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As gerações na história do PJJ: confira testemunhos de vida missionária

Na semana do aniversário de 35 anos do Projeto Juventude para Jesus, confira depoimentos de irmãos que trazem em si as marcas da primazia da nossa evangelização

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FOTO: COMSHALOM

O Projeto Juventude para Jesus (PJJ) faz 35 anos e durante essa história muitos rostos, personalidades e claro, gerações, fizeram e fazem parte das primeiras horas até hoje.

Acompanhe ao final entrevista com irmãos que partilham como o Projeto fez e faz parte da vida deles, os frutos e as graças desse caminho que passa pela evangelização dos jovens.

O pastoreio jovem na minha vida

O pastoreio jovem está inserido no PJJ e é uma via para que os jovens anunciem a palavra de Deus aos moldes do Carisma, mas também é meio para que os próprios pastores sejam formados enquanto pais e mães espirituais. 

Gabrielle Alves, 22 anos, CAL em Perdizes/SP partilha sobre sua experiência: “Enquanto pastora de um grupo de adolescentes me faz refletir quando eu era ovelha, com o coração inflamado depois da primeira experiência dentro do carisma. Eu olhava os pastores como esse grande exemplo. E hoje como pastora reflito muito como as ovelhas me observam e isso vai gerando em mim o desejo de ser um exemplo para elas, e o pastoreio vai nos amadurecendo, aprendendo a lidar com a vida do outro e a cuidar deles.”

Gabrielle se refere também às oportunidade de cura que o Pastoreio proporciona:

“Muitas vezes nós temos marcas completamente contrárias e o quanto o pastoreio vai nos ensinando a tocar em feridas nossas e a ter um olhar de misericórdia.”

Vania Sousa, 61 anos, Definitiva da CAL em Fortaleza/CE iniciou no Projeto Juventude como pastora do grupo de oração El Shaddai. “A casa era a do Monsenhor Bruno, o coordenador do Projeto era o Carmadélio. Nessa casa, promovemos muitos eventos para atrair os jovens.” recorda.

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Os hiperconectados evangelizam com as redes sociais

A geração Alpha, filha da geração Y ou “Millenial”, é marcada pela hiperconectividade. Nascidos após 2010 eles estão imersos nas telas e para eles não há possibilidade de algo estar fora do celular, do computador e das novas ferramentas de interação digital.

Athos Guilherme, 15 anos, faz parte da Obra Shalom na Difusão de Caruaru/PE e como nativo digital, engajado no PJJ, ele comenta: 

“Hoje, minha relação com as redes sociais se dá para a utilização de impulsionar minha vida espiritual, eu utilizo muito no computador, em momentos de oração e estudo bíblico, a capelinha on-line do shalom. Com este avanço da tecnologia posso também ter aplicativos no meu celular que me ajudam a me aprofundar mais ainda na fé, aplicativos que mostram Liturgia do dia, orações e novenas.” 

Ele partilha como usa a tecnologia para ação evangelizadora: “Através deste meio digital, eu consigo evangelizar e propagar um pouco da minha fé e do carisma Shalom, através das redes sociais, como o Instagram e o TikTok.” 

Ouvir os jovens para discernir ações evangelizadoras no século XXI

“Eu acho muito importante a evangelização por redes sociais, levando em consideração que esta geração de hoje está muito conectada às redes de comunicação. Podemos alcançar e tocar na vida e no coração das pessoas, através de uma palavra, de uma partilha, de um post…” diz Athos Guilherme.

O jovem que também vive a dimensão própria do carisma que passa pela evangelização pessoa a pessoa finaliza:

“Como um jovem de 15 anos, que também leva a vida de estudante, convivendo diariamente com eles, consigo ver o quanto de jovens tem sede por Deus. Muitas vezes evangelizando alguns colegas de sala, pude ver fielmente o quanto esses jovens são alcançados por nossos posts, por nossas divulgações, de seminários de vida, de tríduos, e até mesmo posts de vídeos de pregações e partilhas.”

Assim, a criatividade jovem tem se revelado ser um instrumento cheio de parresia na evangelização, é o que confirma Tatiane Maia, Consagrada da Comunidade de Vida em Teresina/PI que relata sua intensa experiência com os jovens durante o período em que Coordenou o Projeto na Missão de Curitiba/PR:

Eu subestimava o poder que o jovem tem de realizar coisas aparentemente irrealizáveis e da graça de um jovem que reza que canaliza toda sua força juvenil para as coisas de Deus e é um potência de evangelização, criatividade e testemunho para outros jovens que eles convivem.

