Em agosto passado, Bento XVI anunciou que a próxima Jornada mundial da Juventude será no Brasil, com o tema “ Ide e fazei discípulos de todas as nações”.
Tendo em mente o atual estágio de desenvolvimento do País, tanto social como econômico, podemos vislumbrar que nossa terra passa a ocupar um lugar de destaque junto às nações.
Durante muito anos, aprendíamos nos bancos escolares os valores humanos dos brasileiros, sua cordialidade, conhecíamos acadêmicamente os grandes personagens, não apenas da vida política e militar, mas também da vida literata, científica, social e religiosa.
Nossa geografia, com a enaltecimento da nossa fauna e flora, tudo isso nos levava a um amor à pátria e, muitas vezes, a um ufanismo.
Contudo, no mundo, além de casos isolados, brilhávamos pelo carnaval, pelo futebol, pela música e pelas nossas praias.
Aos poucos fomos vendo que o Brasil, como comunidade, começou a assumir responsabilidades mundiais e aqueles ícones divulgados pelo turismo e pela economia foram deixando o protagonismo e compartilhando o espaço com a religiosidade, para semos um país multirracial que aceita a diversidade, com nossa simpatia, com a própria economia – apesar de muitas vezes equivocada, como quando submete a natureza ao lucro – e com nossas empresas e indústrias.
Agora o País foi convidado a sediar a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016. Evidentemente esses dois respeitáveis eventos enaltecem nossa terra e a colocam na vitrine do mundo. Contudo, começa a ser a 27ª Jornada Mundial da Juventude o evento intercontinental que além dos aspectos turísticos e econômicos, dará ao Brasil a ocasião de incentivar a atividade intelectual das pessoas, principalmente da juventude. Idéias, propostas, mudanças de vida, tudo isso e mais alguma coisa será trabalhado no Rio de Janeiro em 1013. E o objetivo, o para quê, já foi dito pelo próprio Papa: fazer as pessoas discípulas de Jesus Cristo.
Ninguém espera conversões em massa para o Cristianismo e muito menos para o Catolicismo, não é esse o objetivo. Espera-se sim, que nesses dias e depois, as pessoas sejam mais livres, mais solidárias e fraternas. Que o ser humano seja respeitado e que se dê maior respeito e atenção ao pobre, ao pequeno, ao doente, ao social e economicamente desvalorizado.
Espera-se que o Cristo Redentor do Corcovado não seja apenas um momumento, um ícone da Cidade Maravilhosa e do Brasil, mas seja o referencial para a construção da nova Civilização do Amor. Que se realize a Nova Evangelização.