Nessa quarta-feira(01 fev) a Assembleia da República vai debater uma petição do movimento cívico ‘Direito a Morrer com Dignidade’, que defende a “despenalização da morte assistida” em Portugal.
Os responsáveis da Igreja Católica e movimentos da sociedade civil, tem expressado forte oposição, com destaque para a nota da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), divulgada em março de 2016, na qual os bispos rejeitam soluções que coloquem em causa a “inviolabilidade” da vida.
“Não pode justificar-se a morte de uma pessoa com o consentimento desta. O homicídio não deixa de ser homicídio por ser consentido pela vítima: a inviolabilidade da vida humana não cessa com o consentimento do seu titular”, refere o texto do Conselho Permanente da CEP.
O debate na reunião plenária do Parlamento vai ser acompanhada, no exterior da Assembleia, por uma manifestação do movimento cívico ‘Stop Eutanásia’, a partir das 12h30
Deu entrada ontem no Parlamento a petição ‘Toda a Vida Tem Dignidade’ que conta com mais de 14 mil assinaturas. Entre as causas estar a pedir “Rejeite toda e qualquer proposta que vá no sentido de conferir ao Estado o direito a dispor ou apoiar a eliminação de Vidas Humanas, ainda que com o alegado consentimento da pessoa”.
“Em vez de perder tempo a discutir a morte ganhemos tempos a discutir a vida. Achamos triste que num país que tem tantos idosos abandonados estejamos a discutir a eutanásia em vez de discutir como é que devemos apoiar essas pessoas”, disse José Maria Seabra Duque, um dos mandatários da iniciativa, à Agência ECCLESIA.
As associações católicas de enfermeiros e profissionais de saúde, de farmacêuticos, de professores, de juristas, de psicólogos e de médicos e ainda a ACEGE, assinaram um comunicado conjunto em que exprimem o seu apoio a esta petição.
A Associação dos Médicos Católicos Portugueses classificou a discussão sobre a legalização da eutanásia como sinal de “uma perda de sentido da vida humana”.
Fonte: AGENCIA ECLESIA