>> Conheça a página oficial da Juventude Shalom

“Eu te ensino sobre skate e você me ensina sobre Deus, okay?”

Das experiências de evangelização, Tatiane Maia relembra algumas de suas experiências. 

Segundo ela, no dia do acampamento, com os ônibus na porta com os jovens, ela viu um jovem passando de patins em frente ao Centro de Evangelização de Curitiba. Ela disse que gritou para esse jovem, foi atendida e pode o convidar para ir com eles.

Ele disse: ‘É, não tenho nada mesmo para fazer esse fim de semana, só vou passar em casa, pegar umas coisas e eu vou, eu só não tenho como ir ainda’. 

Relembra Tatiane: “Providenciamos um irmão da Aliança para ir com ele para casa e depois para o acampamento. Esse jovem teve uma forte experiência com Deus a ponto de viver como Jovem em Missão e membro da Comunidade. Foi uma experiência muito forte de evangelização e daquilo que Deus é capaz de fazer onde a gente não pode imaginar.”

Outra experiência começou numa pista de skate da cidade e terminou no Shalom: 

 “Em Curitiba tem muitos skatistas, tinha uma pista com muitos jovens e entre eles uma menina. Eu tentava uma forma de ir lá. Havia uso de drogas.” 

A missionária comenta que foi pedindo um sinal a Deus para ir àqueles jovens, um tênis de skate foi sua resposta. Ela conseguiu um skate emprestado e “na cara e na coragem”  foi ao encontro de um jovem na pista:

Olha eu estava querendo aprender andar de skate, será que você poderia me ensinar? Esse jovem achou muito estranho, mas me deu alguns exercícios para fazer. Eu tentava ao máximo conquistar aquele jovem. 

Comecei a chamar para o Shalom para tomar um lanche e depois de alguns convites ele aceitou. Eu pedi para rezar por ele, que não sabia o que era isso, mas aceitou. Fiz uma proclamação por uma cura com o pai dele e aquele jovem resistente, que nunca tinha recebido oração, que nunca tinha pego uma bíblia, baixou as resistências. O jovem disse, ‘Olha vamos fazer um combinado: a partir de agora eu só te ensino sobre o skate se você me ensinar sobre Deus’. E eu fiquei impactada com aquilo.

A equipe de redação do Comshalom traz para você um bate-papo com esses irmãos que representam tantos rostos das gerações do PJJ, confira:


COMSHALOM: Como foi a sua história com o Projeto Juventude para Jesus?

Vania Sousa, 61 anos, Definitiva CAL, Fortaleza:

Iniciei no Projeto Juventude como pastora de grupo de oração. O nome do grupo era El Shaddai. A casa era a do Monsenhor Bruno e o coordenador do Projeto era o Carmadélio. Nessa casa, promovíamos muitos eventos para atrair os jovens. Quando ele viajou para Aracaju para a primeira missão fora do estado, eu assumi o PJJ, com uma equipe maravilhosa, disposta a tudo. Coordenei um dos acampamentos. Quando o Ronaldo assumiu, tínhamos várias reuniões aos sábados, na Casa Mãe de Deus, na Rua Nogueira Acioly, (com jovens de grande liderança). Aproveitávamos as oportunidades e o tempo para nossos planejamentos. Que tempo bom! Tínhamos muito empenho na evangelização dos jovens. 

COMSHALOM: Quais frutos o PJJ deixou na sua vida?

Vania: O serviço no PJJ me abriu muitos horizontes. Nunca faltei aos compromissos do Projeto por conta dos estudos ou do trabalho. Sempre o Senhor me ajudou a organizar o tempo. Eu ficava cansada, mas muito feliz. Aprendi a evangelizar com os próprios jovens, a vencer a timidez, a falar em público e acima de tudo, a crescer no amor a Deus e ao Seu Reino. Ele é quem dá sentido à minha vida. A obra que Deus iniciou em mim, continua. Sinto-me jovem por dentro. Tenho um carinho enorme pela juventude. Por graça e providência de Deus, hoje estou numa célula de jovens aos sábados, por conta do meu trabalho e eles me fazem muito bem. 

COMSHALOM: O que você tem a dizer aos jovens de 15 a 25 anos anos engajados hoje no projeto?

Vania Sousa: Jovens, quando servimos a Deus, nós não perdemos nada. Nós passamos a VIVER verdadeiramente. Façam a experiência. Eu fiz, e deu certo!

