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Moysés Azevedo: Ele venceu todo o mal, e vivo diz: “A paz!”

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Antes da missa de Páscoa celebrada na Catedral de Fortaleza, presidida pelo arcebispo Dom José Antonio, Moysés Azevedo, fundador da Comunidade Católica Shalom, concluiu o retiro de Semana Santa refletindo sobre o mistério da ressurreição de Cristo. Apresentamos a íntegra das palavras de Moysés, mantido tom coloquial.

Moyses

Cristo Ressuscitou! Aleluia! Sim, verdadeiramente Ressuscitou! Aleluia!

Mas podemos proclamar essa verdade de uma maneira mais forte, mais incisiva, de uma maneira mais jubilosa, que este dia nos concede, o dia da Ressurreição do Senhor! O dia em que a morte foi vencida definitivamente pela vida, o dia em que a tristeza mergulhou no oceano profundo para nunca mais ressurgir, porque impera a alegria.

Cristo Ressuscitou! Aleluia! Sim, verdadeiramente Ressuscitou! Aleluia! Mas queremos que nosso coração exulte com esta proclamação! Esta proclamação encheu o coração dos santos. Esta proclamação hoje, em toda a Igreja, do norte ao sul, do leste ao oeste, encheu os lábios dos cristãos, inclusive daqueles que estão na perseguição. Esta proclamação é a alegria da nossa vida, é a razão da nossa fé. Então não podemos dizê-la de qualquer forma. Queremos dizê-la cheios de jubilo: Cristo Ressuscitou! Aleluia! Sim, verdadeiramente Ressuscitou! Aleluia! Não foi suficiente, porque não podemos só com as nossas forças trazer a força e o vigor que esta proclamação tem.

Jesus Cristo está aqui vivo. Ele está no meio de nós. A morte não pôde detê-lo. Ele está aqui. Ele está aqui. Ele, vivo, está aqui. Mas os nossos olhos humanos não podem alcança-lo, apesar de Ele nos alcançar. Por isso este jubilo. Imaginem se nós todos estivéssemos aqui e nossos olhos vissem o que só a fé pode nos mostrar, Ele glorioso, ressuscitado, cheio de vida, da vida divina aqui no meio de nós. Quão forte seria o nosso jubilo, quão forte seria a nossa proclamação! Enlouqueceríamos de alegria! Por isso, pela fé proclamemos mais forte ainda: Cristo Ressuscitou! Aleluia! Sim, verdadeiramente Ressuscitou! Aleluia!

Ainda não podemos proclamar com toda intensidade a alegria desta verdade. Precisamos pedir o auxílio de quem pode nos fazer ver o que não conseguimos ver com nossos olhos puramente naturais. E quem é aquele que nos revela que Jesus está vivo aqui no meio de nós? O Espírito Santo. Vamos pedir que o Espírito Santo incendeie o nosso coração, abra a nossa mente, abra os nossos olhos para ver o que os olhos humanos não conseguem revelar, mas que é verdade, é realidade: Jesus Cristo está vivo aqui no meio de nós. Peça isso. Não vamos fazer aqui mais um momentinho de oração senta e levanta para chamar a atenção, não! Sinceramente peça essa graça, que o Espírito Santo descortine diante do seu olhar, pelo dom da fé, a presença de Jesus vivo no meio de nós. Supliquemos.

“Ó ó ó vem Espírito Santo, manda do céu um raio de tua luz.

Ó ó ó vem Pai dos pobres, vem doador de graça divina e de luz!”

Faça um Sinal da Cruz na sua testa, nos seus olhos, no seu coração, nos seus lábios. Oh Divino Espírito Santo, Tu que estás presente no meio de nós, grande dom do Ressuscitado, abre a minha inteligência. Pelo dom da fé me faz ver o invisível. Abre o meu coração para que eu possa contemplar, experimentar e proclamar a presença viva de Jesus aqui, no meio de nós. Por isso nós te pedimos:

“Ó ó ó vem Espírito Santo, manda do céu um raio de tua luz.

Ó ó ó vem Pai dos pobres, vem doador de graça divina e de luz!

Com mais vigor! Quanto mais incapaz, quanto mais árido, quanto mais vazio, frio ou indiferente, peça o Espírito Santo.

 “Na tarde desse mesmo dia, que era o primeiro da semana, estando as portas da casa em que se achavam os discípulos trancadas, por medo dos judeus, Jesus veio e, pôs-se no meio deles, e lhes disse: ‘A paz esteja convosco! Shalom! A paz esteja convosco!’. Enquanto ele falava, ele lhes mostrou as mãos e o lado. Vendo o Senhor, os discípulos ficaram tomados de intensa alegria. Então Jesus lhes disse de novo: ‘A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio’. Tendo assim falado,  soprou sobre eles e lhes disse: ‘Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; a quem os retiverdes ser-lhes-ão retidos’” (João 20,19-23)

 Meus queridos irmãos este solene dia que a Igreja celebra, que nós celebramos, este dia em que pela fé renovamos esta consciência de que Jesus está vivo no meio de nós. Este dia da Ressurreição do Senhor, o dia em que Ele vivo venceu a morte, venceu o pecado, é também o grande dia da reconciliação e da paz.

