Não sou um homem de muitas palavras, na verdade, se procurarem nas Sagradas Escrituras não encontrarão nenhuma proferida por mim No silêncio encontrei forças para a ação e para a missão a mim confiada – que particularmente, sempre considerei muito elevada para minha pequenez e pobreza- ser pai do Filho de Deus e esposo da Mãe Virgem de Deus.
Que mistério! O que me restava senão silenciar-me diante dele e com todo o meu ser, vivê-lo?
Alguns acham que eu era um senhor de idade quando me casei com Maria, mas na verdade, eu era um jovem apaixonado e cheio de vigor, determinado a viver um propósito por amor a Deus. Quantas aventuras vivi junto a minha família santa! Lembro-me quando buscávamos um lugar para Maria dar à luz, eu, já cansado, batendo de porta em porta, mas não iria desistir enquanto não encontrasse um lugar.
Lembro-me da fuga para o Egito em vista de proteger o Menino; eu daria minha vida por ele. Quantos momentos belos, de dor, alegria e sentido. Quanta honra poder prover, cuidar e proteger o Menino Deus e a Mulher concebida sem pecado.
Em meu coração sempre prevaleceu a máxima de dar a Deus o que é de Deus e estar disposto a tudo fazer para cumprir a Sua Vontade, por isso muitos me chamam de justo. Busquei viver essa justiça até o fim, quando, nos braços de Jesus e Maria, parti para me unir ao meu Deus – que vi crescer e ensinei a andar-.
No céu, minha missão se estende para toda a Igreja, que também desposei e adotei (como a Maria e a Jesus). Todos os santos me têm como Pai Nutrício e nunca são por mim desamparados.
Andreza Aires