Shalom

O olhar de misericórdia do Papa que não será esquecido pelo jovem Breno

Breno motiva outros jovens a permanecerem e perseverarem na vontade de Deus.

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Foto: Vatican News

Há um mês Breno Teles viajava a Roma para participar da Convenção Shalom 40 Anos representando o Espaço de Paz do município de Chaves, da Ilha do Marajó (PA), juntamente com sua mãe e a responsável local da missão, Dilma França. 

Veja a seguir a entrevista na íntegra com Breno Teles, adolescente da missão de Chaves, Ilha do Marajó (PA) que emocionou a todos na Convenção e se encontrou com o Papa Francisco. 

Você já tinha imaginado um dia se encontrar com o Santo Padre? 

Não. Pra mim ir a Roma era algo de outro mundo, nunca imaginava ir ao encontro com o Papa, até mesmo ir a Roma só para um passeio, porque as nossas condições não são as melhores por conta do estado, mas a gente vive bem, graças a Deus. Mas eu nunca imaginava, acho que nunca teria como me locomover até Roma.

Como foi o Encontro com o Papa Francisco? 

Pra mim foi algo inexplicável, até hoje quando partilho com as pessoas ainda não consigo descrever totalmente o que aconteceu e nem o que eu sinto com esse encontro com o Papa. Mas é algo que de fato marcou a minha história, tanto como cristão, mas também como Comunidade Católica Shalom.

O encontro foi algo muito importante, estar mais próximo de Deus e ver no Papa a santidade. Também fui muito alcançado pelo seu olhar de misericórdia, nunca tinha olhado para uma pessoa com tanto olhar de misericórdia. Eu fiquei muito marcado e emocionado com esse encontro.

De fato, nós temos que ver nos olhos de todos os sacerdotes aquele olhar de misericórdia como se fosse o próprio Cristo nos olhando e nos dizendo para continuar diante das nossas quedas e tribulações.

Conte como foi chegar em Roma, sem conhecer a língua? 

Pra mim a língua não é tão diferente, mas tinha receio de não conseguir entender, também pensava que não iriam conseguir me compreender, mas fui na fé. Já que eu estava ali, sabia que teria pessoas que eu poderia contar e poderia me locomover bem, e fui também com a dona Dilma (RL da missão de Chaves), que já tinha ido para outras convenções e saberia que ela nos ajudaria. 

Como se sentiu lá em Roma? Tocou na providência de Deus? 

Estar em Roma foi muito bom! Na verdade parecia que eu estava sonhando e pensava: meu Deus a qualquer momento eu posso acordar porque eu não acreditava que estava lá. E, antes de ir também, as pessoas perguntavam como eu estava e eu falava: estou normal. Mas, chegando lá parece que tudo mudou, ia vendo os monumentos, as igrejas, tudo de outro mundo. De fato, eu toquei na providência divina, estando lá fomos convidados por outras pessoas para almoçar, jantar com pessoas que conhecemos lá, pessoas que a minha mãe já tinha conhecido antes aqui na missão. Um fato que aconteceu que marcou muito foi quando uma vocacionada que mora em Washington me deu uma quantia em dinheiro e falou que era pra eu tomar um sorvete, falou em espanhol comigo, e aquilo marcou muito porque eu não não imaginava tocar tão de perto na providência. E foi providente porque aquele dinheiro eu não usei de fato para tomar o sorvete, mas usamos pra muitas outras coisas, para comprar lembrancinhas para as pessoas que deixamos aqui. 

Conheceu alguém lá que te marcou? Como foi?

Eu conheci muitas pessoas que me marcaram. Mas de fato conhecer e saber que hoje eu tenho intercessoras que rezam por mim e pela minha vocação como a Emmir Nogueira (cofundadora da Comunidade Católica Shalom), que após a minha partilha na mesa redonda ela veio dizer para mim “Você vai ser um sacerdote espetacular, saiba que sou sua madrinha de oração e vou estar sempre rezando por você”. E uma outra senhora de Portugal que me disse que estaria rezando por mim, pela minha vocação e que seria minha madrinha de oração também. Então pra mim, saber que o Shalom é uma Comunidade universal onde envolve todo mundo e ver que tem diferentes pessoas de diferentes países eu podia contar com a intercessão e a oração de cada um deles.

Qual o  momento mais forte para você na Convenção? 

Houve muitos momentos fortes, mas o encontro com o Papa foi inesquecível e inexplicável até hoje, como já falei. O momento com o Papa foi mesmo um momento de tocar na misericórdia de Deus no olhar do Papa, quando eu me lembro ainda fico emocionado, mas aquele olhar de misericórdia, aquele olhar do Pai que cuida, que nos leva até os confins da terra.

Durante a Convenção você partilhou sobre seu sonho pelo sacerdócio,  que diria para os jovens que estão descobrindo sua vocação? 

Diria aos jovens que tem medo de ir atrás dos seus sonhos que permanecesse e fossem perseverantes e deixassem de lado esse medo e de fato se lançarem nos seus sonhos, como na frase que usei de Santa Teresinha: “O Senhor não nos inspiraria sonhos irrealizáveis”, porque se Ele é o Deus de amor, se Ele nos ama tanto, Ele não colocaria no nosso coração algo que fosse nos frustrar e nos deixar tristes. Então permanecer e perseverar, porque de fato se os sonhos forem do coração de Deus, vão permanecer e se tornar realidade. 

Assista à participação do Breno na Convenção:

Confira algumas fotos 

 

 


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