Nesta pregação, o missionário consagrado da Comunidade de Aliança, abordou o tema da ‘Sexualidade e caridade conjugal’. Ele iniciou o momento definindo o que é a sexualidade humana e toda a sua amplitude, em seguida, ele trouxe alguns aspectos da sexualidade dentro do amor conjugal, por fim o missionário apontou algumas diretrizes para o ato conjugal casto, cheio de amor, generosidade e abertura à vida.
Em toda a formação, Carmadelio utilizou citações que refletem a mentalidade da Igreja Católica para a vivência da sexualidade no matrimônio de maneira autêntica e saudável. Destacamos aqui algumas dessas citações para gerar reflexão e aprofundamento desses aspectos que devem sempre ser orientados para o amor dentro da Vontade de Deus. Porque, afinal, Deus nos criou como seres sexuados para amar.
1- “O Amor é a única maneira de captar outro ser humano no íntimo da sua personalidade. Ninguém consegue ter consciência plena da essência última de outro ser humano sem amá-lo. Por seu amor, a pessoa se torna capaz de ver os traços característicos e as feições essenciais do seu amado; mais ainda, ela vê o que está potencialmente contido nele, aquilo que ainda não está, mas deveria ser realizado. Além disso, através do seu amor a pessoa que ama capacita a pessoa amada a realizar estas potencialidades, conscientizando-a do que ela pode ser e do que deveria vir a ser, aquele que ama faz com que estas potencialidades venham a se realizar!” Vitor Frankl – Livro: Em busca do sentido
2- “O ser humano é chamado ao amor e ao dom de si na sua unidade corpórea-espiritual, unidade que expressa sua sexualidade. A sexualidade é um componente fundamental da personalidade, um modo de ser, de se manifestar, de comunicar com os outros, de sentir, de expressar e de viver o amor humano; caracteriza o homem e a mulher não somente no plano físico, mas também no psicológico e espiritual, marcando toda a sua expressão”. Documento ‘Sexualidade humana, verdade e significado’ do conselho pontifício para a família
3- “A sexualidade humana é parte integrante da capacidade concreta de amor que Deus inscreveu no homem e na mulher (…) A sexualidade humana é, portanto, um Bem: parte daquele dom criado que Deus viu ser « muito bom » quando criou a pessoa humana à sua imagem e semelhança e « homem e mulher os criou »”. Documento ‘Sexualidade humana, verdade e significado’ do conselho pontifício para a família
4- “São João Paulo II rejeitou a ideia de que a doutrina da Igreja leve a «uma negação do valor do sexo humano» ou que o tolere simplesmente «pela necessidade da procriação» (…) A sexualidade não é um recurso para compensar ou entreter, mas trata-se de uma linguagem interpessoal onde o outro é tomado a sério, com o seu valor sagrado e inviolável”. Papa Francisco – Amoris Laetitia
5- “O erotismo aparece como uma manifestação especificamente humana da sexualidade. Nele pode-se encontrar o «significado esponsal do corpo e a autêntica dignidade do dom» (…) No matrimónio, a intimidade corporal dos esposos torna-se sinal e penhor de comunhão espiritual”. Catecismo da Igreja Católica
6- “Os atos pelos quais os esposos se unem íntima e castamente são honestos e dignos; realizados de modo autenticamente humano, exprimem e alimentam a mútua entrega pela qual se enriquecem um ao outro com alegria e gratidão”. Catecismo da Igreja Católica
7- “A fecundidade é um dom, uma finalidade do matrimónio, porque o amor conjugal tende naturalmente a ser fecundo. Por isso, a Igreja ensina que todo o ato matrimonial deve, por si, estar aberto à transmissão da vida (…) Foi o próprio Criador Quem estabeleceu que, nesta função [da geração], os esposos experimentassem prazer e satisfação do corpo e do espírito (…) Portanto, os esposos não fazem nada de mal ao procurar este prazer e gozar dele. Aceitam o que o Criador lhes destinou”. Catecismo da Igreja Católica
8- “O amor exclui todo o gênero de submissão, pelo qual a mulher se tornasse serva ou escrava do marido (…) A comunidade ou unidade, que devem constituir por causa do matrimônio, realiza-se através de uma recíproca doação, que é também submissão mútua (… ) Entre os cônjuges, esta recíproca «submissão» adquire um significado especial, devendo-se entender como uma pertença mútua livremente escolhida, com um conjunto de características de fidelidade, respeito e solicitude (…) A sexualidade está ao serviço desta amizade conjugal de modo inseparável, porque tende a procurar que o outro viva em plenitude”. São João Paulo II
9- “Se o homem aspira a ser somente espírito e quer rejeitar a carne como uma herança apenas animalesca, então espírito e corpo perdem a sua dignidade. Por esta razão, «o homem também não pode viver exclusivamente no amor oblativo, descendente. Não pode limitar-se sempre a dar, deve também receber. Quem quer dar amor, deve ele mesmo recebê-lo em dom.” Bento XVI – Deus Caritas Est
10- “Lembremo-nos de que um amor verdadeiro também sabe receber do outro, é capaz de se aceitar como vulnerável e necessitado, não renuncia a receber, com gratidão sincera e feliz, as expressões corporais do amor na carícia, no abraço, no beijo e na união sexual”. Papa Francisco – Amoris Laetitia