Bem, eu tive vários encontros e desencontros com o Celibato. Alguns momentos que desejava ardentemente e outros em que eu queria casar.
Quando conheci a Comunidade Shalom, eu estava na paróquia, e o que finalizou meu discernimento para fazer o vocacional foi – Lá se pode casar! Os anos foram passando, e eu olhava para o celibato com curiosidade e desejo secreto. Eu me apaixonei, desapaixonei e segui. Tinha muito medo do celibato tanto quanto o desejava, mas esqueci. Consegui fugir por bastante tempo, até que no processo para as minhas promessas definitivas, esse desejo se levantou novamente. Quando ouvi o testemunho de uma irmã da minha casa comunitária que ia casar, foi impactante quando ela disse: ”Foram tantos anos de história que temos e nunca mudou o que sinto!” Isso me chamou a atenção porque eu fui olhar para a minha história e realmente Deus sempre estava ali de uma forma única, mais profunda.
Eu queria ter certeza, porque Deus é presente na vida de todos, eu queria entender se em mim era igual ou tinha alguma diferença. No entanto eu podia dizer também que Deus “Nunca mudou, sempre esteve aqui dentro de mim”. Foi o tempo que me ajudou. Lendo a minha história pude ver as marcas de Deus em minha vida.
Realizei os meus primeiros votos no celibato no mesmo ano que fiz as minhas promessas definitivas no Carisma Shalom. Hoje, poucos dias após meus votos perpétuos, posso dizer que nada mudou e tudo mudou. Foram muitas provas e muitos ensinamentos. O Esposo se dispõe, pacientemente, a ser meu Mestre e me educa a cada dia.
Com Ele eu sigo, agora sem nenhuma reserva — para sempre.
Anádria Pessoa, CCSh
Comunidade de Vida e Celibatária pelo Reino dos Céus