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12 dicas de Moysés Azevedo para uma família santa e feliz

O pregador embasou a sua palestra nos parágrafos 71 e 73 da Exortação Apostólica Amoris Laetitia.

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No 2º dia do Congresso latino-americano das famílias, ainda aprofundando a Exortação Apostólica Amoris Laetitia, Moysés Azevedo, fundador da Comunidade Católica Shalom, pregou sobre o tema “família, santidade e missão”. Em suas palavras, o consagrado explicou o verdadeiro sentido do matrimônio e da família, e motivou os casais a não desistirem deste projeto de Deus, mesmo diante dos grandes desafios vividos dentro de casa.

A seguir, confira 12 dicas de Moysés para uma família santa e feliz:

1 – Buscar ser reflexo da Santíssima Trindade

“A fonte do amor é a trindade, e ao mesmo tempo a Trindade é a fonte da família. Olhar para trindade vai nos ajudar a compreender a vocação, o plano, aquilo que Deus quer para a família no mundo, e ao mesmo tempo olhar para a família, nos faz entender melhor a fonte dela que é a Santíssima Trindade.

Assim a família é constituída para ser espelho da trindade para o mundo. O amor é esponsal quando alguém se doa totalmente ao outro. Se entrega de corpo, alma, espirito e vida, e essa comunhão de amor é tão forte que gera fecundidade, gera os filhos que participaram desta comunhão de amor”.

2 – Ter Deus como o centro da família

“Deus é fonte de amor e da santidade matrimonial, sem Deus não dá para ter um autêntico matrimônio em Cristo. Deus não é uma opção dentro da família cristã. Deus precisa ser o centro do coração de cada membro da família e o centro na vida familiar.

Com Deus no centro, tudo pode mudar na família. Sendo a fonte inesgotável e eterna de amor, nele tudo pode recomeçar. O amor divino vence tudo, vence os desafios, os relacionamentos mais desgastados. O amor humano no matrimônio é limitado, mas foi visitado pelo amor divino”.

3 – Viver o matrimônio como um caminho de santidade

“Diante do altar do Senhor, se diz um ao outro:

‘De hoje em diante eu te ajudarei no caminho para santidade. De hoje em diante o teu caminho de santidade é também o meu, aliás é nosso! Nós vamos construir um caminho de santidade juntos’.

E o fruto do desejo de ser santo, é ter um olhar na eternidade. Se casamos para sermos felizes para sempre e na eternidade, nós seremos capazes de construir uma família santa e feliz nesta vida, e gerá-la para a eternidade”.

 4 – Intimidade com Deus

“Deus é a fonte do matrimônio, então é indispensável que a família cultive uma relação com Deus. Para construir uma família plena e feliz a vida de oração é essencial, cultivar essa esponsalidade em Deus. Vida de oração comunitária dentro da família, uma vida de oração comunitária na Igreja, na liturgia, uma vida sacramental. A família é uma comunidade que está integrada em uma grande comunidade que é a Igreja, para que ela possa alimentá-la e possa dar os frutos de amor, santidade e serviço na igreja.

 5 – Amar até doer

“O caminho da felicidade é o doar-se e amar até doer. A aventura esponsal deve conhecer a loucura da cruz. O amor esponsal de cristo pela Igreja é um amor crucificado, porque esse nível de amor é o que vai até o extremo, e assim também deve ser o amor mútuo entre os esposos. Eu amo meu (a) esposo (a) até o extremo, até dar a minha vida por ele (a).

‘Estou disposto a dar minha vida pelo meu esposo? Estou disposto a dar minha vida por minha esposa?’

Assim existirá um amor mais forte que a morte, e esse é o amor que vence tudo.”

6 – Amor apaixonado, porém amor maduro

“A beleza do amor humano é elevado pela graça do amor divino, é aquele amor apaixonado pelos primeiros tempos, mas que vai se renovando sempre, pois é próprio de Deus fazer nova todas as coisas.

