Olá, me chamo Bruno quando tinha 14 anos, aproximadamente no fim de 2019, eu era mais um adolescente “normal” que tentava ser alguém na vida, tinha planos e sonhos altos aos olhos humanos e muito me exaltava por eles. Afinal, até então eu era o melhor da turma: sempre tirava médias altas, era disciplinado, e todos os adjetivos bons imagináveis de um adolescente, pura soberba, eu nem conhecia as verdadeiras coisas que vinham do alto e nem sabia da existência do Amor de Deus.
O convite
Minha família sempre foi, e ainda é, “católica não praticante”, e quero partir desse ponto. No início de 2020, com aproximadamente 15 anos, comecei o Ensino Médio e estava finalizando a catequese para receber o Sacramento do Crisma. Em um sábado de fevereiro, na comunidade paroquial que participava, meu catequista chegou super empolgado na sala com um convite, para um evento de carnaval “da Shalom” que aconteceria em uma escola próxima dali, eu não fazia ideia o que era esse evento, mas também fiquei super empolgado.
A experiência
Logo no primeiro dia, o Senhor já manifestou o Seu Amor desde a acolhida, me senti muito amado, não havia experimentado nada parecido antes, até me pareceu estranho, às 08h da manhã em um domingo de Carnaval, aquelas pessoas poderiam estar em qualquer lugar do mundo, porém, eles estavam ali, varrendo o salão, ajeitando cadeiras, o som, animando o povo que chegava, com uma alegria que contagiava. No decorrer desse dia até o seguinte, fui me abrindo e entendendo de onde vinha essa alegria: era o Amor de Deus. Amor este que conseguiu quebrar todas as correntes que o mundo e eu mesmo puseram em mim, que me prendiam “em mim mesmo” e, sendo livre de mim, o Senhor me chamava para o Amor e para amar. Em outras palavras, o Senhor me libertava de todo egocentrismo e me chamava a trilhar uma via de santidade.
O transbordamento
Hoje, com 18 anos, sendo membro da Obra na Missão de Belém, na qual sou imensamente grato, compreendo não haver felicidade maior do que “ofertar a vida, gastar meus dias, minha juventude por amor à Igreja, aos jovens e aos homens.” Compreendo que essa é a minha vocação, minha via de santidade, o Carisma Shalom. E daqui, sigo, ofertando minha vida na evangelização desta cidade, no ministério de Primeiro Anúncio, participando do grupo de oração, conhecendo mais o Carisma e aprofundando a voz de Deus, seguindo nesta grande procissão com Nossa Senhora de Nazaré rumo ao Céu.
Olhando para tudo isso, brota em mim o simples louvor por esses 17 anos da missão Belém ao qual faço parte: “Obrigado, Senhor, por esta magnífica vocação, plantada no jardim da Igreja. Obrigado, Senhor, por nascer numa terra que esse Carisma é amorosamente cuidado por Nossa Senhora de Nazaré. E obrigado, Senhor, por me teres escolhido!”
Bruno Leite
Obra Shalom Belém