amor” afirmam Dom Sergio Arthur Braschi,Presidente da Comissão da Missão Continental e Dom Dimas Lara Barbosa,Secretário Geral da CNBB*.
Apóstolo Paulo: O Modelo
Em toda história da obra missionária, temos São Paulo Apóstolo comoo grande modelo de evangelizador. Ele é colossal na inspiração paramissões e missionários. Ele é o ínclito arauto a ser imitado com todoardor na alma de quem deseja ser um valente anunciador da Boa Nova dasalvação.
Escreve o grande apóstolo de Jesus Cristo e doutor dos gentios:“Anunciar o evangelho não é título de glória para mim; é antes, umanecessidade que se impõe. Ai de mim, se eu não anunciar o Evangelho” (1Cor 9,16).
“Muitas vezes, vi-me em perigo de morte. Dos judeus recebi cinco vezesos quarenta golpes menos um. Três vezes naufraguei. Fiz numerosasviagens. Perigos no deserto e no mar. Numerosas vigílias, fome, sede,frio e nudez! E isto sem contar o mais: a minha preocupação cotidiana,a solicitude que tenho por todas as Igrejas! (2 Cor 11,23-33).
Com autoridade no seu modelo apostólico, ele pede ao jovem pastorTimóteo a seguir o seu exemplo: “Tu, porém, me tem seguido o meu modode viver”. “Proclama a palavra, insiste, no tempo oportuno e noinoportuno”. “Sê sóbrio em tudo, suporta o sofrimento, faze o trabalhode um evangelista, realiza plenamente o teu ministério (2 Tm 3,10; 4,2.5).
Assim como São Paulo que corajosamente anunciou a Boa Nova em meio atantos perigos, também nós podemos abraçar esta causa como Igreja. Estaé sem dúvida uma escalada penosa, mas não impossível. O fundador daobra internacional de Schoenstatt o célebre Padre alemão José Kentenichfala da coragem de São Paulo Apóstolo, dizendo: “O alpinista para nós éSão Paulo com sua atitude heróica de amor a cruz, que tudo vence.Realmente, ele tinha de suportar muito sofrimento por amor a Cristo.Sofreu grandes perseguições, foi oprimido pelos enigmas da vida e podiadizer de si: ‘longe de mim o gloriar-me, a não ser na cruz de nossoSenhor Jesus Cristo’” (Livro de Arquivo L.Q. – 1º Volume).
*Projeto Nacional de Evangelização: O Brasil na Missão Continental, p.7.