Jesus, quando apareceu aos discípulos, disse: “A paz esteja convosco! Shalom. Recebam o Espírito Santo, e a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados”. Neste dia, com a Sua Ressurreição, com o Mistério Pascal, com a Sua morte na cruz que celebramos, e com a Sua Ressurreição, vitória sobre a morte e sobre o pecado, Jesus hoje, vivo, diz: “Não há mais nenhum impedimento, os teus pecados não são mais impedimento para que tu possas entrar na plena comunhão com o Pai, para que tu possas entrar na plena comunhão com Deus”, porque este é o dia que o Senhor fez para nós! este é um dia de alegria! Este é um dia onde todos, todos, todos os teus pecados foram perdoados! Hoje é o dia aonde a Misericórdia Divina se derrama sobre toda a humanidade, sobre mim, sobre você. Hoje é o dia aonde somos reconciliados, ou seja, qualquer impedimento, qualquer coisa que se levanta na nossa humanidade em relação a Deus, em relação a nós mesmos, e em relação aos outros foi destruída pela força da Ressurreição de Cristo! A pedra rolou, o sepulcro abriu e Ele venceu todo o mal, e vivo diz: “A paz!”, e nos dá o dom da reconciliação.

Meu querido irmão é preciso que tenhamos essa consciência no nosso coração e na nossa humanidade. Porque Cristo Ressuscitou, teus pecados foram vencidos e apagados. Apagados! Apagados! Porque Cristo Ressuscitou! A inocência de Cristo, o Cordeiro sem mancha, Ele é o Cordeiro sem mancha, Deus feito homem, assumindo a nossa humanidade. Na cruz Ele assumiu todas as nossas culpas. Ele é o Cordeiro inocente. A inocência Dele é tão grande que traga a nossa culpa, a tua e a minha, a nossa culpa. A Ressurreição de Cristo nos faz inocentes de novo Nele! Não porque nós sejamos. Somos pecadores, mas a força da Ressurreição é mais forte do que o pecado que habita em nós, e essa força da Ressurreição como que nos invade. Se pela fé cremos e entramos em comunhão com Ele, essa força da Ressurreição nos invade e apaga a culpa e as consequências da culpa que existem em nós.

O nosso pecado deixa nódoas. O nosso pecado deixa nódoas na nossa memória, no nosso pensamento, nos nossos sentimentos. O nosso pecado deixa nódoas nos outros! E uma nódoa penetrante, que insiste muitas vezes a se levantar. Quando olhamos para nós mesmos, na nossa vida pessoal, na nossa vida comunitária, nos nossos relacionamentos, parece que estão manchados. Mas hoje a Ressurreição de Cristo nos recorda que a força que brota desta Ressurreição é tão forte, tão real que é capaz de entrar nas nódoas mais profundas da tua humanidade e te fazer inocente Nele. Ele comunica a inocência Dele para ti, lava todas as tuas culpas, te regenera e atenção! Ele te dá a grande graça, a grande oportunidade de recomeçar Nele, porque Ele inaugura a vida nova, uma vida retumbante, uma vida mais forte do que o pecado, uma vida mais forte do que a morte!

Vejam bem meus irmãos, todos os homens enfrentarão a morte. A morte, ninguém deixa de passar por ela. O problema fundamental é como nós estamos caminhando para a morte, porque estamos caminhando para a morte. Cada dia é um passo a mais. Alguns a encontrarão mais cedo. Outros a encontrarão mais tarde. Nós não sabemos a hora em que a encontraremos, mas sabemos que a encontraremos. Todos nós estamos caminhando para a morte, mas temos que decidir como caminhamos.

Se caminhamos como um condenado no corredor da morte, e um condenado todos os dias pensa na morte. Ele tem poucos dias. A morte o assusta, o apavora. Ele imagina cada momento daquela morte que está se aproximando. Ele vai contando os dias. Falta 1 ano, 365 dias. 364, 363, 362, 361, 360… Cada dia soa como um sino: tu estás condenado, e ele se desespera. Ele muitas vezes, diante do terror da morte, não quer pensar sobre esse assunto, e aí vai se apegando a tudo que passa, porque ele não quer que passe. Vai se iludindo: “Não vou morrer, não vou morrer! Vai chegar o induto, eu não vou morrer!”. Ele vai querendo se apegar às coisas, aos prazeres, uma carteira de cigarro pelo amor de Deus! Uma carta que venha de fora pelo amor de Deus! Aquela pessoa, minha mulher, meus filhos, meu marido, e tudo ele vai como que retendo, mas não adianta. Ele está condenado à morte. Ele vai tentar fugir de outra forma, pode ir pelas drogas, porque pelo ao menos não vai ficar pensando tanto no que vai acontecer. Vai pelos calmantes, e aí essa guilhotina não fica sobre o pescoço dele. Mas tudo isso é ilusão, porque é 359, 358, 357… 310, 309, porque correm rápidos os dias de um condenado.

