Igreja

7 pensamentos de São João Paulo II sobre o valor do esporte

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O esporte sempre foi uma paixão para São João Paulo II. Desde sua infância, ele os praticava. Mesmo em seu tempo de pontificado, fazia algumas “saídas clandestinas” para esquiar nas montanhas. Jogou na equipe juvenil de futebol de Wadowice e, como jovem sacerdote, organizava excursões às montanhas e passeios de caiaques para evangelizar. Ao longo de seu pontificado, São João Paulo II fez diversas reflexões sobre o valor cultural e religioso do esporte. Veja algumas delas:

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Treino para o corpo e para o espírito

A Igreja, como de resto vós bem sabeis, admira, aprova e encoraja o desporto, considerando-o como uma ginástica do corpo e do espírito, um treino para as relações sociais fundadas no respeito pelos outros e pela própria pessoa, e um elemento de coesão social, que favorece ainda relações amistosas no campo internacional. – 12 de maio de 1979

Caminho para os verdadeiros valores da vida

Creio não me enganar ao reconhecer em vós este potencial de virtudes cívicas e cristãs. Num mundo em que tantas vezes se nota a dolorosa presença de jovens cansados, marcados pela tristeza e por experiências negativas, sede para eles amigos sábios, guias experientes e treinadores não só nos campos desportivos mas também nos caminhos que conduzem às metas dos verdadeiros valores da vida. Assim juntareis à satisfação agonística benemerências de ordem espiritual, oferecendo à sociedade um contributo precioso de saúde moral. E também dareis à Igreja a alegria de ver em vós filhos fortes (Cfr. 1 Jo 2, 14), leais e generosos. – 12 de maio de 1979

Escola de virtudes

O empenho desportivo é escola genuína de autêntica virtude humana, de que o antigo livro bíblico da Sabedoria escreve: Quando está presente, imitam-na; quando ausente, desejam-na; no século vindouro triunfará coroada por ter vencido sem mancha nos combates (Sab 4, 2). No Desporto, de fato, vence a virtude; e então todos vencem, parque todos tiram proveito das suas fecundas exigências individuais e comunitárias. – 31 de agosto de 1979

Escola de equilíbrio interior e domínio exterior

O desporto, praticado a luz da fé, tem em si um significado moral e educativo relevante: é adestramento na virtude, escola de equilíbrio interior e domínio exterior, introdução nas conquistas mais verdadeiras e duradouras. “O agonismo físico — advertia sabiamente Pio XII de venerada memória — quase se torna assim uma ascese de virtudes humanas e cristãs; aliás, tal deve tornar-se e ser…, para que o exercício do desporto se supere a si mesmo… e seja preservado de desvios materialistas, que lhe diminuiriam o valor e a nobreza” (Pio XII, Discurso ao Congresso científico nacional do desporto, 8 de Novembro de 1952; Discursos e Radiomensagens XVI, 389). – 20 de dezembro de 1979

Edificação para a sociedade

O sentido de fraternidade, a magnanimidade, a honestidade e o respeito pelo corpo virtudes sem dúvida indispensáveis a todo o bom atleta contribuem para a edificação de uma sociedade civil. Desta forma, o desporto não é um fim, mas um meio; pode tornar-se veículo de civilização e de genuíno entretenimento, estimulando a pessoa a dar o melhor de si e a evitar o que pode ser perigoso ou de grave prejuízo para si ou para o próximo. – 28 de outubro de 2000

Esporte como escola de superação

A competição atlética requer da pessoa humana alguns dos seus mais nobres talentos e qualidades. Ela deve aprender os segredos do seu próprio corpo, as suas forças e fraquezas, a sua resistência e limite. Deve desenvolver, durante longas horas de exercício e esforço, o poder de concentração e o hábito da disciplina, aprendendo a manter a sua reserva de forças e a conservar a energia para o momento final, quando a vitória depende de um grande aumento de velocidade ou de uma ulterior aplicação de força. – 20 de março de 1982

Base para atitudes sinceramente cristãs

Desejo sobretudo que possais realizar as vossas competições naquela perspectiva, diríamos, “ascética” do desporto, que é meio de formação humana, educando para a ordem, para a lealdade e para o respeito da pessoa e das leis, além de ser escola de vigor e de elegância. Sobre tais valores constrói-se uma disponibilidade interior para o acolhimento de inspirações e atitudes sinceramente cristãs, tal como o justo e adorante reconhecimento devido ao Criador de todos os bens e Nosso Pai celeste, e ao mesmo tempo a disponibilidade de amor para com os irmãos. Por todos estes motivos, a Igreja encoraja e abençoa o desporto. – 6 de fevereiro 1982


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