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Momentos quentes no namoro: até que ponto?

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© mast3r/SHUTTERSTOCK
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Gostaria de um esclarecimento sobre a definição das relações sexuais antes do casamento. A minha namorada e eu estamos levando adiante o nosso relacionamento em castidade, porque não nos sentimos ainda prontos para um relacionamento completo, por isso nos limitamos a beijos e carícias. Mas gostaria de saber até que ponto podemos ir para que não seja considerada uma relação de caráter sexual pré-matrimonial.

Resposta do padre Maurizio Faggioni, professor de Teologia Moral 

Um casal de namorados decide não ter relações sexuais, ou seja, decide não se unir sexualmente antes do matrimônio. Mas quer saber, porém, um grau de intimidade física que possa ter, sendo moralmente aceitável no tempo de preparação para o casamento.

Os moralistas do passado respondiam lembrando que as partes do corpo são divididas em partes honestas, semi-honestas e desonestas. Desta classificação do ilícito derivam normas de comportamento também para os namorados. Creio que a questão aqui é colocada de um modo um pouco diferente, a partir da ideia de que o amorhumano se exprime naturalmente na linguagem do corpo. Existe, portanto, um crescimento gradual no conhecimento e no compromisso recíproco em vista do casamento, acompanhado justamente de um crescimento gradual da intimidade. O amor dos namorados, mesmo não sendo ainda amor conjugal, é orientado a florescer no amor conjugal. A descoberta e o dom progressivo do corpo faz parte da comunicação entre duas pessoas que estão caminhando para uma compreensão sempre mais séria e profunda do próprio relacionamento. O olhar que contempla a pessoa amada, o beijo, a carícia, o contato, podem constituir muitas manifestações de ternura e de proximidade pessoal que preparam pouco a pouco o casal para a sexualidade conjugal. De toda os modos, resguarda-se a plena e definitiva intimidade física para o momento em que o amor terá maturidade suficiente, e a fase vital do namoro se cumprirá no matrimônio.

Estabelecer limites precisos, válidos para todos e de uma vez por todas, pode ser difícil e pode não corresponder à realidade específica e atual de um namoro que representa sempre, por definição, uma condição dinâmica. O casal, no manifestar fisicamente o próprio afeto e o próprio desejo natural, deve levar em consideração o itinerário e a sensibilidade de ambos, em um clima de respeito recíproco, de sinceridade e de diálogo. Os namorados são chamados a serem responsáveis, sábios e honestos, evitando comportamentos que possam levá-los, ainda que de forma disfarçada, à genitalização prematura da relação.

Sobre isso, um documento da Congregação para a Educação Católica (Orientações educativas sobre o amor humano), no número 96, expressa-se negativamente quanto a “certas manifestações de tipo sexual que por si se dirigem à relação completa sem, porém chegar à sua realização”. Isso se refere ao contato e estimulação entre os namorados que buscam intencionalmente a excitação sexual e o orgasmo, mesmo evitando uma união sexual verdadeira e completa. Segundo a moral católica, a expressão genital da comunhão interpessoal deve, para ser integralmente verdadeira e significativa, estar enraizada no contexto do amor conjugal.

 

Fonte: Aleteia


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