200, 199… Parece terrificante, mas muitas vezes é assim que vivemos. Vivemos como condenado. Vivemos como se essa vida se extinguisse nela mesma, e vamos procurando desesperadamente! Por um lado, nos apegar a tudo que temos nessa vida: as coisas, as pessoas, as situações, porque afinal de contas 149, 148, 147… Ou pelas ilusões! Vamos para as drogas, as bebidas, o álcool, vamos para os prazeres da carne, vamos para as pessoas, porque afinal de contas 101, 100, 99, 98…

Muitos de nós vivemos como condenados à morte, e hoje é o dia! Ah, hoje é o dia que Cristo Ressuscitado aparece vivo no meio de nós e diz: Tu não estás mais condenado à morte, porque quem és tu oh morte? Porque eu enfrentei aquilo que te condenava, Eu venci a morte! A morte não tem mais poder! Eu inauguro para ti a vida eterna. Tu não precisas mais te iludir, não precisa mais do desespero, de se apegar a tudo o que passa, colocando a tua vida sob o passageiro que te fará cada vez mais vazio e desiludido, porque Eu inauguro para ti um tempo novo! Eu inauguro para ti uma vida nova, uma vida que tu desconheces, muito superior a esta vida que tu vives agora, e que tu já podes viver aqui e agora! Eu Ressuscitei! Eu venci o mal, venci o pecado, estou vivo, e o fiz por ti! Eu desci à Mansão da Morte, desci ao lugar de um condenado. Eu assumi o teu pecado, assumi as tuas angústias, assumi tudo o que em ti é treva. Tu não precisas mais andar como um condenado, tu pode alçar os teus olhos e a tua cabeça para o alto e dizer que, apoiado na minha graça, tu és mais do que um vencedor sobre o pecado e a morte, porque eu Ressuscitei, e abri para ti todas as portas! Abri para ti a porta que dá para a eternidade, e a eternidade começa aqui e agora, no teu coração. Abraça pela fé e comunica com alegria a este mundo que Cristo Ressuscitou! Aleluia! Sim, verdadeiramente Ressuscitou! Aleluia!

Cristo Ressuscitou! Aleluia! Sim, verdadeiramente Ressuscitou! Aleluia! Parecemos condenados ainda. Cristo Ressuscitou! Aleluia! Sim, verdadeiramente Ressuscitou! Aleluia! E aplaudamos a vitória de Cristo sobre o pecado e sobre a morte!

E é isso o que o nosso querido Papa Francisco nos recorda, tanto no ano passado como hoje. Falando sobre a Ressurreição de Cristo, aquilo que introduzi aqui para vocês, ele nos recorda, dizendo: “Muitas vezes sucede que nos sentimos cansados, desiludidos, tristes, sentimos o peso dos nossos pecados, pensamos que não conseguimos? Não nos fechemos em nós mesmos, não percamos a confiança, não nos demos jamais por vencidos: não há situações que Deus não possa mudar; não há pecado que não possa perdoar, se nos abrirmos a Ele[1]”. Repitam comigo: não há situações que Deus não possa mudar; não há pecado que não possa perdoar, se nos abrirmos a Ele! E O Papa diz: “Hoje, em Jesus, o Amor triunfou sobre o ódio, a misericórdia sobre o pecado, o bem sobre o mal, a verdade sobre a mentira, a vida sobre a morte”[2].

Hoje, em Jesus, pela força da Ressurreição, o Amor triunfou sobre o ódio, a misericórdia sobre o pecado, o bem sobre o mal, a verdade sobre a mentira, a vida sobre a morte! Isso significa que esta graça de Deus que brota da cruz, esse rio caudaloso que brota deste lado aberto, deste lado Ressuscitado, que comunica a força e o choque da Ressurreição, este rio caudaloso de graças atinge você! Esse rio caudaloso de graças atinge toda a humanidade! Todo aquele que se abrir, todo aquele que desejar hoje pode ter a mentira destruída pela verdade da graça de Deus! Pode ter o ódio destruído pelo amor divino! Pode ter o pecado lavado pela Misericórdia Divina! Hoje a tua nódoa pode ser lavada e a inocência de Cristo pode assumir e uma vida nova pode brotar em mim, em você e em todos nós. Porque Cristo Ressuscitou, o pecado, o mal foi tragado pela misericórdia. O mal foi tragado pela misericórdia, e isto faz toda a diferença.

Sim, estávamos condenados por causa dos nossos pecados. Sim, caminhávamos inexoravelmente para a morte, e a morte eterna! Mas a Misericórdia Divina veio em nosso auxílio! O que precisamos fazer é crer e apossar-se dessa misericórdia na nossa vida.

