Dom Aloísio Sinésio Bohn
Moiséscaminhou à frente do povo hebreu através do Mar Vermelho e do desertoaté a terra prometida. Jesus Cristo é o novo Moisés, que, através desua morte e ressurreição, preside o novo povo de Deus em esperançasolidária, rumo à vida plena, transfigurada em Cristo.
Oshebreus celebravam o memorial pascal com uma refeição de agradecimentopelos benefícios recebidos, de modo especial pelo Êxodo, isto é,passagem da terra da opressão para a terra da liberdade.
JesusCristo instituiu a ceia da nova aliança com o novo povo de Deus, dandoa si mesmo como alimento do seu povo; seu corpo imolado por nós e seusangue derramado por nós na cruz.
Na Eucaristia adoramos aquele que estava morto e agora vive para sempre (Ap 1, 18).
OCatecismo da Igreja Católica lembra que “a celebração do sacrifícioeucarístico está toda orientada para a união dos fiéis com Cristo, quese ofereceu por nós” (nº 1382).
AEucaristia não é uma simples refeição fraterna, mas um verdadeiro cultode adoração: “Tomai e comei, isto é o meu corpo; este é o meu sangue daaliança que se derrama por todos” (Mc 14, 22-24).
Desde o tempo dos Apóstolos a Igreja crê na presença real de Cristo noSantíssimo Sacramento. É convicção da Igreja que esta é a vontade doSenhor para que Ele seja Emanuel, Deus próximo do ser humano, comoSalvador.
OApóstolo Paulo diz claramente: “A taça de bênção que abençoamos, não écomunhão com o sangue de Cristo? O pão que partimos, não é comunhão como corpo de Cristo”? (1 Cor 10, 16).
Éainda Paulo que tira as conseqüências da comunhão no mesmo pãoeucarístico: “Um é o pão e um é o corpo que formamos, apesar de muitos”(1 Cor 10,17).
Seformamos um corpo em Cristo, somos convidados a viver como irmãos eirmãs no Senhor, promovendo o bem de todos, trabalhando pela paz e pelasobrevivência da humanidade, através da preservação da criação.