
Não quero prescindir de teorias para tentar me fazer entender, quero apenas prescindir da minha própria experiência com o Mistério.
Falar de fé parece muito subjetivo em alguns momentos, dá também margem para muitas teorias relativizadas e secularizadas. Mas falar de Jesus Cristo parece-me mais claro e mais fácil!
Jesus Cristo é uma pessoa, é um Deus feito gente, que se encarnou e viveu a nossa vida para entre nós vencer o mistério na iniquidade que nós mesmos demos início mas que não sabíamos mais como dar um fim.
Jesus Cristo nos ensinou muitas coisas por meio de suas pregações mas sobretudo por meio de sua própria vida. Viveu, morreu e ressuscitou por amor. Viveu, morreu e ressuscitou em sintonia com o Pai. Viveu, morreu e ressuscitou para nos levar de volta á intimidade perdida pelo pecado.
Crer significa acolher essa pessoa. Crer significa acolher esse Deus.
Crer também significa submeter-se a ele e deixar-se acolher por ele.
Quem somos nós para tomar todas essas iniciativas como se nós o houvéssemos criado? Foi exatamente o contrário! Nossa origem parte dele, nossa vida parte dele, nosso sentido de vida é mais consistente quando unido a vida dele.
Crer significa, então, amar esse Deus e deixar-se amar por Ele!
Crer significa depender dele e entender que sem ele eu nada posso realizar!
Crer significa entender que minha vida também precisa caminhar segundo seus desígnios por que todos são “amor” e para o meu bem!
Quando penso tudo isso, penso também que preciso crer porque preciso de Deus, porque me sinto amada por Ele, porque seu amor mudou a minha vida. Penso ainda que viver pela fé é também necessário porque não posso crer por um dia, mas todos os dias da minha vida.
Penso também que se tudo isso é verdade porque eu mesma experimentei, eu preciso comunicar essa fé aos outros e aos meus próprios filhos; que ela precisa ser passada de geração em geração e que não é um vírus mas um antídoto, ao mesmo tempo que é uma vacina contra toda corrente deste mundo secularizado, descrente.
Encerramos o Ano da Fé? Não diria isso!
Talvez encerramos uma intensa reflexão sobre a fé, mas damos início ao tempo da fé, ao tempo do testemunho, ao tempo da “martiria”, ao tempo do anúncio!
Será que este é realmente o fim ou um começo?
Deixo essa pergunta agora pra você responder!
cantora e missionária da Comunidade de Vida Shalom