Essa instituição bimilenar acumula a experiência evangélica daperseguição e se reinventa a cada tempo difícil.Isso é comprovado ao selançar um olhar na história.Em seus inícios os primeiros adeptos foramperseguidos, martirizados e renegados. Dessa época foi dita a célebrefrase de Tertuliano,"o sangue dos mártires é a sementeira de novoscristãos".
O tempo passou, a Igreja tornou-se religião oficial do império, outrosacontecimentos terríveis sobrevieram e uma resposta a cada um deles foidada.
Nostempos atuais as perseguições não cessaram e procura-se a todo custoque a Igreja abra mão de seus valores. Nesta perspectiva seria estranhover estampadas, em jornais, manchetes como: Igreja aprova o uso decontraceptivos; é a favor da descriminalização do aborto, etc. Taiscoisas iriam contra o seu princípio de defender a vida em plenitude,logo, ela estaria minando seus alicerces e pondo em risco sua missão.
A Igreja foi comparada por seus primórdios a uma barca e entre oscristãos ficou conhecida como a barca de Pedro. Esta não foi construídapara navegar nas águas mansas, mas foi feita para singrar no marrevolto e tempestuoso.Bento XVI afirmou em seu discurso inaugural queesta "pequena barca foi não raro agitada por ondas fortes, lançada deum extremo ao outro: do marxismo ao liberalismo, até ao ponto de chegarà libertinagem; do coletivismo ao individualismo radical; do ateísmo aum vago misticismo religioso; do agnosticismo ao sincretismo, e por aíadiante". A tempestade atual é o relativismo prático e as vagas domaterialismo, consumismo, hedonismo e panteísmo pós-moderno.
No mundo hodierno faltam pessoas e grupos que sejam fiéis a seusprincípios e valores. A Igreja é uma das poucas que sustenta comconvicção seu ideal,por conta disso acontece um fenômeno: Quanto maisela é perseguida por difundir, com Coerência e fidelidade, seupensamento e doutrina, mais ela se solidifica. Ainda que percaquantitativamente, em números de fiéis (se é que se pode chamar defiéis), por exemplo, ganha de forma qualitativa no vigor dos quepermanecem e atrai para si pessoas de todos os segmentos da sociedadecarentes de algo que lhes dê as resposta que buscam e até então nãoencontraram.
Contempla-se assim em meio ao cenário ermo e inóspito que acontece umnovo florescer no mundo católico. Uma via é aberta no deserto, comoprofetiza Isaías. Prova disso são as, chamadas, Novas Comunidades quesurgiram nas últimas décadas, cresceram e fizeram a Igreja atingir osque estavam mais distantes. No seio destas novas expressões eclesiaispredomina o engajamento de jovens e, das famílias.Caso particular se dáem Fortaleza devido ao grande número destas expressões laicascatólicas, tendo inclusive, uma delas reconhecimento por parte da Séromana. Trata-se da Associação internacional de fiéis ComunidadeCatólica Shalom, cujo fundador é Moysés Azevedo e co-fundadora, MariaEmmir.
EstasNovas Comunidades são marcadas pelo desejo de seguir os ensinamentos deJesus Cristo incondicionalmente, sendo fiéis à Igreja e respectivamenteà tradição e ao magistério.
Elas são constituídas por leigos que estão inseridos em todos ossetores da sociedade e funciona como fermento na massa, como luz nomundo.
Assimtodos se deparam com o instigante e inexplicável caso da Igreja que écriticada e cresce, que é perseguida e, paralelamente fortificada, érecalcada e, misteriosamente torna-se esplendente.
A Igreja está em alta, não nos parâmetros usados na normalidade, massegundo os princípios que a constituem e a impulsiona rumo àeternidade.Deste modo é um exemplo para pessoas e instituições que seperdem na fumaça da história por deixarem para trás seusideais,princípios e valores por conta da ditadura do relativismo quenão responde aos anseios mais profundos do coração humano.