Padre Raniero Cantalamessa pregando na sexta-feira para o Santo Padre Francisco, na Basílica de São Pedro, disse, falando de Judas, o traidor[3], que existe um Judas dentro de nós, porque todos nós traímos Jesus pelos nossos pecados. Mas ele diz que há uma diferença entre Pedro, que também negou e traiu, e Judas. Qual é a diferença entre Pedro e Judas? Pedro negou, Judas traiu, mas veja o que Jesus faz! Jesus lavou os pés de Judas. Judas estava entre os doze. Imaginem Jesus lavando os pés de Judas, amando-o, olhando-o. Lá no Horto das Oliveiras, Judas entra e beija Jesus. Qual é a palavra que Jesus usa para com Judas? Amigo. Amigo. Jesus olha também para Judas e diz: “Amigo”. Quando Pedro negou Jesus, e Jesus olhou para Pedro, o que fez Pedro renascer foi confiar na Misericórdia de Jesus. O que fez Judas desesperar foi não confiar na Misericórdia de Jesus. Esta é a grande diferença.

Hoje Cristo Ressuscitado nos convida a confiar absolutamente na Misericórdia Divina, e recomeçar com Ele. Não interessa os teus pecados! Uma vez confessados, foram apagados. Imaginem um caderno. Imaginem que é o livro da sua vida. Imaginem uma página que é “aquela” página, que eu não sei, mas você sabe, é a do seu pecado mais sujo, do seu pecado mais imundo, daquele que você se envergonha, daquele que todas as vezes quando você se coloca diante de Deus, é ele que vem diante de você. Daquele pecado que todo dia o demônio diz: “Está vendo? Está vendo? Tu não conseguirás!”. Hoje Jesus pega essa folha do livro da vida que você e eu escrevemos e a amassa, e a amassa forte, e some com ela! E essa página do livro da sua vida para Ele não existe mais! Não existe mais! Não existe mais! E acreditar nisso é acreditar na Misericórdia que brota da Ressurreição de Cristo.

 

cruzHoje o Senhor te convida a acreditar nisso, acreditar na força da Ressurreição de Cristo que brota no Sacramento da Reconciliação que diz: “Os teus pecados estão perdoados. Vai em paz”, vai em paz! A paz dos reconciliados com Cristo.

 Hoje, este é o dia que o Senhor nos fez, e isso é motivo de júbilo e de alegria. Jesus venceu o pecado e a morte! Jesus venceu as sombras da nossa vida! Jesus venceu as feridas que nos incomodavam! E Jesus ressurgindo nos convida a com Ele ressurgir para uma vida nova que não passa, que é eterna! Ele arranca do livro da nossa vida as páginas que nós mesmos manchamos e nos dá para, com Ele, escrevermos páginas novas da sua santidade. E esse é o convite que Jesus faz para você, e aquele que acredita diga comigo: Cristo Ressuscitou! Aleluia! Sim, verdadeiramente Ressuscitou! Aleluia!

Outro importante escritor, pensador católico, falando sobre a Ressurreição do Senhor, Paul Claudel, põe em parábola e em poesia o que acontece com alguém que pela fé acolhe o dom de arrepender-se dos seus pecados e de ressuscitar com Cristo: “Deus meu, ressuscitei e ainda estou com você! Dormia e estava deitado como um morto na noite. Deus olhou para mim e disse: “Seja feita a luz” e eu despertei como se dá um grito! […] Meu Pai, que me gerou antes da aurora, coloco-me na tua presença. O meu coração está livre e a minha boca está limpa, o corpo e o espírito estão de jejum. Sou absolvido de todos os meus pecados que confessei um por um. O anel das núpcias está no meu dedo e o meu rosto não está mais manchado, está limpo. Sou como um ser inocente na graça que tu me concedeste com a tua ressurreição” [4].

“Sou como um ser inocente na graça que tu me concedeste com a tua ressurreição”. Isso, meus irmãos, é o que Cristo Ressuscitado faz de nós: lava a mancha de nosso rosto, limpa a nossa boca, purifica o nosso coração, nos faz novas criaturas, nos recria, põe de novo o anel das núpcias, nos dá direito a toda a herança da vida divina, da eternidade, já nesta vida, e por todo o sempre. Como está a vitória de Cristo sobre o pecado e sobre o mal na sua vida, pela força da Sua Ressurreição?

Porque Cristo ressuscitou, nós podemos usufruir da Misericórdia Divina por completo. Os nossos pecados foram apagados, e nós podemos ter uma vida nova. Porque Cristo Ressuscitou a Misericórdia Divina foi derramada sobre nós. Repita comigo: Porque Cristo Ressuscitou a Misericórdia Divina se derrama sobre nós e podemos recomeçar. A partir da experiência da Misericórdia, outra conclusão: porque Cristo ressuscitou, nós podemos escolher de novo a santidade! Você pode escolher de novo a santidade!

