Formação

Votar e Lutar pela Vida

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    Hápoucos dias, assisti em Brasília, a um documentário sobre asatrocidades cometidas no tempo do regime militar com torturas, sumiçose mortes de pessoas. Foi, contudo impossível não me lembrar, ao mesmotempo, de um documentário gravado por um médico dos Estados Unidos,sobre o aborto. Ele fizera mais de cinco mil abortos em seu consultórioe depois que viu a filmagem de seu ‘trabalho’, ficou tremendamentechocado e além de nunca mais ter feito um só abortamento, passou a serum dos maiores batalhadores na luta em favor da vida em todo o mundo.Não se cansa de afirmar que o aborto, mesmo feito nas melhores clínicasé um assassinado hediondo, resultante de um processo de torturahorripilante contra um ser humano que não tem nem mesmo condição degritar socorro. Vi este filme várias vezes. Muitos políticos, antesfavoráveis ao aborto, já o viram e mudaram de opinião. 

    Oque mais me impressionou ao ver o documentário de Brasília sobre oregime militar, é que entre os que foram lesados em seus direitoshumanos, alguns agora militam na política e defendem abertamente oaborto, sem o mínimo escrúpulo, sem a mínima sensibilidade diante deuma criancinha que a natureza protege, mas pessoashumanas não. Não consigo compreender como fazer distinção entretorturar um adulto e torturar, até à morte, um ser indefeso no começode sua existência.

    Acabode ver um impressionante comentário de Dr.Luiz Roberto Fontes, MédicoGinecologista e Obstetra e Biólogo, de São Paulo, que nos últimos diasresolveu também emitir sua opinião sobre o assunto e contribui de formaconsciente, consistente e honesta, para a crescente campanha emdefesa da vida. Para a sua reflexão, caro leitor, não terei preocupaçãoem economizar espaço para a citação, mesmo porque, é difícil perder umasó das palavras do conceito médico. Ele propõe a questão a respeito davida humana, não só da vida em si. Abaixo, resumidamente, exponho partede seu texto. Afirma: “Para responder a questão essencial, reviso osmeus conhecimentos médico-biológicos:

1-O óvulo é liberado pelo ovário. Mas não sai sozinho do ovário, senãoacompanhado de um séqüito de células acessórias, que o envolvem durantetodo o trajeto na tuba feminina, rumo ao útero.

2-Ao ocorrer a fecundação, imediatamente a parede envoltória do óvulo eas células acompanhantes bloqueiam a entrada de novos espermatozóides.Esse processo é comandado pelo óvulo que virou ovo. A mãe (mulher) nãointerfere.

3-Imediatamente, reações fisiológicas complexas são deflagradas, comprodução hormonal abundante pelo conjunto ovo-células acessórias. Essesprodutos deflagram reações no organismo materno, com vistas a sustentara gravidez: o útero se prepara para receber o ovo; o ovário queovulou manterá ativo o corpo lúteo, até o completo desenvolvimento daplacenta, na 12ª semana. A mãe (mulher) não interfere.

4-O ovo recém-formado caminha mais 2 a 3 dias na tuba uterina, rumo aoútero. Sofre algumas divisões celulares, até configurar uma massa decélulas, agora denominada embrião. Nesse trajeto, o embrião está por sua conta. A mãe (mulher) não interfere.

5-Ao chegar ao útero materno, o embrião se implanta no tecido uterino,onde formará a placenta. Esse processo é ativo e depende da atividadedo embrião. A mãe (mulher) não interfere.

6-Uma vez implantado, o embrião começa imediatamente a desenvolver aplacenta, que tem duas grandes funções: A) prover alimento e oxigêniopara o embrião, subtraído do sangue materno. B) constituir uma barreiraplacentária, que é um filtro altamente eficaz, que impedirá a entradade inúmeras substâncias maternas que são agressivas ou letais aoembrião, e impedirá que a mãe (sim, a mãe) expulse o embrião…

7-Agora o diminuto embrião vai crescer, desenvolver tecidos e sistemasorgânicos, futuramente terá um encéfalo e um cérebro (cujodesenvolvimento completo somente ocorrerá no 7° ano de vida dacriança), vai assumir gradualmente a forma humana e será denominadofeto…Das fases 2 a 6, o concepto esteve por sua conta. Se falhar noconjunto de procedimentos iniciados no momento da fecundação, seráeliminado. Portanto, a conclusão é óbvia: o ser é autônomo desde afecundação. É nesse momento que tem início a vida humana. Para chegar aessa conclusão, utilizei apenas conhecimentos técnicos, de matériamédica. Abstive-me de sentimentalismo, emoções, conceitos ou dogmasreligiosos…O ovo, tão logo constituído, é um ser autônomo, o únicoresponsável por sua sobrevivência dentro do organismo materno. Issoposto, tenho que dizer que a gestante é depositária do novo ser humano,que é autônomo desde o momento da concepção. A mulher não pode, a seuexclusivo critério e defendendo uma suposta liberdade de usar o corpocomo lhe convém, como se grávida não estivesse, optar por interromper agestação. Não é opção, o caminho é único: é dever da mulher respeitar onovo ser abrigado provisoriamente em seu útero; é dever (eu disseDEVER) do Legislador gerar mecanismos legais de proteção ao novo serautônomo e portador da condição humana, inclusive no estado unicelularde célula-ovo. Portanto, legislar a favor de "impressões pessoais", oude uma suposta "dignidade do casal" ou suposto "direito da mulher",como vem ocorrendo na decisão exarada por certos Juízes de Direito emnosso país, é, apenas e tão somente, condenar à morte um ser humano(uni ou pluricelular, com ou sem cérebro, anencéfalo ou não). Asfeministas também estão erradas em sua visão do assunto e defendem,pura e simplesmente,  um crime contra a vida humana”.

    Atéaqui as palavras de Dr. Fontes. Concluo: eis aí, eleitor, uma boa razãopara você negar o seu voto a qualquer candidato favorável ao aborto.

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Dom Gil Antônio Moreira


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