Santa Teresa D’Ávila, doutora da Igreja e responsável pela reforma do Carmelo, baluarte da Vocação Shalom e também é inspiração para o catolicismo. A história dela é marcada por uma vida de oração intensa e profunda. A contemplação e o profundo louvor também são características de sua vida religiosa, que inaugurou um novo caminho disseminado até hoje em todo o mundo. Portanto, sua vida extraordinária oferece muitas lições para os cristãos de hoje. Confira 2 coisas que podemos aprender com Santa Teresa.
Amizade com Deus
Quando jovem, Santa Teresa começou a rezar de forma meditativa e contemplativa com Deus. Tal oração era chamada de “oração mental”. Consequentemente, sua amizade com Cristo e seu profundo amor por Ele floresceram cada dia mais. Depois de uma doença terrível, no entanto, ela parou de rezar dessa forma. Por outro lado, participava das orações comunitárias rotineiras. Aliás, ela se convenceu que abster-se de orar sozinha era um sinal de maior humildade.
Não é de se surpreender, no entanto, que a decisão de cessar a oração meditativa lhe trouxe sofrimento emocional e espiritual.
Felizmente, ela encontrou um santo e culto sacerdote dominicano para ser seu confessor. Ele, então, a corrigiu. De fato, Santa Teresa de Ávila, nunca abandonou a oração mental e exortou todos a adotarem esse tipo de oração regularmente. Como consequência, suas descrições da oração mental tornaram-se definições clássicas dessa prática espiritual. Ela escreveu que a oração mental: “Nada mais é do que relações amigáveis e conversas solitárias frequentes com Aquele que sabemos que nos ama”. Essa amizade é a fonte de um bem infinito na vida de uma pessoa e produz grandes frutos espirituais. Ela garantiu a seus leitores: “Ninguém jamais tomou Deus por amigo sem ser recompensado”.
Santa Teresa deixou um impacto maior que a vida por meio de suas reformas espirituais, boas obras e escritos, tudo isso brotou, portanto, do poço de sua amizade profunda e íntima com Deus. Em suma: a vida dela mostra que o esforço apostólico deve sempre começar e estar profundamente enraizado na oração.
Perseverança na oração
Um dia, Santa Teresa d’Avila se encontrava num estado de aridez espiritual terrível. Por ser religiosa, ela tinha a obrigação de adorar ao Senhor Jesus por pelo menos uma hora no seu dia. Santa Teresa, sabendo da sua pouca vontade de adorar a Jesus naquele dia, pediu às suas irmãs que trancassem a porta da capela pelo lado de fora e que só abrissem quando tivesse passado uma hora. Assim o fizeram. A Santa sem nenhuma vontade de rezar, começou a contar os tijolos da capela, um por um.
Terminada então a sua hora de adoração, as irmãs abriram a porta da capela e ela saiu. Alguns dias depois, Santa Teresa percebeu que sua aridez espiritual havia cessado e uma enorme paixão pelo seu Divino Esposo havia tomado conta do seu coração. Ela naquele dia foi adorar a Jesus com um amor que nunca havia sentido antes. Em um determinado momento de sua adoração, a Santa apaixonada interrogou Jesus dizendo: “Meu doce Jesus, qual foi o dia que Tu mais me amaste?”. Ela ouviu imediatamente a resposta de Jesus: “Teresa, o dia que eu mais te amei, foi aquele dia em que tu não querias me adorar, mas só para permanecer na minha presença, ficastes contando os tijolos da capela.”
Que através desse grande exemplo de Santa Teresa, possamos buscar sempre a constância e a perseverança na oração, Teresa mesmo não querendo escolheu ficar com Jesus. Não podemos nos esquecer, que muito mais do que nós temos sede de Deus, Deus tem sede de nós e nos quer por perto.
Santa Teresa D’ávila, rogai por nós!
Por Maria Taís