Às vezes tenho a impressão de que as pessoas se decepcionaram consigo mesmas a respeito da santidade. “Ah Moysés, tanto tempo de caminhada e olha o meu estado. Não consigo dar passos”. Se não consegue, talvez seja porque você ainda não se deixou lavar pela Misericórdia, porque todas as vezes que nos abandonamos na Misericórdia Divina que brota da Ressurreição de Cristo, a santidade se torna possível de novo para nós.

povoMeu querido irmão porque Cristo ressuscitou você pode escolher de novo a santidade, e a santidade não se transforma em uma meta impossível. Não podemos entender a santidade como uma meta longínqua, não! Não podemos entender a santidade como uma carga, como um peso, uma exigência moral da qual nós não podemos jamais alcançar, e fica assim, como algo bem distante, bem distante de mim.

Isto é mentira de satanás! Isto é mentira do demônio! Porque na sua debilidade, olhando para Cristo Ressuscitado, tu podes dizer: “Jesus, eu creio que Tu podes me tornar santo. Se Tu pudeste dar luz a um cego de nascença, se Tu, oh Cristo Ressuscitado, aqui presente no meio de nós, pudestes ressuscitar o filho da viúva de Naim, se Tu, oh Cristo Ressuscitado, pudestes curar os leprosos, também Tu podes tirar-me da podridão da minha morte e do meu pecado e em Ti tornar-me santo”. E esta esperança deve incendiar o nosso coração, especialmente o coração dos desanimados em relação à santidade. Cristo Ressuscitado pode te fazer um santo!

Erga seu dedo, aponte o indicador para você e diga com convicção: Cristo Ressuscitado pode me tornar, com a força da Sua graça, pode me tornar santo, um santo, não pelos meus méritos, mas pelos méritos e a força da Sua Ressurreição. Aponte para o irmão que está ao seu lado e diga: “Cristo Ressuscitado pode te tornar um santo! Creia, renova a tua esperança, confia Nele, não confie em ti mesmo! de ti não, não confie em ti, mas Nele, e a força da Ressurreição Dele pode te fazer, pode te elevar, pode te recriar, e te fará um santo”, e aplauda esse irmão candidato à santidade!

Porque é Ele quem opera a santidade em nós, é Cristo Ressuscitado que opera a santidade em nós! Ele disse: “Recebei o Espírito Santo”. E qual é a missão do Espírito Santo? Purificar-nos dos nossos pecados e nos santificar. É Ele quem opera em nós a santidade, não pelos nossos méritos humanos, mas nos comunicando os méritos de Cristo à nossa humanidade, e operando na nossa humanidade com o concurso da nossa liberdade. Nós dizemos: “Eu quero, eu elejo, débil, fraco, mas eu creio em ti Jesus, e eu elejo de novo a santidade na minha vida!”. Meus queridos irmãos hoje, no dia da Ressurreição do Senhor, é um dia de você eleger de novo a santidade para a sua vida!

Um famoso e grande pensador católico chamado Pascal, dizia que existem no mundo três ordens ou níveis de possível grandeza. Ele diz sobre a primeira ordem ou nível: “é a ordem dos corpos, na qual o exemplo maior de grandeza da ordem dos corpos são as pessoas ricas, de extraordinária beleza ou aparência física”. Esse é o primeiro nível de grandeza, o mais inferior. Há um segundo nível de grandeza, é a ordem da inteligência e do gênio. São exemplos de maior os grandes artistas, os escritores e os cientistas. São geniais, segundo nível, a ordem da inteligência, de grandeza da humanidade. E há um terceiro nível de grandeza, este supera todos os níveis: é a da ordem dos santos, do qual após Jesus os melhores exemplos são a Virgem Maria e os santos. E Pascal diz: “Uma enorme distância separa a primeira da segunda”.

Quem põe sua grandeza simplesmente no dinheiro, no possuir, na aparência, na beleza física, essa é a mais baixa. Buscar e colocar a sua grandeza e felicidade nisso é a mais perecível, é a mais inferior, e dista muito da segunda, daqueles que buscam a grandeza na sua inteligência, na sua genialidade, na sua arte. É um pouquinho mais elevada, mas ainda é muito pequena para o ser humano. E ele diz: “Se da primeira para a segunda existe distância, uma infinita grandeza de distância é aqueles que colocam a grandeza da sua vida na santidade”, e ele explica o porquê. Ele diz que na primeira, aqueles que colocam a grandeza da sua vida na sua beleza, nas suas coisas, no dinheiro, o tempo corrói. Minha mãe dizia o seguinte: “Meu filho você já viu uva virar abacaxi? É só você ver o tempo passar. As pessoas mais belas, as maiores uvas, viram verdadeiros abacaxis”, e não é verdade? É verdade! O tempo, uma enfermidade, rouba rapidamente quem coloca a sua esperança nesse tipo de grandeza. O tempo… Uma enfermidade… Como é frágil…

A segunda, diz ele, aqueles que colocam a sua grandeza, a meta da sua vida na genialidade do intelecto, e é coisa boa! Da arte, da ciência, é coisa boa, mas ele diz: “quem coloca a confiança da sua vida nisso se encerra com a morte”. Com a morte! O que vai servir a arte de alguém quando ele morrer? Vai ficar de uma geração para outra, mas para ele mesmo… A ciência serviu à humanidade, mas a ele mesmo depois da morte… Mas ele diz: “Mas a grandeza da santidade, quem põe a sal vida, quem coloca o objetivo da sua vida na santidade, esse escolheu a grandeza certa, porque nem o tempo, nem a morte tem incidência sobre ela. Esta é eterna”.

