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4 consequências da Reforma Protestante em 500 anos

Enquanto a Reforma Protestante começou na Alemanha, em 2010, cerca de 9 de cada 10 (87%) protestantes do mundo viviam fora da Europa. A maioria dos protestantes em todo o mundo (aproximadamente 20%) vivia nos Estados Unidos.

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Martinho Lutero / Crédito: Pixabay (Domínio Público)

Neste dia 31 de outubro recorda-se os 500 anos da Reforma Protestante, dia em que Martinho Lutero publicou as suas críticas à Igreja Católica na Alemanha e causou um cisma.

Quais foram os resultados, depois de cinco séculos, com a proliferação de novas denominações protestantes? O Pew Research Center recopilou ao longo dos anos alguns dados importantes para conhecer os números atuais da Reforma Protestante.

1. Os protestantes são aproximadamente 40% dos cristãos no mundo

Em todo o mundo, os protestantes representavam 37% dos cristãos em 2010. O número é menor do que o de católicos, que representaram 50% dos cristãos em todo o mundo.

Enquanto a Reforma Protestante começou na Alemanha, em 2010, cerca de 9 de cada 10 (87%) protestantes do mundo viviam fora da Europa. A maioria dos protestantes em todo o mundo (aproximadamente 20%) vivia nos Estados Unidos.

2. Aumentou o número de protestantes na América Latina

Na América Latina, onde vivem cerca de 40% dos católicos do mundo, as populações protestantes aumentaram drasticamente.

Em uma pesquisa realizada na região em 2014, 9% dos entrevistados em 19 países da América Latina disseram que foram criados como protestantes, enquanto 19% identificaram o cristianismo protestante (ou evangélico) como a sua religião atual.

Enquanto 84% dos entrevistados foram criados como católicos, apenas 69% identificaram a sua religião atual como católica.

3. O pentecostalismo é cada vez mais popular

Um movimento protestante relativamente recente e distinto que ganhou terreno é o pentecostalismo.

Embora as práticas variem, as igrejas pentecostais normalmente enfatizam os “dons do Espírito Santo”, como falar em línguas e receber revelações diretas de Deus. Essas práticas são comuns entre os protestantes na África subsaariana, na América Latina e inclusive na Ásia.

Por exemplo, em uma pesquisa realizada em 2014, a maioria dos protestantes que participou da igreja em 19 países da América Latina disse que pelo menos ocasionalmente presenciaram alguma pessoa “falar em línguas”, “profetizar” e rezar por uma cura milagrosa na igreja.

4. Na Europa Ocidental, em países como Alemanha, há menos “diferenças teológicas” entre católicos e protestantes

Aproximadamente 370 anos depois da Guerra dos Trinta Anos, muitas controvérsias teológicas da Reforma Protestante “já não dividem católicos e protestantes” na Europa Ocidental, de acordo com uma pesquisa realizada em 15 países da região em 2017.

Isso não significa que os postulados protestantes já não são contra à doutrina católica, mas que em alguns lugares, como na Alemanha, os católicos, inclusive alguns membros da hierarquia, os assumiram como próprios, quando não o são.

Assim respondeu a igreja à Reforma Protestante

A Reforma Protestante afetou a Europa, mas também teve um efeito sobre o catolicismo, que respondeu com a Contra Reforma.

O Concílio de Trento, de 1545 a 1563, reafirmou a validade dos sete sacramentos e a presença real de Cristo na Eucaristia.

O Concílio também definiu formalmente a autêntica doutrina católica da justificação, que não se baseia somente na fé, mas também na caridade e nos sacramentos.

Como parte da Contra Reforma, Santo Inácio de Loyola fundou a Companhia de Jesus em 1540 e também foram fundadas outras congregações.

Além disso, a Bíblia foi traduzida do latim para outros idiomas, estendendo a sua leitura às pessoas que não necessariamente eram intelectuais na Europa.


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