Institucional

Vale a pena lutar pelo Eterno

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blue-88523_1280Gostaria de falar sobre várias coisas nesse pequeno texto, a começar pela misericórdia de Deus até o Seu desejo de céu para cada homem e mulher. Resolvi então unir ambas a ideias e trazê-las para a minha experiência de salvação. Sim, é Real, é Concreto. Deus que nos faz experimentar sua misericórdia e assim contemplar o céu em nós. Vindos do coração de Deus, alcançados por Seu Amor quando estávamos nas trevas, nosso coração só se aquietará quando voltarmos para Ele, como confirma o próprio Catecismo da Igreja Católica no artigo 1706: “Mediante a sua razão, o homem conhece a voz de Deus que o impele a fazer o bem e a evitar o mal. Todos devem seguir esta lei, que ressoa na consciência e se cumpre no amor de Deus e do próximo”.

Buscando em tantos lugares o que era Eterno, conheci o verdadeiro inferno, vivendo uma vida voltada para mim mesma, para meus prazeres, minhas vontades e desejos, achando serem as pessoas, posses do meu bom agrado. Feri-me e feri a cada um que passou em minha vida. Buscando o Eterno encontrei o fútil, superficial e passageiro e assim fui também passando na vida das pessoas, deixando marcas e feridas eternas que só o Verdadeiro Amor foi e é capaz de curar. “Seduzido pelo Maligno desde o começo da história, o homem abusou da sua liberdade. Sucumbiu à tentação e cometeu o mal. Conserva o desejo do bem, mas a sua natureza está ferida pelo pecado original. O homem ficou com a inclinação para o mal e sujeito ao erro.” (CIC 1707)

No entanto, como tantos Zaqueu’s, Paulo’s, Maria’s, Pedro’s, ao longo da história, fui sendo alcançada por essa Luz, e o Eterno que tanto procurei se fez presente no tempo, Cristo que assume a nossa humanidade, se fez Homem e todos os dias salva-me com sua misericórdia. Posso dizer como Santo Agostinho, “Tarde Te amei, ó beleza tão antiga e tão nova! Tarde demais eu Te amei! Eis que habitavas dentro e eu te procurava do lado de fora!” Procurei o Eterno fora quando ele estava gravado dentro de mim, marcado em meu coração, selado pelo sangue do Cordeiro. Ao tocar o Cristo, toquei também as minhas fraquezas, limitações e conheci o quanto sou dependente desse Amor para permanecer de pé. Assim, começou uma luta que jamais vivi igual, conhecendo a Deus, experimentando essa voz que me faz tocar o céu, conheci também as feras que rugiam e rugem fortemente em meu interior.  “O homem encontra-se dividido em si mesmo. E assim, toda a vida humana, quer singular quer coletiva, apresenta-se como uma luta, e quão dramática, entre o bem e o mal, entre a luz e as trevas.” (CIC 1707).

Como Pedro, posso dizer que experimentei dos milagres do Senhor. Pedro que na plenitude da vida de Cristo, viu com seus olhos, e eu que toco com a fé, experimento com o coração, esse amor sobrenatural e transformador. Pedro é uma das figuras que mais me assemelho nas Sagradas Escrituras, não pela sua santidade (rsrsrs), mas pela sua impulsividade, seu desejo de fazer a vontade de Deus que ao mesmo tempo em que é travado por seus medos, fraquezas e limites, aos poucos, mesmo que a passos lentos, vai se deixando arrastar e tocar por esse Doce e Terno Amor.

À medida que conheço a Deus, conheço a mim e a Sua vontade para a minha vida e apenas vivendo essa Vontade é que contemplo a felicidade plena. Como já dizia o nosso fundador Moyses Azevedo, “quando vivemos o que Deus nos chama a viver, experimentamos o próprio céu aqui na terra. É nessa certeza que meu coração tendo experimentado desse Amor, não por merecimento algum, deseja corresponder a essa voz, a única que não passará. Pois tudo vai passar e apenas a voz de Deus e Sua vontade permanecerão para sempre. Mesmo sabendo que não é fácil e que muitas vezes irei cair, pensar em desistir, olhar para as cebolas do Egito, uma Força maior me impele a lutar até o fim, para ser Deus o meu sustento e poder dizer como Pedro, “Sim Senhor, Tu sabes que eu Te amo” ou como um trecho da música Imensidão, “e mesmo sem nada para Te dar, eu posso dar-Te o meu querer”.

 

Kelyane Abreu


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