Você acredita que os santos têm um papel importante e concreto na vida dos cristãos ou seriam apenas belos exemplos que a Igreja Católica oferece como um ideal de conversão (muitas vezes dificílimo) a ser alcançado? A dica de leitura de hoje tem muito a nos dizer sobre isso.
“Minhas irmãs, as santas”, publicado no Brasil pela Editora Quadrante, é um misto de biografia, literatura e espiritualidade, que se tornou um belo testemunho de como a autora, que também é uma jornalista e palestrante católica norte-americana, reencontrou, por meio da amizade com santas como Madre Teresa, Teresa D’Ávila e Faustina, o verdadeiro sentido do gênio feminino, como descreveram São João Paulo II e Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein), saindo de uma perspectiva erroneamente ideologizada pelo movimento feminista para uma vivência concreta da fé e de sua essência feminina, inclusive diante dos momentos mais dolorosos de sua vida.
A história começa com Colleen descrevendo o grande vazio que sentia quando era universitária, época em que dividia seu tempo entre os estudos, as leituras sobre feminismo e as noitadas com suas amigas e namorados que não atendiam às suas expectativas. O novo ritmo de vida a havia distanciado de seu relacionamento com Deus há alguns anos e quando percebeu as consequências de tais escolhas, decidiu remediar o tempo perdido. Nessa mesma época, recebeu de seu pai uma biografia de Santa Teresa D’Ávila e, dali em diante, passou, em suas próprias palavras, a colocar suas “próprias lutas sob uma nova perspectiva”.
A partir de então, outras santas começaram a “aparecer” em sua vida a cada novo desafio que precisou enfrentar, como a enfermidade de seu pai, a decisão de largar um emprego excelente na Casa Branca para casar com seu namorado John (que ainda estudava medicina), as dificuldades financeiras, o drama da infertilidade, dentre outros obstáculos que exigiriam respostas cada vez mais coerentes com a fé cristã e, em consequência, também cada vez mais unidas intimamente à Cruz de Cristo.
Resumindo, trata-se de um relato cativante, cheio de reviravoltas e que leva o leitor a refletir sobre a própria vida. É uma leitura que vale muito a pena, principalmente para mulheres, mas não excluindo a possibilidade dos homens também colherem experiências muito boas a respeito da vida cristã a partir dessa obra.
Portanto, recomendados essa leitura para todos os que ainda não descobriram a real e concreta importância dos santos na vivência da fé católica e também para os que desejam crescer na amizade com tantos homens e mulheres de Deus que fizeram de sua vida um caminho não apenas a ser admirado, mas imitado, segundo a vocação própria de cada um.
Boa leitura!
FICHA TÉCNICA
Minhas irmãs, as santas
Autor: Colleen Carroll Campbell
Páginas: 288
Editora: Quadrante Editora