Buscando soluções para os desafios da má nutrição, governos e representantes da região participam da Segunda Conferência Mundial sobre Nutrição, que começou nesta quarta-feira (19) em Roma.
Buscando soluções conjuntas para lidar com os desafios da má nutrição na América Latina e no Caribe, governos e representantes da região participarão da Segunda Conferência Internacional sobre Nutrição, que começa nesta quarta-feira (19), na sede da Organização das Nações Unidas para Alimentação e a Agricultura (FAO) em Roma, na Itália.
A conferência intergovernamental de alto nível, que contará com a participação do ministro da Saúde do Brasil, Arthur Chioro, visa a centrar a atenção na má nutrição em todas as suas formas: subalimentação, deficiências de micronutrientes, sobrepeso e obesidade. Este será o primeiro fórum mundial que aborda estes problemas no século 21.
“A região da América Latina e Caribe foi a única região do mundo que alcançou antecipadamente a meta de combate à fome dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, fruto do compromisso político regional, e é importante que os países compartilhem suas experiências com o mundo para enfrentar os desafios de nutrição do século 21”, disse a representante regional adjunta da FAO para a América Latina e Caribe, Eve Crowley.
Durante a conferência, os países adotarão dois documentos importantes para firmar seu compromisso contra a má nutrição: a Declaração de Roma sobre a Nutrição e o Marco de Ação.
A dupla carga da má nutrição na América Latina e no Caribe
Segundo a FAO, ainda que a região seja considerada como um exemplo para o resto do mundo por adotar de forma pioneira a Iniciativa América Latina e Caribe sem Fome 2025, a fome ainda afeta a 37 milhões de pessoas na região, enquanto 7,1 milhões de crianças com menos de cinco anos sofrem de desnutrição crônica.
A anemia por deficiência de ferro constitui o problema nutricional mais relevante, afetando 44,5% das crianças e 22,5% das mulheres em idade fértil.
A obesidade afeta 23% dos adultos da América Latina e Caribe, enquanto que 3,8 milhões de crianças menores de cinco anos sofrem de sobrepeso. No Brasil, país que deixou o mapa da fome da FAO, mais da metade da população é obesa, segundo a agência da ONU.
Fonte: ONU
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