Para o mundo, é loucura ver duas pessoas que se amam se distanciarem. Porém, para o coração daqueles que se amam de verdade, tudo se suporta por amor, ou melhor, pelo Amor!
Lembro-me de quando recebi a resposta que partiria em missão para Garanhuns e fui contar aos meus parentes e amigos, pensei que eles iriam me questionar sobre a minha família, faculdade, futuro, que estaria deixando-os de lado… mas surpreendentemente o que mais ouvi foi: “Mas… e o seu namoro, como vai ficar?” “Mas e o Thiago?”. Posso contemplar hoje que o tempo de missão é um tempo muito fecundo, que nos leva a viver o novo também a dois, porque o vivemos de forma pessoal e comunitária. Deus não é incoerente.
Namorar à distância não é fácil, mas se abandonar na graça de Deus é provar que o essencial não nos falta, mesmo tendo que adaptar o namoro à realidade da missão, ofertando tudo com sacrifício. Se hoje somos sustentados pela graça, é porque colhemos os frutos de termos construído, ao longo desses quase quatro anos de namoro, uma relação onde não somos só namorados, mas principalmente amigos. Amigos que não só se amam, mas se conhecem a ponto de ver no outro aquele que escolhemos todos os dias para trilhar este caminho. Porque não basta só amar, é preciso querer a mesma coisa. E nós queremos ser santos, e fazemos do nosso namoro um instrumento de santidade.
Juntos, eu em Garanhuns (PE), ele em Natal (RN), somos testemunhas de que vale a pena submeter nosso amor humano à vontade do nosso único amor: Jesus.
Viviane Ribeiro
membro da Comunidade de Aliança em missão em Garanhuns