A santidade está ligada à Ressurreição de Cristo. Ela vence o tempo e vence a morte. Ela é eterna. A santidade. Ah, se nós desejássemos e elegêssemos na nossa pequenez, na nossa fraqueza, a alçar os nossos olhos para Cristo Ressuscitado e dizer: “Torna-me santo como Tu és! Eu não tenho forças, mas ergo o meu olhar e meus braços para ti, e quero e anseio, porque esta é a minha vocação. Não por presunção, mas por vocação Tu me chamas, e eu anseio, e eu quero, porque nem o tempo nem a morte poderão me tirar, é a felicidade sem fim, é a eternidade”.

Hoje, neste dia da Ressurreição de Cristo, é dia para eu, tu, nós escolhermos a santidade como a grande meta da sua vida, da minha vida, da nossa vida. Você deseja com todo o seu coração, apesar de toda a sua incapacidade ser santo, mas com a força da graça de Deus? Vejam bem! Até os gênios reconhecem isso. Quem já ouviu falar de Gounod? Tem até a Ave Maria de Gounod. Um gênio quem fez aquela música! E olha o que ele disse, ele que era um gênio: “Uma gota de santidade vale mais que um oceano de genialidade!”.

Madre Teresa de Calcutá diz sobre a santidade: “Hoje a Igreja precisa de santos. Isto exige de combater o nosso apego às comodidades que nos levam a escolher uma vida cômoda, de insignificante mediocridade”. Dói, viu? O quê que você quer mesmo na sua vida? Hoje, no dia da Ressurreição de Jesus, aonde Ele abre as portas para que pela força da Sua graça, Ele te torne santo, e você como com um golpe de audácia se apossa dos méritos de Cristo e livremente diz: “Eu também quero!”, e entra nesta dinâmica. Madre Teresa diz que a escolha não é uma escolha entre uma vida boa e uma vida ótima, é a escolha entre uma vida insignificante, medíocre, e a alta medida.  Entre uma vida medíocre e insignificante… Você acha que você foi criado e redimido pelo Filho de Deus na Cruz, que ressuscitou e Vivo está, para que você viva uma vida insignificante e medíocre, não! Ele deseja te dar muito mais! Ele deseja que você, apoiado na força da Ressurreição Dele, deseje, anele o que você não pode por você mesmo, mas com a força da Ressurreição Dele, Ele torna possível você escolher de novo ser santo.

Diz Madre Teresa: “Cada um de nós temos a possibilidade de nos tornarmos santos, e a via para a santidade é a oração”. Porque que a via da santidade é a oração? Porque pela oração eu me relaciono com Jesus Vivo, Jesus está Vivo! E pela oração eu me relaciono com Ele, eu convivo com Ele, e Ele vai me transformando, vai me configurando a Ele, e Ele vai me tornando o que eu não sou, pelo pecado, mas o que eu sou verdadeiramente, pela graça. E ela diz: “A santidade é para cada um de nós um dever simples, uma coisa simples”.

Meu irmão, minha irmã, escolher a santidade é escolher um relacionamento e cultivar um relacionamento com Jesus Vivo, Ressuscitado no meio de nós, pela oração, pelos sacramentos, pelo serviço missionário aos que sofrem as misérias do mundo.

portaAs portas aqui foram abertas durante a Via Sacra e as misérias, os miseráveis espiritualmente, moralmente, materialmente, os pobres… E este mundo está pobre, está ferido! E isso não é uma condenação do mundo! Isso é um olhar compassivo sobre a humanidade. Vivemos em uma humanidade ferida, pobre, miserável, que espera ver na vida dos cristãos o odor da santidade de Cristo, a força da Ressurreição de Cristo passando pelo nosso olhar, pelo nosso coração, pelas nossas palavras, pelo nosso testemunho. O mundo precisa da santidade de Cristo através de nós. O mundo precisa exalar a santidade de Cristo, a força da Ressurreição de Cristo através da tua pobre vida! Sim, o mundo precisa!

