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5 pontos sobre o celibato segundo Moysés Azevedo

Falando aos celibatários, o fundador da Comunidade Shalom elencou cinco elementos fundamentais para a vivência desse estado de vida.

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Moysés Azevedo no Congresso de Jovens Shalom em Lima, Peru.

O estado de vida é um dom dado por Deus para que a pessoa possa amá-lo e servi-lo melhor. A Igreja ensina que ele está impresso na identidade mais profunda do homem. A Comunidade Católica Shalom reúne membros dos três estados de vida na vivência do mesmo Carisma, sacerdores, celibatários e famílias. Falando aos celibatários, o fundador Moysés Azevedo elencou cinco pontos fundamentais para a vivência desse estado de vida. Confira abaixo:

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O Celibato exige abertura aos outros

“Nós poderíamos pensar que a vocação celibatária, como uma vocação aonde eu só renuncio a um complemento humano, poderíamos cair na tentação, que é uma grave tentação e não é rara, de imaginar o celibato consagrado para si, é aquele típico ”solteirão”, “solteirona”, que vive em função de si, do seu mundo, que quer ter suas coisas, que quer ter seu apartamento para que ninguém toque, ninguém mexa. Vocês já viram muitas vezes essas coisas, ou seja, é uma vida voltada pra si mesmo.

Esse não é o celibato consagrado e a virgindade consagrada que Deus nos chama a viver, mas Deus nos chamou para vivermos a virgindade consagrada, para vivermos o celibato consagrado, para renunciarmos a constituição de uma família humana, para renunciarmos a uma complementaridade humana, para podermos a luz do nosso chamado, para ainda mais sermos abertos a Deus e nos complementarmos nele e em Deus sermos abertos e nos doarmos aos outros, e para servirmos a Igreja e à humanidade.

Então para longe de nós qualquer ideia de celibato como individualismo, mas no seio da Trindade e como reflexo da Trindade, o celibato tem que ser vivido dentro da Comunidade como uma vida de abertura e doação aos irmãos, à Igreja e à humanidade”.

O celibatário é um animador da vida esponsal na Comunidade

“A vida do celibatário que é chamado a viver esse amor gratuito, esse amor virginal, essa doação completa e total de corpo e de alma e de espírito para tudo e para todos, ele vai se constituindo como uma fonte de fecundidade. Como o Espírito Santo é quem fecunda no seio da Virgem Maria, Cristo Jesus, o celibatário, pela sua oferta de vida em Cristo, porque o Espírito Santo nos leva sempre para Cristo, que modela a alma da esposa, que é a alma da Igreja. E o celibatário dentro da comunidade é exatamente essa dimensão da esposa, do símbolo da esponsalidade que todos devem ter na comunidade.

Como a família anima toda a vida familiar na comunidade, como o sacerdote anima toda a vida reconciliada da comunidade, assim também o celibatário, pela sua característica particular de esponsalidade, anima todo o amor esponsal que todos devem ter na vida da Comunidade”.

O celibatário é comunicador do amor de gratuidade

“O celibatário tem uma vida para ofertar, muitas vezes escondida, invisível. Ele tem o amor para dar, não muito concreto, não muito visível, não muito palpável, mas aquela oferta escondida, do coração, da vida dos afetos, do exercício da sua genitalidade, da sua sexualidade ofertada a Deus. Como o próprio Espírito Santo gera um efeito poderoso e um efeito de fecundidade não imaginável por não ser visível. Essa analogia nos deve fazer pensar: nós devemos ser comunicadores desse amor de gratuidade, que é esse amor virginal, esponsal, e que é o próprio amor do Espírito”.

O celibato produz fecundidade espiritual

“Nós temos uma fecundidade espiritual, porque ofertamos a fecundidade física e ofertamos a Deus, ela se transforma em uma fecundidade máxima. E essa é uma das vantagens particulares do nosso estado de vida, como todos os estados de vida têm vantagens particulares, uma fecundidade espiritual máxima.”

O celibato é um dom dado por Deus

“O Espírito dá o dom do celibato sem a permissão do homem. Dá o carisma do celibato sem a sua iniciativa. Desde toda a eternidade o Espírito dá esse carisma, mas não o leva a plenitude sem a sua colaboração. Isso é muito sério, muito importante. Se você não quiser, se você não deixar, aquilo que Deus te deu nunca frutifica.

Como carisma ele não é dado por Deus só para quem o recebe, mas ele é dado para construir a Comunidade”.


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