Sou Maria das Mercês Estevão, sou casada com Ewerton Irineu, Somos pais de 4 filhos e consagrados na Comunidade de Aliança na Comunidade Shalom de Itapipoca (CE).
Sempre em nosso matrimônio, Deus nos pediu tudo e, mesmo com medo e nas tantas lutas, sempre nos lançamos na vontade de Deus, nosso paraíso. Somos plenamente realizados e completamente felizes na maternidade, no matrimônio e na consagração de vida. Maravilhas fez conosco o Senhor, exultemos de alegria.
O pedido de Deus
Em julho de 2018, durante a reciclagem, Deus pediu a meu esposo que tivéssemos mais um filho e em janeiro de 2019, eu também fui para a reciclagem e em um momento de adoração, Deus também me pediu a abertura para a vinda de mais um filho. Era certo que Deus queria. Para os homens era impossível uma quarta cesária, as pessoas diziam que o meu útero não aguentaria, que iria se romper, mas para Deus nada é impossível. Rezei dizendo a Deus que se Ele queria, eu também queria. Logo a jaculatória dos santos passou a ser a minha: “a obediência gera milagres.”
No dia 4 de fevereiro de 2019, foi concebido aquele que, em oração, Deus deu o nome de Samuel, cujo significado é “aquele que foi chamado por Deus.” Tínhamos muita fé e esperança, porém existia também o medo e o sentimento de morte, os quais se fizeram presente em todos os dias da gestação. Se Deus quer, é possível, pois dúvida não temos e fácil não seria, mas fomos vivendo um dia de cada vez. Meu medo maior era não fazer a vontade de Deus. No dia 17 de setembro do mesmo ano, fomos ao médico e ouvi dele que meu bebê estava sofrendo, a placenta não estava oferecendo oxigênio para ele e era preciso antecipar o parto. Isso nos deixou sem norte e o medo prevaleceu, mas Deus nos fazia lembrar que nossa vida é Dele, com isso nos abandonamos na Sua Providência e o medo deu lugar à esperança.
Ele ia nascer dia 19 de setembro, era preciso tomar as injeções para amadurecer o pulmão, só tinha 35 semanas de gestação. Entramos numa aventura de fé, sem saber como se daria, mas vimos que muitos irmãos e familiares estavam conosco, nos sustentando por meio das orações, aos quais somos gratos.
Fizemos mais exames no dia 18 e a resposta foi que o parto seria feito naquele dia. Restava-nos confiar, pois sabíamos que Deus estava conosco e sua presença e cuidado era perceptível na providência do hospital, dos enfermeiros e dos médicos.
O nascimento e a consagração a Deus
Ele nasceu às 15:30, dentro da hora da misericórdia. A médica disse que foi difícil, mas que eu estava no lugar certo. Logo depois do parto enfrentamos 19 dias de UTI. Eu recebi alta e tive que deixá-lo. A espera, a incerteza, o medo, a sensação de que a vida dele estava sendo levada, o coração pequeno de tanta angústia, mas decidimos louvar e continuar. Meu esposo cuidando dos nossos outros três filhos em casa e eu diariamente indo para o Hospital.
Samuel não tinha melhora, poderia ser uma infecção mais severa ou talvez precisasse passar por uma cirurgia no estômago. Eu então orei e disse: “Jesus, Tu que quiseste meu filho, permitiu tudo, que vivemos em toda gestação. Eu quero muito a cura dele.” Ele, no meu coração, respondia: “Antes de ser teu, ele é Meu.” Eu não tinha certeza de nada e nem pedia pra acabar tudo aquilo, Deus me forjou na dor. Bendita provação que está me fazendo melhor, principalmente na maternidade e cuidado dos filhos que Deus me deu. Porém, Ele foi claro ao dizer que antes de serem meus, eles são todos de Deus. Daí em diante, Samuel foi melhorando, pela graça de Deus, não era infecção, nem precisou de cirurgia. Recebeu alta dia 5 de Outubro, dia de Santa Faustina, divulgadora da misericórdia.
Maria das Mercês Estevão
Comunidade de Aliança Shalom
