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Cristo sabia que deveria padecer o Filho do Homem e mais, era conhecedor que tinha chegado sua hora e dela não quis se esquivar ou protelá-la.
Reuniu os seus, deu-lhes os últimos ensinamentos, lavou-lhes os pés, “isto é o que devem fazer uns aos outros”, ensinou. Numa entrega total dá-se em eucaristia, faz-se pão, não como aquele da Antiga Aliança, mas de uma forma nova, alimenta corpo e alma.
No lagar da paixão seu sangue derramado e feito bebida e, feliz quem deixa aspergir os umbrais de seu coração com este líquido precioso e redentor.
Cristo experimenta da plena felicidade, resultado da doação irrestrita. Como prenúncio de sua paixão, dias antes uma mulher, pecadora, quebrou-lhes aos pés um vaso de perfume. Agora, é Ele, que sem ter pecado algum deixa perfurar o vaso de seu corpo e exala perfume de salvação à humanidade.
Este vaso será completamente restaurado, garante a esperança na ressurreição e nunca mais será quebrado. Ensina-nos assim que também nós seremos reconstruídos pelo poder de sua ressurreição.
O amor de Cristo atinge o auge da maturidade humana, pois manifesta com intensidade o amor divino. É o eros que se reveste do ágape; a fraqueza humana que se robustece da fortaleza divina.