Madre Teresa dizia: “A santidade não é um luxo, é uma necessidade”. Nós necessitamos, e por isso Jesus Ressuscitado nos dá esta graça. E quem é visitado por esta Ressurreição se enche de alegria! O mundo está triste porque não mais consegue, e isso não é uma condenação do mundo, reconhecer a presença viva de Cristo no meio de nós, por isso está desesperançado, e o desespero produz a tristeza. Nós precisamos anunciar a alegria da Ressureição! Os discípulos quando viram o Senhor ficaram cheios de alegria, e nós, neste dia, precisamos abrir o nosso coração para sermos visitados de novo por esta alegria, para termos a nossa vida e escolhermos de novo a Ele, a santidade! Escolhermos nos arrependermos dos nossos pecados e confiar que Ele Ressuscitado, Vivo, pode nos fazer uma nova criatura, e recomeçar no caminho da santidade, e nos encher de alegria, sim! Vocês sabem o que produz a tristeza? É o pecado! É o pecado que produz a tua tristeza! E quando tu escolhes, não obstante toda a tua fraqueza, tu escolhes Cristo ressuscitado, escolhe de novo a confiar na Misericórdia Dele, e confiando na Misericórdia acreditar que Ele pode te fazer santo, isso te enche de esperança! Isso te enche de alegria, te impulsiona a ir ao encontro dos outros que não conhecem esta esperança e esta alegria! Por isso, esse é o dia que o Senhor fez para nós, dia de júbilo e dia de alegria! Este é o dia que o Senhor fez para nós! Dia de júbilo e de alegria, porque Cristo Ressuscitou! Aleluia! Sim, verdadeiramente Ressuscitou! Aleluia!

Como a Ressurreição de Cristo é fundamental para a vida cristã! Quantos deram a vida, que passa, porque sabiam que não podiam passar nesta vida e ficar para sempre sem se unir profundamente à Ressurreição de Cristo. Há um ligame profundo entre Cristo Ressuscitado e a Eucaristia, porque a Eucaristia é o Corpo Ressuscitado de Cristo.

Todas às vezes que nos aproximamos da Eucaristia, e aqui um parêntese. Nós precisamos nos aproximar da Eucaristia com o coração disposto, piedoso e desejoso de reconhecer a presença do Ressuscitado diante de nós. E quando comungamos precisamos reconhecer que ali na Hóstia consagrada, comungada, que entra no nosso coração, que entra na nossa humanidade, é Cristo Ressuscitado, é o fogo divino da Ressurreição de Cristo, é aquele fogo divino que jogou a pedra do sepulcro para longe! É aquele fogo divino que venceu a morte, que destruiu todos os pecados! Este fogo divino, nós o recebemos, o Corpo Ressuscitado de Cristo, e Ele deve nos incendiar. Precisamos nos aproximar da Eucaristia assim. E quando cremos assim, a Eucaristia se transforma no grande valor da nossa vida. É o nosso encontro com o Ressuscitado que cultivaremos na oração, cultivaremos na Palavra, no serviço aos aflitos, mas que entra dentro de nós pela Eucaristia.

Essa relação é tão fundamental que nos primeiros séculos houve mártires no norte da África, Saturnino e seus companheiros. O imperador Diocleciano, naquela época do Império Romano, proibiu o culto cristão, e ninguém podia participar sob a pena de serem mortos. Nós conhecemos esta história. Um grupo de cristãos no norte da África foi acusado de estarem celebrando os divinos mistérios, a Eucaristia, e foram levados diante do juiz. Era um grupo de mártires do norte da África, lá onde a comunidade está, estamos lá continuando esta tradição viva da Igreja de Cristo, mesmo nos meios desafiantes do norte da África. Os juízes perguntaram: “É verdade que vocês estavam celebrando a Eucaristia? Se disserem diante deste tribunal que estavam celebrando o culto divino cristão, vocês morrerão”. E o que eles respondem? Olha só! As atas do martírio dizem que um após o outro afirmaram a mesma coisa: “Não se pode transcurar os divinos mistérios. O cristão não pode viver sem a Eucaristia e a Eucaristia sem o cristão. Não sabes que o cristão existe para a Eucaristia e a Eucaristia existe para o cristão? Sim, eu participei com meus irmãos das reuniões e celebrei com eles os divinos mistérios, e tenho comigo escrito no coração as Sagradas Escrituras, porque a Eucaristia é a esperança e a salvação de todos nós, os cristãos”. Essa é a resposta de alguém que entende e compreende a força transformadora, a força salvífica, a força poderosa e misericordiosa que brota de Cristo Ressuscitado na Eucaristia. E por isso, aquele que se encontra com Cristo Ressuscitado se transforma numa testemunha, como esses mártires. O que são os apóstolos se não testemunhas da Ressurreição?

Hoje, neste dia, o Senhor renova em ti o chamado de ser testemunha, de ser apóstolo, de anunciar que Cristo Ressuscitou. O que nos espera de você, lá no seu trabalho, nessa próxima semana, de um jeito ou de outro, com sabedoria, com o odor da sua vida, porque a pior coisa do mundo é a nossa incoerência. Mas com o odor da nossa vida testemunhar que Cristo Ressuscitou, mas testemunhe isso sendo expressão da Misericórdia Dele para os que mais sofrem, para os que desconhecem Cristo. Há uma humanidade que desconhece Cristo. Nessa semana renove o seu compromisso apostólico na comunidade, na obra, aonde o Senhor te envia. Nesta semana recorde que você existe para isso, para ser uma testemunha da Ressurreição e que sua vida fica opaca, que sua vida fica triste quando não está cheia deste fogo, desta alegria.

