Igreja

‘Não caiam no mundanismo’, pede Papa Francisco

Em visita apostólica a Hungria, o Pontífice alertou sobre duas grandes tentações sofridas pelo homem de hoje. Confira na reportagem.

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(Imagem Vatican Media)

Nesta semana, o Papa Francisco começou uma viagem apostólica a Hungria levando uma mensagem pascal e ressaltando que Cristo Ressuscitado é o centro da História. Ainda nesta semana, o Pontífice transmitiu uma mensagem de esperança aos fiéis reunidos na Praça São Pedro e convidou a todos a aprender a reler a própria história com Jesus. Francisco também enviou uma mensagem sobre os 70 anos do Método Billings enfatizando o verdadeiro sentido da sexualidade humana dentro do casamento. Confira abaixo alguns dos destaques da Semana do Papa.

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‘Não caiam no mundanismo’

Em seu primeiro dia de Viagem Apostólica a Hungria, o Papa Francisco visitou a  Basílica de Santo Estêvão dedicada ao primeiro Rei da Hungria. Com um tom pascal, Francisco iniciou o seu discurso enfatizando que Cristo ressuscitado é o centro da História.

“Apesar de permeada pela fragilidade, a nossa vida está firmemente colocada nas mãos d’Ele. Se nos esquecermos disto, iremos também nós, pastores e leigos, à procura de meios e instrumentos humanos para nos defendermos do mundo, fechando-nos em nossos cômodos e tranquilos oásis religiosos; acabaremos por nos adequar aos ventos instáveis da mundanidade e, então, o nosso cristianismo perderá vigor e deixaremos de ser sal da terra.”

Francisco ressaltou que o homem de hoje precisa lutar contra duas tentações: da leitura catastrófica da história atual e da comodidade do conformismo. Contra o derrotismo catastrófico e o conformismo mundano, o Evangelho dá-nos olhos novos, dá-nos a graça do discernimento para nos embrenharmos no nosso tempo com uma atitude acolhedora, mas também com um espírito de profecia, ou seja, com acolhimento aberto à profecia”, destacou.

De acordo com o Pontífice, lutar contra essas tentações “trata-se de aprender a reconhecer os sinais da presença de Deus na realidade, mesmo onde esta não nos apareça marcada explicitamente pelo espírito cristão e venha ao nosso encontro sob a forma de desafio ou de interpelação. E simultaneamente trata-se de interpretar tudo à luz do Evangelho sem se mundanizar, estejam atentos! Sem se mundanizar mas como arautos e testemunhas da profecia cristã. Estejam atentos ao processo de mundanização. Cair na mundanização talvez é o que de pior pode acontecer a uma comunidade cristã.”

E ressaltou, “as respostas vêm do Senhor e não do mundo, do sacrário e não do computador.” E finalizou, “sede acolhedores, sede testemunhas da profecia do Evangelho, mas sobretudo sede mulheres e homens de oração”.

 

 
 
 
 
 
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É importante reler a nossa história com Jesus

No domingo, 23 de abril, o Papa Francisco rezou com os fiéis o Regina Coeli na Praça de São Pedro e meditou sobre o evangelho dos discípulos de Emaús. De acordo com o Pontífice, Jesus ajudou os discípulos a fazerem uma releitura da própria história.  

“Com efeito, também para nós é importante reler a nossa história junto com Jesus: a história da nossa vida, de um determinado período, dos nossos dias, com as desilusões e esperanças. Por outro lado, também nós, como aqueles discípulos, diante do que nos acontece podemos nos encontrar perdidos diante dos eventos, sozinhos e incertos, com muitas perguntas, preocupações, desilusões e muitas coisas.”

Ainda segundo Francisco, este evangelho “nos convida a contar tudo a Jesus, com sinceridade, sem medo de incomodá-lo, Ele escuta, sem medo de dizer coisas erradas, sem nos envergonharmos de nossa dificuldade para entender”. E concluiu, “o Senhor fica feliz quando nos abrimos a Ele; só assim pode tomar-nos pela mão, acompanhar-nos e fazer arder novamente o nosso coração. Então também nós, como os discípulos de Emaús, somos chamados a passar um tempo com Ele para que, ao anoitecer, Ele permaneça conosco”.

 

 

70 anos da Revolução Billings

Nesta semana, Francisco também enviou uma mensagem aos participantes do Congresso Internacional WOOMB sobre A “Revolução Billings” 70 anos. O Pontífice lembrou que o Método Billings surgiu em um contexto de proliferação de instrumentos farmacológicos para controle da natalidade.

“Na época, sua proposta parecia menos moderna e menos confiável do que o alegado imediatismo e segurança dos instrumentos farmacológicos. Na realidade, ela oferecia e ainda oferece provocações e reflexões atuais e fundamentais, a serem retomadas e aprofundadas: por exemplo, a educação sobre o valor da corporeidade, uma visão integrada e integral da sexualidade humana, o cuidado com a fertilidade do amor mesmo quando não é fértil, a cultura do acolhimento da vida e o problema do colapso demográfico”.

O Pontífice lembrou que o Método Billings considera as questões doutrinárias a respeito da sexualidade humana. “é bom ter sempre em mente a conexão inseparável entre os significados unitivo e procriativo do ato conjugal (cf. S. PAULO VI, Enc. Humanae vitae, 12). O primeiro exprime o desejo dos cônjuges de serem um só, uma só vida; o outro exprime a vontade comum de gerar a vida, que permanece mesmo nos períodos de infertilidade e de velhice. Quando esses dois significados são conscientemente afirmados, a generosidade do amor nasce e se fortalece no coração dos cônjuges, dispondo-os a acolher uma nova vida. Quando isso falta, a experiência da sexualidade é empobrecida, reduzida a sensações, que logo se tornam autorreferenciais e perde sua dimensão e responsabilidade humanas”.

E finalizou, “promover o conhecimento da fertilidade e dos métodos naturais também tem grande valor pastoral, pois ajuda os casais a serem mais conscientes de sua vocação conjugal e a dar testemunho dos valores evangélicos da sexualidade humana”.

Com inf. Vatican News  

 


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