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França aprova na Assembleia Nacional aborto até o 9º mês da gestação

Lei poderá permitir que grávidas em sofrimento psicossocial desistam da gravidez até o último mês.

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Foto: Unsplash

Na manhã de terça-feira (11), o mundo acordou com mais uma triste notícia: a França aprovou na Assembleia Nacional, por 60 votos a 37, uma medida que pode legalizar o aborto até o 9º mês de gestação para mães com sofrimento psicossocial. Apesar de ainda precisar ser aprovada pelo senado, a decisão nos leva a refletir sobre o posicionamento da Igreja perante a desvalorização da vida humana.

No Catecismo da Igreja Católica, artigo 2270, o entendimento cristão está claro. “A vida humana deve ser respeitada e protegida de maneira absoluta, a partir do momento da concepção. Desde o primeiro momento de sua existência, o ser humano deve ver reconhecidos os seus direitos de pessoa, entre os quais o direito inviolável de todo ser inocente à vida”.

Na bíblia, encontramos no livro de Jeremias (1, 5) o próprio Deus contemplando o dom da vida a partir da concepção quando diz “antes de formar-te no seio da tua mãe, eu já te conhecia, antes de saíres do ventre eu te consagrei”.

Diante de tantas tentativas de banalizar a vida, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) publicou há alguns meses uma nota reiterando este posicionamento: “’É tempo de cuidar’, a vida é dom e compromisso! A fé cristã nos compromete, de modo inarredável, na defesa da vida, em todas as suas etapas, desde a fecundação até seu fim natural. Este compromisso de fé é também um compromisso cidadão”.

Aborto legalizado

É importante destacar que na França é legalmente permitido realizar o aborto até a 12ª semana de gestação e que atualmente já é juridicamente permitido realizar o aborto até o 9º mês quando o nascituro é portador de doença incurável ou a saúde da gestante está em risco. A aprovação do aborto em qualquer etapa da gestação para mulheres com sofrimento psicossocial é um ampliação das medidas que o país vem tentando adotar ao longo dos anos, afim de dar autonomia à mulher com relação à continuidade da gravidez e consequentemente banalizando a vida.


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