Teresa nasceu em Alençon (França) em 1873. Menina bela, filha de Louis Martin e Zélie Guérin, ela cultivou desde criança o desejo de consagrar-se a Deus. Isso foi motivo de alegria para a mãe e desgosto para o tio, Isidore Guérin, que se tornaria, mais tarde, seu tutor. Teresa sempre cultivou uma profunda admiração pelas coisas e atitudes simples. Isso a ajudou nos momentos mais difíceis, como em 1877 com a morte de sua mãe e a mudança do pai para a cidade de Lisieux, também na França.
Na ausência da mãe, Teresa se apegou a irmã, Pauline, que logo depois ingressou no Carmelo. A saúde de Teresa foi debilitando-se. A família tradicionalmente católica roga a Imaculada Conceição para que interceda a favor da cura de Teresa. Sua recuperação foi milagrosa. Mesmo com a pouca idade, Teresa decide entrar no Carmelo como a irmã. Ela vai ao encontro do papa Leão XIII, buscando uma dispensa especial para ingressar na comunidade religiosa. Aberta a exceção, Teresa ingressou no Carmelo em 9 de abril de 1888, assumindo o nome de Teresa do Menino Jesus (Thérèse de l'Enfant Jesus).
Fez sua profissão religiosa em 8 de setembro de 1890, tomando definitivamente o nome de Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face (Thérèse de l’Enfant Jesus et de la Sainte Face). Em muitas partes do mundo ficou conhecida como Teresa de Liseux ou Santa Teresinha do Menino Jesus, como é o caso do Brasil. Sua vida espiritual consistiu em cumprir a vontade de Jesus mediante o exercício da humildade e da ascese, renúncia do prazer. Ela se entregou por completo ao que ela denominou de “Pequena Via”, deixando-se abandonar nos braços de Jesus para que Ele a conduzisse na mais fina simplicidade e confiança.
No seu conhecido livro, “História de uma alma”, publicado em 1898, afirmou que “o amor de Nosso Senhor se manifesta tanto na alma mais simples, que não coloca nenhuma resistência a sua graça, quanto na alma mais sublime”. Com apenas 24 anos de idade, morreu na cidade de Lisieux em 30 de setembro de 1897. Em 17 de maio de 1925, foi canonizada pelo papa Pio XI, o mesmo que dois anos mais tarde a declarou Patrona Universal das Missões Católicas. Foi declarada Doutora da Igreja em 19 de outubro de 1997 pelo papa João Paulo II.