Existe o tempo, as crises, os desgastes, existem as lutas, mas também existe o sacramento do matrimônio, a presença do amor divino, existe o Espírito Santo. Onde existir o sacramento do matrimônio, Deus é capaz de fazer novas todas as coisas. E esse amor apaixonado aprende a ser um amor maduro”.

7 – Viver o ato conjugal com pleno sentido

Os esposos se amam tanto que se doam no corpo, na alma e no espírito, e a união dos corpos é coroado com o dom do prazer, o dom de um amor que leva a uma plenitude de comunhão de amor. A beleza deste ato gera o dom dos filhos, a alegria do matrimônio. Cada filho renova essa alegria, e é uma nova centelha de amor.

8 – Ser Igreja Doméstica

Ser igreja doméstica é caminho de santidade, é instrumento de santificação. A maior parte dos santos diz que aprendeu a rezar no joelho e no colo dos pais. É na família que se anuncia o querigma para os filhos, que se ensina e se aprende o perdão, a beleza da partilha, e é o lugar onde se aprende a missão, pois todos se ofertam juntos. E assim, a Igreja Doméstica se abre aos jovens, aos pobres e à humanidade.

9 – Aprender a superar desafios e crises

“Tudo que é humano tem seus desafios. Diz o Papa:

‘A crise é o momento da fidelidade a Deus, às coisas e às decisões que tomamos antes. É um momento de conversão, pois esta fidelidade nos inspira a fazer mudanças para o bem e não para nos distanciarmos do bem, para continuarmos firmes nas decisões que tomamos hoje, e não para jogar tudo para cima’.

Muitas vezes não entendemos que a cruz é caminho para a ressurreição. Às vezes quando passamos pelos desafios na vida familiar dizemos ‘não aguento’, e assim, perdemos a oportunidade de construir a felicidade através da fidelidade. A felicidade mora na fidelidade!

O momento da crise é como atravessar o fogo, como quando se purifica o ouro. Ao superar a crise, a família e o matrimônio estarão mais fortes e mais plenos que antes”.

10 – Evitar a indiferença

“Nas Sagradas Escrituras a indiferença já é ódio. Não existe desamor que destrói mais do que a indiferença. A indiferença não deve existir no seio da família. As crises devem ser enfrentadas na paciência, no amor, na caridade, perseverança, fidelidade e capacitando-os para amar mais e melhor”.

11 – Estar fundada na misericórdia

“Nós vencemos a indiferença e a mundanidade vivendo a misericórdia. Ou seja, devo estar sempre disposto a perdoar e recomeçar, não obstante aos desafios que como família vivemos. Isso é muito difícil, é desafiante, mas é a única forma de construir o amor, permitir que a fonte do amor divino continue gerando e transformando a família. Cônjuges que não desistem um do outro, os pais que não desistem dos filhos, filhos que não desistem dos pais.

12 – Ser missionária e intercessora

“Uma família não é um dom dado para si mesmo, é um dom de serviço, em vista da missão. Precisa viver a dinâmica da vida ofertada, pois o amor precisa transbordar e ser distribuído.

Estamos em plena pandemia, mas independente disso, a família tem uma responsabilidade intercessora: rezar pela Igreja, pelos jovens, pelos pobres e pela humanidade. Como precisamos de intercessores no mundo de hoje! Que não rezem apenas por si mesmo, mas que rezem e sofram as dores da humanidade. Famílias com portas abertas não para receber, mas para irem ao encontro de outras famílias”.

Durante a manhã ainda houve a pregação do Cardeal Kevin Farrel, Camerlengo da Santa Romana Igreja e Prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida. Em sua pregação, o cardeal  discorreu sobre como a Igreja vê a Paternidade em Patris Corde e Amoris Laetitia.

Quem fez a sua inscrição nos modos básico e premium ainda poderá rever as pregações, workshops e toda a programação do Congresso na plataforma do evento. Basta [CLICAR AQUI].


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