Bloco de anotações na mão, caneta, gravador preparado para a entrevista, conversa com as pessoas, transcreve o áudio para o notebook e pronto: texto preparado para sair no Portal. Me chamo Rita de Cássia, sou discípula da Comunidade Católica Shalom e tenho a idade do Festival Halleluya: 24 anos. Sou jornalista e foi no Halleluya de 2015 que descobri a minha vocação.
Naquele ano, eu havia iniciado o meu curso há pouco tempo e estava conhecendo um lado bem difícil da profissão. E mesmo sabendo que aquela era a vontade de Deus para a minha vida, me sentia questionada se diante dos desafios de ser comunicadora: será que eu iria conseguir ser feliz de verdade?
No fundo, faltava sentido, faltava amor, faltava oferta. Eu queria sucesso e reconhecimento.
No auge dos meus 19 anos de idade, ainda trilhando um caminho vocacional na Comunidade Católica Shalom, cheia de vigor e disposta a abraçar novos desafios, fui chamada para servir na comunicação do Festival Halleluya, na parte de produção de textos para o Portal.
Ao longo das madrugadas de serviço, fui tendo a experiência de viver o Halleluya dos bastidores e de contemplar o milagre que é esse evento. Pude ver pessoas que transitavam atrás do palco com o terço na mão e fui entendendo que, de fato, tudo na Comunidade Católica Shalom – do menor ao maior gesto -, era feito na base da oração e da escuta à voz de Deus.
Aprendi sobre obediência, pobreza e perseverança.
Fui tendo a experiência de rezar antes de escrever os meus textos e de entender que o que eu trazia em mim eram dons que não podiam ser retidos, mas que deveriam ser usados em favor das pessoas, da humanidade que esperava uma resposta de mim.
Entendi que o meu chamado a ser comunicadora era uma terra de missão com um objetivo claro: o de anunciar a Boa Nova de Jesus Cristo para todos, para povos de muitas nações, não importa em qual idioma vão ler o texto que escrevo – eu sou chamada a levar a Paz.
Em cada entrevista que eu realizava com os convidados que iriam se apresentar no palco, ia entendendo a frase de Santa Terezinha que diz que “somente o Amor explica a missão”. E me questionava: “Como é que tantas pessoas saiam de suas casas, do conforto, muitas vezes vindas de lugares tão distantes, para estar no palco principal daquela arena ofertando as suas vozes e as suas vidas gratuitamente?”
Ali, naquele chão de areia e mato, sujando o meu tênis, a minha calça nova, entregando a minha vida e o meu cansaço, pude entender o sentido da verdadeira oferta. Saí no último dia exausta, mas cheia de amor e de histórias de vida eterna para contar. Como é bom comunicar a solidariedade!
Naquele container escondido, redescobri o quanto eu queria ser jornalista. Mas bem mais do que isso, descobri que sou missionária. E é assim a cada ano: o Halleluya faz aniversário comigo e é estando nele que eu redescubro quem sou e o que vim fazer neste mundo. A festa nunca acaba e os seus frutos também não!
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Halleluya Solidário 2020
Neste ano, pela internet e de vários lugares do Brasil, os artistas vão tocar as músicas que emocionam multidões nas edições do Festival Halleluya em Fortaleza, e em outras capitais do país, como Rio de Janeiro, São Paulo, Natal e São Luís. Adoração e Vida, Rosa de Saron e Missionário Shalom estão entre as bandas da noite de solidariedade, que acontece neste domingo, (07).
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Lindo testemunho!!!