Às vezes caímos na maior tentação do povo de deus na bíblia. Qual era a tentação do povo de Deus na bíblia? Eles diziam: “Nós queremos ter um rei, porque todos os outros povos têm um rei, então também queremos!”; “queremos ter outros deuses, porque todos os outros povos têm outros deuses, então também queremos”; “queremos comer carne de porco, queremos não mais nos circuncisar, porque todos os outros povos não fazem isso, fica até estranho, então também queremos”. O povo de Deus, escolhido entre todos os povos para ser de Deus, e isso se transformará na grande diferença que salva o mundo e a eles mesmos, não queriam ser diferentes, queriam ser como todos os outros povos que jaziam sobre a morte. Às vezes caímos nessa tentação.

Às vezes olhamos para a vida de uma pessoa e dizemos: “Ah, eu queria tanto ser uma pessoa normal”. É. Hoje Jesus Cristo nos recorda que uma pessoa normal é uma pessoa condenada num corredor da morte, que nós fomos alcançados pela sua Misericórdia para vivermos a sobre naturalidade de Deus na normalidade do mundo, e para irmos ao encontro dessas pessoas, numa dinâmica de cruz e de ressurreição. Somos diferentes, sim. Somos diferentes, e esta é a nossa alegria. Não somos diferentes por fazermos coisas esquisitas. Não somos diferentes porque colocamos hábitos diferentes. Não somos diferentes porque nos tornamos estranhos. Somos diferentes porque fomos alcançados pela Misericórdia de Deus, e esta Misericórdia nos transforma de dentro para fora, e escolhemos a santidade de Cristo, não por presunção, mas por vocação, e pela força da Ressurreição de Cristo escolhemos a vida nova.  Escolhemos o nível mais alto não porque somos maiores do que ninguém, somos os piores, mas porque Deus ama se debruçar sobre os fracos para elevá-los à glória da Sua Ressurreição. Somos diferentes, e esta é a nossa esperança, e esta é a nossa alegria, porque Cristo Ressuscitou! Aleluia! Sim, verdadeiramente Ressuscitou! Aleluia!

Por isso, saiamos, as portas estão abertas! Saiamos daqui deste dia, deste retiro, hoje à noite estaremos em procissão, depois da Celebração na Catedral. Deveremos estar com a nossa vela acesa, como sinal da chama da nossa fé, e como um sinal da força da Ressurreição de Cristo que ilumina as trevas, nós queremos sair, como um sinal. Sabemos que talvez a cidade, as ruas que vamos andar, estarão vazias. Sabemos disso, mas queremos andar nessas ruas vazias, porque queremos fazer o nosso compromisso de que quando elas estiverem cheias, o nosso rosto, voz, atitude, o nosso testemunho de vida, na nossa escola, na nossa família, no nosso trabalho, nos pobres, nos feridos, nos que não conhecem Cristo, não conhecem a Igreja, nós queremos ser testemunhas da Ressurreição de Cristo! Queremos sair ao encontro dos que sofrem! Queremos sair ao encontro dos que vivem engolfados na riqueza desse mundo! Queremos sair ao encontro dos que estão feridos na moral! Queremos sai ao encontro dos pobres, materialmente falando! Queremos sair ao encontro desta humanidade do tempo de hoje. E com a nossa voz e, sobretudo, com a nossa vida, queremos testemunhar que Cristo Ressuscitou! Aleluia! Sim, verdadeiramente Ressuscitou! Aleluia!

E nós pedimos a Ela, a Mãe do Senhor Ressuscitado, que Ela também, tomando-nos sob o seu manto e Seu poderoso amparo, nos ajude a escolher a Misericórdia Divina, sermos alcançados pela Misericórdia que brota da Ressurreição. Ajude-nos a escolhermos de novo a santidade, e sermos testemunhas da Ressurreição de Cristo ao mundo que padece porque desconhece a beleza e a alegria que brota da Ressurreição do Seu Filho. E por isso rezamos: Ave-Maria…

 

Moyses.Maria

 Regina caeli, laetare, alleluia

Quia quem meruisti portare, alleluia.
Resurrexit sicut dixit, alleluia.
Ora pro nobis Deum, alleluia.
V. Gaude et laetare, Virgo Maria, alleluia,
R. Quia surrexit Dominus vere, alleluia



[1] Papa Francisco. Homilia na Vigília Pascal, em 30 de março de 2013.

[2] Papa Francisco. Mensagem de Páscoa e Bênção Urbi et Orbi, em 20 de abril de 2014.

[3] Pe. Raniero Cantalamessa. “Estava com eles também Judas, o traidor”. Pregação da Sexta-Feira Santa de 2014.

[4] P. Claudel, Prière pour le Dimanche matin, in  Œuvres poétiques, Gallimard, Paris, 1967,  p. 377.

 

Moysés Azevedo/ Decupagem: Irlanda


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