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Dom Anuar Battisti
Odireito de se divertir e encontrar os amigos para algumas horas dedistração juntos, nunca pode tirar, da consciência, o dever decuidar-se e cuidar dos outros. Os encontros sempre foram umaoportunidade bonita de estreitar laços de amizade e construirrelacionamentos verdadeiros. As baladas são uma oportunidade positiva,para quem tem a cabeça no lugar, assim outros ambientes sociais, epodem conduzir a uma verdadeira vivência dos valores da vida humana,como por exemplo a amizade, o respeito e a valorização do outro e davida. Somos ou não somos corresponsáveis para criar um mundo melhor?Acreditamos ou não que a vida é presente de Deus e que deve serpreservada a todo custo?
Diantede tantos fatos de jovens se matando no trânsito, excedendo em bebidaalcoólica, em drogas que afetam diretamente a consciência e o corretouso da razão; diante das reuniões exclusivas para determinados grupossociais; diante da diversidade de opções que levam jovens ou adultos aviverem alienados em um mundo ilusório, acreditando serem felizes,pergunto: Quantas vidas foram e estão sendo ceifadas, a cada dia, porcausa dos abusos e extravagâncias? Como convencer esta gente que pensaque a vida não vale nada? Como os pais podem ficar tranquilos em casaem um fim de semana, sem ver os filhos de volta? Quando e como voltam?Quantos não voltaram, senão em um carro funerário!
Comoparte deste mundo imundo, não podemos estar de braços cruzados. Muitasiniciativas foram tomadas e estão sendo levadas a bom termo. Atitudesde repressão, como também de educação e de prevenção, são realizadas emtodos os ambientes, com o objetivo de proporcionar qualidade de vida efavorecer a construção de uma sociedade cada vez mais solidária esegura. Além de todo o trabalho feito, a prevenção e a verdadeiraeducação vêm da família, onde, desde pequenos, aprendem a viver oslimites da vida, onde aprendem o quanto vale cada coisa que usam, sabemde onde veio e quanto suor custou. Ao mesmo tempo, aprendem, com ospais, o caminho da igreja, do amor e o temor de Deus. Desde o colomaterno e paterno os pequenos aprendem que a vida vale mais, que acimade tudo temos um Deus que nos ama e nos quer ver felizes, aqui e naeternidade.
Semquerer fazer dos filhos estátuas ou múmias sem sentimentos ou desejos,os pais devem, como missão, oferecer um caminho onde saibam valorizar opouco, onde saibam viver na abundância e na carência, onde aprendamdeste a tenra idade a orar e dobrar os joelhos, reconhecer que nãoestão sozinhos. Ninguém pode furtar-se a esse dever. É puro enganopensar: Vou deixar meus filhos crescerem e quando grande eles decidem oque querem seguir. A primeira escola, a primeira igreja, a primeiraprofessora, o primeiro catequista é a sua casa, é o seu colo, é suaexperiência de Deus. Quantos pais e mães, vazios de Deus, sem nenhumaexperiência espiritual para apresentar aos filhos! Ninguém dá o que nãotem. Com certeza, muitos deram tudo, menos o essencial. Com certeza,muitos não tinham nada e deram o que tinham: o amor e o carinho de quemacredita que a vida é dom de Deus Pai. Assim vamos contemplar ummundo, onde a morte não ocupa o primeiro lugar e nem nossas ruasficarão manchadas de sangue de inocentes e de irresponsáveis que matame morrem. A vida não é uma balada.