“O perdão de Deus é doce”. É o que afirma padre Emiliano Hong, da Prelazia de Opus Dei. O sacerdote, que acompanha a Universidade Austral e a comunidade coreana de Buenos Aires, já esteve na Coreia do Sul por três anos e trabalha atualmente de forma pastoral na Argentina.
Faz uns meses que padre Emiliano começou a presentear com um bombom os jovens que se confessam com ele. Segundo o sacerdote, o objetivo inicial era ajudá-los a perder a sensação de que a confissão é algo formal, difícil.
“Encontrei alguns bombons que tinham o escrito ‘Perdão’, é algo comercial, mas que no meu contexto interpretei como a mensagem do Espírito Santo, que o perdão de Deus é doce”, explicou.
Desde então, ele presenteia quem se confessa com ele com este bombom.
Medo e vergonha da confissão
Alguns católicos têm medo e vergonha de confessar, aponta padre Emiliano. Isso acontece porque não conseguimos ouvir a voz misericordiosa de Deus através dos confessores.
“Todos somos filhos pródigos que recebem um abraço apaixonado de Deus a cada vez que decidimos pelo perdão”, afirma Padre Emiliano Hong
Podemos até achar que o perdão é algo impossível, mas esta é uma grande falácia. Precisamos estar arrependidos e ter um coração contrito e aberto a misericórdia de Deus, que sempre esta solicito a nos perdoar, a fim de nos ajudar no processo de conversão e santificação.
Grandeza do sacramento da reconciliação
Santo não é o que não peca, mas é aquele que volta sempre para a misericórdia divina, pontua padre Emiliano.
“Penso que temos que ajudar aos penitentes a considerar a grandeza do sacramento, no qual atua o Espírito Santo que produz verdadeiramente um ato de amor nos nossos corações”, destaca padre sobre os sacerdotes.
O padre reforça que toda a confissão, mesmo aquela em que a pessoa não consegue se expressar bem, é um ato de humildade e de caridade.
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Assim como na Missa o pão consagrado deixa de ser pão para se tornar o Corpo de Cristo pelo Espírito Santo, na confissão, o presbítero explica que o arrependimento imperfeito sempre se torna o desejo de “que não seja feita minha vontade, mas a de Jesus”.
“No sacramento da reconciliação recebemos este milagre”, complementa. Este milagre é um novo recomeçar em nossas vidas. Deus é amor e em Sua infinita misericórdia, sempre nos consola e nos faz novas criaturas.
Escolha pela santidade
Padre Emiliano lembra que todos são filhos de Deus, que por méritos próprios não merecem nada, mas vivendo uma vida de oração e a vida Sacramental podem ir crescendo na santidade.
“A pessoa que vive a confissão frequente com humildade parece aos poucos com Jesus. O Papa Francisco é muito claro em propor na exortação Gaudete et Exultate que a Santidade é possível para todos, porque o santo não é o que não peca, mas é aquele que volta sempre para a misericórdia divina”, sublinha.
Os confessores, têm a alegria de comprovar que o perdão de Deus passa pelas palavras proferidas no ato de absolver os pecados e com as mãos abençoa esta nova criatura.
“Quando o Papa Francisco pediu ‘que os ministros sejam pastores com cheiro das ovelhas’, penso que está pedindo que busquemos os penitentes oferecendo o acalento do Bom Pastor e a doçura do perdão”, conclui.
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