Foto: Arquivo Pessoal

COMSHALOM: Como seu engajamento no PJJ tem o afetado pessoal e espiritualmente:

Athos,15 anos Caruaru/PE: Através do meu engajamento, eu pude contemplar muitas promessas de Deus na minha vida, de forma pessoal, consegui mudar muito, desde pequeno sempre fui mais tímido, mas em momentos que Deus me convidava a evangelizar, eu me lançava. Mesmo com medo eu escolhia ir, escolhi sair de mim mesmo, e foi uma grande via de cura, que hoje posso ver as sementes que plantei frutificando. Consegui me tornar mais próximo destes jovens, posso hoje contemplar muitos feitos de Deus na minha vida, através desta juventude.

Na minha vida espiritual, pude ver cada vez mais minhas orações tomando mais direcionamento e sentido, fazendo uma profunda obra de entrega e de confiança no Senhor.

COMSHALOM: Se você pudesse conversar com um um dos primeiros do PJJ a 35 anos atrás, o que você diria a ele?

Athos: Realmente quero me lançar inteiramente, ofertar minha vida, a minha juventude, por Deus, pelos jovens, porque eu sei que é vontade de Deus, e a vontade de Deus é o meu paraíso. Foi o sim dela, que contribuiu para que o PJJ crescesse e pudesse chegar até mim e alcançar a vida de outros jovens. 

Foto: Arquivo Pessoal

COMSHALOM: Como foi a experiência de coordenar o Projeto, as ideias que nasciam para enfrentar os desafios da evangelização que se apresentavam? 

Tatiane Maia, 37 anos, CV, Teresina/PI: Eu coordenei o PJJ em Curitiba/PR entre os anos de 2013 a início de 2015. Foi a minha primeira experiência concreta com a primazia da vocação. A primeira ação foi trazer os jovens para mais perto por meio de um núcleo que trabalhasse comigo. Convocava para adorações comunitárias, partilhas. Daí surgiram ideias de evangelização de realidades que já existiam, mas que fomos dando o nosso tom. Fazíamos vigílias a noite toda com pregação, adoração, lazer, partilhas. Os jovens chamavam outros jovens como se fosse para uma balada e começavam a chegar mais jovens. Reformamos um espaço do projeto com a cara deles, com ambiente para estudo e trabalho, com sofás, pintura nova. Proporcionamos a eles a experiência de  “invadirem” aquele lugar feito para eles após rezarmos e cantar um jingle. Foi uma grande festa. Fizemos também um acampamento protagonizado por eles.

Foto: Arquivo Pessoal

COMSHALOM: Sendo uma jovem da geração Z como é para você viver a rotina do Carisma? 

Gabrielle Alves, 22 anos, CAL, Perdizes/SP: Nessa rotina de um “turbilhão” que é viver o carisma em São Paulo, com 2 horas de deslocamento de casa para o trabalho, uso esse tempo para abrir o coração a Deus, para meditar com a Liturgia diária. A busca por missa após o trabalho para em seguida ir para a célula e chegar em casa só meia noite. Durante a semana parar e preparar a pregação e o grupo de oração, montar reunião com núcleo, horários para acompanhamento e a cada dia fazendo isso com muito amor e dedicação. Assumindo realmente a vontade de Deus para cada um de nós. O Senhor que nos confia os filhos Dele. Nós jovens temos essa missão de cuidar de jovens. Que grande mistério, que grande alegria e responsabilidade que Deus nos dá e confia. Sou muito alcançada. Vejo muitos jovens e adolescentes tendo essa experiência primeira pelo Projeto Juventude, pelos eventos que realiza. Quantas pessoas vão sendo alcançadas e são filhas do projeto desde o início até hoje.

Foto: Arquivo Pessoal

Celebre os 35 anos do PJJ!

Uma série de eventos marcam a celebração dos 35 anos do Projeto Juventude para Jesus, entre eles o Congresso de Jovens Shalom Internacional, que acontecerá em Fortaleza-CE, Casa Mãe da Comunidade Shalom. Entre as novidades para este ano está a programação com um dia a mais; de 10 a 13 de outubro jovens do mundo inteiro estarão reunidos para viverem momentos de pregação, Adoração ao Santíssimo Sacramento, shows, entre outros. 

Para saber mais, acesse o site oficial do Projeto Juventude para Jesus: https://comshalom.org/juventudesh

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