“Antes mesmo de te formares no ventre materno, eu te conheci; antes que saísses do seio, eu te consagrei”(Jr 1,5). Com base na Bíblia, na bioética e na sua experiência em diversas culturas, desde o século 1, a Igreja defende que “A vida humana deve ser respeitada e protegida de maneira absoluta a partir do momento da concepção” (CIC Art. 2270).
Segundo o Catecismo da Igreja, a interrupção voluntária da gravidez é considerada pecado mortal, ferindo o quinto mandamento “Não matarás”.
E esse pensamento a favor da vida humana em todas as fases e circunstâncias tem sido reafirmado ao longo dos anos pelos pontífices.
Para ajudar você a entender o posicionamento da Igreja, o comshalom.org reuniu algumas falas dos papas sobre a inviolabilidade da vida humana. Confira:
“…mas não é só a guerra que mata a Paz. Todo e qualquer delito contra a Vida é um atentado contra a Paz, especialmente quando tal delito abala os costumes do povo, como frequentemente sucede hoje, com horrenda e por vezes legal facilidade, com a supressão da Vida nascente, com o aborto. Costumam ser invocadas em favor do aborto as seguintes motivações: o aborto visa um refrear o aumento molesto da população e eliminar seres de antemão condenados a deformações, ou à desonra social, ou à miséria proletária, etc.” (Paulo VI 01 de janeiro de 1977)
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“A supressão de uma Vida que está para nascer, ou que já veio à luz, viola antes de mais nada o sacrossanto princípio moral; ao qual se deve referir sempre a concepção da existência humana: a Vida humana é sagrada desde o primeiro momento em que é concebida e até ao último instante da sua sobrevivência natural no tempo. É sagrada: o que é que quer dizer? Quer dizer que ela se acha subtraída a qualquer espécie de arbitrário poder supressivo da mesma, que ela é intangível, digna de todo o respeito, de todo o cuidado e de todo o sacrifício obrigatório”, (Paulo VI 01 de janeiro de 1977)
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A legislação do aborto levará fatalmente muitos a deixarem de sentir este respeito e esta responsabilidade para com a vida humana, banalizando um pecado grave. E deve mesmo acrescentar-se que a generalização da prática contraceptiva por métodos artificiais leva também ao aborto, porque uma e outra situam-se, embora a níveis diferentes, na mesma linha do medo do filho, da rejeição da vida, da falta de respeito pelo acto e pelo fruto da união, tal como ela é querida — entre o homem e a mulher — pelo Criador da natureza. São João Paulo II
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“Certamente são muitas e complexas as causas que levam a decisões como o aborto. Se por um lado a Igreja, fiel ao mandamento do seu Senhor, não se cansa de reafirmar que o valor sagrado da existência de cada homem afunda as suas raízes no desígnio do Criador, por outro estimula a promover todas as iniciativas em apoio às mulheres e às famílias para criar condições favoráveis ao acolhimento da vida, e à tutela da instituição familiar fundada no matrimónio entre um homem e uma mulher. Ter permitido o recurso à interrupção da gravidez, não só não resolveu os problemas que afligem muitas mulheres e não poucos núcleos familiares, mas abriu uma ulterior ferida nas nossas sociedades, infelizmente já tão sobrecarregadas de profundos sofrimentos.” (Bento XVI em 12 de maio de 2008)
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Por conseguinte, é necessário reiterar a mais firme oposição a qualquer atentado direto contra a vida, de modo especial a inocente e indefesa, e o nascituro no ventre materno é o inocente por excelência. Recordemos as palavras do Concílio Vaticano II: «Esta [a vida] deve, pois, ser salvaguardada com extrema solicitude, desde o primeiro momento da concepção; o aborto e o infanticídio são crimes abomináveis» (Constituição Gaudium et spes, 51). (Papa Francisco em 11 de abril de 2014)
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“O aborto é mais do que um problema, o aborto é um homicídio. O aborto… sem meias palavras: quem faz um aborto, mata. Pegai em qualquer livro sobre embriologia, daqueles que estudam os alunos nas Faculdades de Medicina e vede que, na terceira semana da gestação – na terceira semana, e muitas vezes antes que a mãe se dê conta –, o feto já tem todos os órgãos; todos, mesmo o DNA. E não seria uma pessoa? É uma vida humana… ponto final! E esta vida humana deve ser respeitada. Este princípio é tão claro… A quem não consegue entendê-lo, eu faria duas perguntas: É justo matar uma vida humana para resolver um problema? Cientificamente, é uma vida humana. Segunda pergunta: É justo contratar um sicário para resolver um problema?” (Papa Francisco em 15 de setembro de 2021)
Com informações da Santa Sé.