Shalom

32 anos de Shalom na terra do dendê e da alegria

Conheça um pouco da experiência dos primeiros a serem utilizados por Deus como instrumentos para irradiar o carisma em Salvador

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Há exatos 32 anos, a Comunidade Católica Shalom chegava na terra da alegria. Tendo como os primeiros apoiadores, o grupo de jovens da Pupileira e a Rádio Excelsior. 

Tidos como os referencias da Renovação Carismática em Salvador, o grupo de jovens da Pupileira, geralmente se organizavam em caravanas para o Renascer em Fortaleza e outros retiros da Comunidade. E em um desses retiros, houve o encantamento desses jovens pela vocação e o desejo de trazer o carisma para mais perto. 

Mais uma vez, Deus se utilizava dos jovens para atrair novos jovens. Transformando-os em instrumento de louvor a serviço do Pai e da evangelização. 

Então, a Comunidade chegou em Salvador com o intuito de promover uma evangelização diferenciada através da Rádio Excelsior, como nos conta Clarindo Anjos, membro definitivo da comunidade aliança. 

“Recordo-me quando anunciaram que a Comunidade Católica Shalom estava chegando em Salvador. Os grupos da Pupileira, que eram referência da RCC em Salvador, geralmente iam aos encontros da Comunidade Shalom em Fortaleza. A partir disso, alguns membros da Comunidade Shalom eram convidados para os eventos promovidos pela Pupileira.

Membros do Grupo Adonai promoviam caravanas para o Renascer em Fortaleza. Alguns desses jovens do Adonai foram até Dom Lucas Moreira Neves, arcebispo de Salvador, partilhar sobre a Comunidade Shalom, que conheceram os integrantes e a missão da Comunidade mais de perto através do Renascer, e desejavam ter este Carisma na Arquidiocese de Salvador.

Dom Lucas quis conhecer a Moysés primeiramente, e entrou em contato com a Comunidade através de um telefonema para falar com ele, e veio a Salvador para apresentar a Comunidade Shalom e a sua missão. Após conhecer o Moysés e o trabalho da Comunidade, Dom Lucas fez o pedido através de carta e, foi aceito. 

 A comunidade viria prioritariamente para trabalhar na Rádio Excelsior, trazendo um novo modo de evangelização. E a Pupileira se responsabilizou por providenciar local para a residência Comunitária, que inicialmente era na Casa Paroquial da Igreja de São Pedro. 

E no dia 13 de julho de 1992, chegaram os membros da Comunidade Shalom em Salvador. Todos residiam na Casa Paroquial da Igreja de São Pedro, onde havia uma sala para formação dos missionários e uma pequena capela. 

O propósito inicial era a evangelização através da Radio Excelsior, mas não poderia ficar somente nisso, não é mesmo? Além do apostolado na Rádio Excelsior, que foi o chamado inicial da presença da Comunidade aqui em Salvador, os missionários promoviam a formação dos pastores dos grupos do Adonai e apoio na realização de Seminários de Vida no Espírito Santo.

Quando a Comunidade chegou em Salvador, em 1992, eu fazia parte do grupo de iniciantes, no Adonai-Pupileira. E assim que recebemos a notícia da vinda da Comunidade, prontamente senti o desejo de conhecer os irmãos missionários. Na época eu estudava na UFBA e como era caminho, dei uma passada na Casa da Comunidade, na Paróquia de São Pedro. Assim que cheguei no portão, escutei pessoas cantando alegremente uma música: “Em tuas mãos eu me abandono, fazei de mim o que tu quiseres…”. Fiquei encantado com a forma que eles cantavam e louvavam ao Senhor. Decidi ficar do lado de fora escutando o louvor e assim que terminaram, entrei na casa. Foi uma grande alegria conhecê-los, perceber a alegria que havia entre eles, o acolhimento que fizeram com a minha chegada. Desde aquele momento, houve uma atração e aos poucos fui convivendo ao longo dos dias.

Em 1994 chega Suely Façanha e outros irmãos para a fundação do primeiro Centro de Evangelização, Casa João Paulo II, situado na Rua Amazonas, na Pituba, e os missionários agora numa maior quantidade passam a residir no Prédio da Rádio Excelsior. A Casa João Paulo II é inaugurada com a abertura da nossa Lanchonete, tendo os sanduíches com os mesmos nomes originais da lanchonete em Fortaleza quando do nascimento da Lanchonete Shalom, em Fortaleza. Foi uma noite também inesquecível, agitada e cheia de alegria, o que não poderia faltar. A partir daí a Comunidade se tornou responsável por suas atividades, e daí nasceu muitos grupos de jovens, casais, mistos.. 

