Sou natural do distrito de São João do Aruaru, no município de Morada Nova, no interior do estado do Ceará. Sou de uma família tradicionalmente católica, que contribuiu com minha educação na fé, ainda que com seus limites, mas favorecendo a minha piedade e reverência à Palavra de Deus.
Minha vocação para o sacerdócio nasceu em minha oração pessoal no ano de 1998, no início de minha caminhada na Igreja, na Renovação Carismática Católica. Trago, com ternura ao coração, a ocasião em que, na oração pessoal, Deus Pai chamou-me de filho. Essa palavra permanece carregada de significado e ecoa, até hoje, no meu íntimo. Como diz o Salmo 19 (18), 4-5: “Não há termos, não há palavras, nenhuma voz que deles se ouça; e por toda a terra sua linha aparece, e até aos confins do mundo a sua linguagem”.
Contudo, nesse caminho, houveram resistências, pois o que eu sonhava e projetava, para minha vida, era a constituição de uma família e, olhando para mim mesmo, não me achava capaz de corresponder ao sacerdócio. Nisso, acabei conhecendo um seminarista, hoje padre. Partilhei com ele minhas inquietações e desafios, para o discernimento. Ele notou as diversas frases que eu citei de Santo Agostinho e indicou-me a leitura do livro “Confissões”. Esse livro, que conta a história do santo, traz muitos pontos que se cruzam com a minha.
A coordenadora do grupo da RCC que eu participava indicou-me o Vocacional Shalom por carta. E, foi através da missão de Pacajus que se deu o meu encontro mais próximo com o Carisma e com Jesus Cristo Ressuscitado que passou pela Cruz.
Descobri meu lugar na Igreja e ingressei na Comunidade de Vida Shalom em 2002. Fiquei impressionado ao ver que, no Carisma, o sacerdote é chamado a ser “um irmão entre os irmãos” e “gerador de vida reconciliada”, imitando “em tudo, a Jesus Cristo, sacerdote, altar e vítima”. Isso, correspondia exatamente ao que o Pai havia colocado em meu coração.
Alguns anos depois, ingressei no seminário. E, nesse caminho, rumo ao sacerdócio, por graça e misericórdia de Deus, em 26 de dezembro de 2011, fiz minha profissão perpétua no Celibato pelo Reino dos Céus e, em 4 de abril de 2013, minhas promessas definitivas no Carisma Shalom.
Hoje, como Shalom seminarista, curso o terceiro ano de Teologia com a consciência nas palavras de Bento XVI que “ninguém se torna padre sozinho”. É com a ajuda da Comunidade e da contribuição espiritual e material de pessoas, como você, que se forma um padre. Minha gratidão a Deus e a todas as pessoas que contribuem para este caminho que trilho. Bendito seja Deus agora e para sempre. Amém!
Márcio José Vieira da Silva
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