O mês de julho inaugura o segundo semestre do ano, tempo onde começa a bater aquela ansiedade de correr atrás de todas as metas que nos propomos na empolgação do ano novo, ou ainda o desânimo por ainda não ter dado check em nenhuma delas. Nem todas as pessoas se propõem a fazer metas anuais, e está tudo bem. Porém, elas são fundamentais para quem deseja ter, por exemplo, clareza sobre seus valores e prioridades.
A clássica frase do coelho no filme Alice no país das maravilhas é um grande alerta para quem não possui um planejamento de vida: “Quando não se sabe para onde vai, qualquer caminho serve”. As nossas metas devem fazer parte de um caminho de autoconhecimento maduro, onde eu tenha clareza sobre quem sou e onde quero chegar. E a partir disso, poder lidar melhor com cada área da minha vida.
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Mas, para definir nossas metas pessoais, é essencial levar em conta as nossas necessidades e limitações, sem comparações excessivas com a realidade de outras pessoas. O que, então, podemos fazer para tentar chegar no lugar onde nos propomos de forma compassiva e estratégica neste segundo semestre do ano?
Aqui vão algumas dicas com base nos meus estudos e experiência pessoal que podem nos ajudar nesse percurso.
1 – Avaliar as principais áreas da nossa vida
A roda da vida é uma ferramenta visual muito conhecida em campos do conhecimento, como a psicologia. Com ela, podemos mapear quais notas damos a cada uma das áreas da nossa vida. Ex: espiritualidade, saúde, relacionamentos, etc. Há diversos exemplos que você pode achar no Google para imprimir, desenhar manualmente em uma folha e até mesmo preencher on-line. O mais importante nesse exercício é que antes de começar a preencher você possa descrever o que seria para você a nota 10 para cada uma dessas áreas, e assim avaliar de forma mais clara qual nota você atribui a cada uma delas.
2 – Traçar um plano de ação
Após preencher a sua roda da vida, você terá a oportunidade de identificar quais áreas necessitam de mais atenção, e assim definir metas exequíveis naquelas que você deseja melhorar. Se você já escreveu as suas metas no início do ano, é também uma oportunidade de identificar o que já não é mais prioridade, ou o que não faz mais sentido. E depois disso, fazer um plano de ação quebrando essas metas em pequenas ações que serão distribuídas em meses, semanas e por fim em dias.
3 – Praticar a autocompaixão
“Não há quase ninguém a quem tratamos tão mal quanto a nós mesmos”, essa frase é de um livro chamado Autocompaixão, de Kristin Neff. É importante termos consciência da nossa autocrítica e de quando ela está nos levando a uma vida mais ansiosa e até depressiva. A vida não é uma corrida, e muitas coisas não vão sair como planejado, cabe a nós paciência com o que não está no nosso controle, acolher os nossos limites e recomeçar.
4 – Não ter vergonha de sonhar
A frase “tudo aqui já foi um sonho” pode parecer um clichê nas plaquinhas de decoração, mas quantas conquistas nas nossas vidas não começaram com um? É sonhando que começamos a mudar o rumo das nossas vidas, e para que esses sonhos se realizem precisamos – quase sempre – de muita dedicação e planejamento. Por isso, empresto a vocês a frase que tomei como meu rhema em 2024: os nossos sonhos merecem o nosso comprometimento.
5 – Ter consciência de que estamos sempre “chegando lá”
Há mais de 10 anos, aprendi em meu seminário de vida no Espírito Santo no Shalom que o ser humano foi criado por Deus, um ser transcendente, e por isso nunca será preenchido com coisas finitas. Pensando nisso, não haverá nessa vida um dia em que nos daremos por satisfeitos, marcaremos 10 em todas as áreas da nossa vida e seremos permanentemente felizes. A vida é um constante “chegar lá”, a cada dia vamos realizando pequenas novas conquistas, colocando um tijolinho sobre o muro, e por isso devemos exercitar diariamente a gratidão e celebrar cada pequena vitória.
Quer continuar essa conversa? Venha tomar um chazinho comigo no Podcast Chá de Camomila, que em seu 10º episódio se aprofunda sobre essa temática. O episódio vai ao ar nesta quinta-feira (25/07) e você pode ouvir gratuitamente nas plataformas Spotify e Youtube.
Por Larissa Moura, Núcleo de Jornalismo SH