Hoje sou muito feliz em fazer parte dessa história.”

Mas, não para por aí, a Mônica Rodrigues, consagrada da comunidade aliança, também fez parte desse início da caminhada do Shalom em Salvador. 

 “Me lembro que eu fazia parte de um grupo na Pupileira, naquela época a gente fazia primeiro uma catequese para depois fazer seminário de vida no Espírito Santo, aí eu me lembro que eu cheguei com uns 14, 15 anos, fiz minha crisma, depois fiz catequese de um ano para depois fazer o seminário de Vida no Espírito Santo. 

E lá na Pupileira se reunia a renovação Carismática e sempre os missionários , vinham os missionários do Shalom. Os primeiros a pregar, fazer shows, e desde já eu fiquei muito encantada com tudo aquilo.

Em 86 eu estive em Fortaleza, passei oito dias para conhecer a comunidade, fiquei altamente encantada, a vontade que eu tinha de não voltar mais, me identifiquei demais. 

Porém, eu tava noiva do João, e claro, tive que voltar. E graças a Deus, tudo foi se cumprindo. Eu casei em 87 e a gente conheceu Padre Aderbal, desde a juventude, em um grupo de jovem. E ele, que nos acompanhou desde o namoro até o casamento, nos convidou para trabalhar na paróquia de São Pedro com ele. 

Aceitamos o convite e fomos trabalhar com o padre Aderbal na paróquia de São Pedro.

E para a glória de Deus, anos mais tarde, graças a alguns irmãos da Pupileira que pediram a Dom Lucas para trazer a comunidade para Salvador, o Shalom chegou na Paróquia de São Pedro. Onde eu estava com o meu marido, João. E lá conseguimos as doações para a casa comunitária, fomos pedindo as casais, geladeira, fogão, cama e outras coisas necessárias para uma casa. 

 Eu me lembro, eu sentada no chão, arrumando as gavetas, a casa da comunidade, é uma alegria muito grande saber que eu fiz parte dessa história, porque eu ajudei a organizar a casa e acolhi a chegada dos primeiros missionários aqui em Salvador. 

 Um dia, o Marcelo, o primeiro Responsável Local, sentiu a necessidade de termos uma casa para evangelizar. Nós fomos, procurar essa casa e foi na Pituba, a nossa primeira casa. Foi lá onde tudo aconteceu, a primeira lanchonete, a chegada de novos missionários. 

A comunidade ia aumentando e com ela a minha vontade de ser parte daquilo tudo. Me lembro que no primeiro vocacional eu tive desejo de fazer, se não me engano, o primeiro vocacional foi em 93 ou 94, não tenho certeza, e Marcelo Freitas me chamou e disse, Mônica, aguarde um pouquinho, não faça o vocacional agora, porque eu e meu marido (João) éramos muito engajados na paróquia e tínhamos um grande carinho por padre Aderbal. Não queríamos deixá-lo. 

Nós esperamos mais um tempo, e minha mãe também, foi uma das pessoas também que foi da Pupileira, que ajudou na montagem da casa, na chegada da comunidade de vida, e ela fez o primeiro vocacional, entrou. Eu entrei em março de 1996, juntamente com o João.

Hoje estou aqui, consagrada definitiva, 29 anos de comunidade, muito feliz, sou feliz por ser Shalom, sou feliz por ter descoberto minha vocação, sou feliz por esse carisma que me acolhe, que me aceita, fraca, limitada, pecadora, mas com o desejo de ser santa, com o desejo de fazer a vontade de Deus a cada dia.”

Graças a esse primeiro grupo de irmãos que se ofertaram para que o povo de Salvador tivesse contato com o carisma e pudessem experimentar dessa alegria que não acaba. Hoje a missão de Salvador, segue alcançando novos jovens. 

Um desses jovens, é a Thamires Meneses, P1 da comunidade de Aliança, que através da comunidade pôde reconhecer o seu lugar na igreja.

“Minha experiência dentro da Comunidade é o de me sentir filha, cuidada e amada por Deus e pelos irmãos. No início da minha conversão, quando participava das Missas, tinha o sentimento de ser estrangeira, mas a Comunidade me ensinou e ensina que tenho um lugar, que Deus sempre me esperou, que a cada dia eu posso retornar para os braços do Pai que sempre estiveram abertos para me acolher. 

O postulantado para mim tem sido esse tempo de me encantar pela via de salvação que Ele escolheu para mim: um caminho de vida consagrada, que ao mesmo tempo que é desafiante é satisfatório e emocionalmente ver o agir de Deus e a certeza de que posso viver abandonada na Sua Graça.” 


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