O Papa Francisco deu continuidade a série de catequeses sobre o ardor apostólico. Na meditação desta semana, o Pontífice lembrou a figura do Santo André Kim Taegon e falou sobre o papel do leigo na evangelização. Também nesta semana, Francisco recebeu uma comissão de delegados do caminho sinodal da Itália e reforçou o pedido para “ser uma Igreja aberta”. Confira alguns dos destaques da Semana do Papa.
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Do Espírito nasce a paixão pela evangelização
Dando continuidade a série de catequeses sobre o zelo apostólico, o Papa Francisco falou na Audiência Geral desta quarta (24/05) sobre o testemunho de Santo André Kim Taegon, “na Igreja coreana”.
“Vocês sabiam que a evangelização da Coreia foi feita por leigos? Foram os leigos batizados que transmitiram a fé. Não havia sacerdotes. Houve depois, mais tarde. A primeira evangelização foi feita pelos leigos. Seremos capazes de algo assim? Pensem! É algo interessante“, disse o Papa.
De acordo com Francisco, “ser discípulo do Senhor significa segui-lo, seguir o seu caminho. O cristão é por sua natureza aquele que prega e dá testemunho de Jesus. Cada comunidade cristã recebe esta identidade do Espírito Santo, assim como a Igreja inteira, a partir do dia de Pentecostes”.
E acrescentou, “desse Espírito que nós recebemos nasce a paixão, a paixão pela evangelização. Este zelo apostólico grande é o dom do Espírito que Ele nos dá. E embora o contexto ao redor não seja favorável, como o coreano de André Kim, a paixão pela evangelização não muda, aliás, torna-se ainda mais valiosa. Santo André Kim e os outros fiéis coreanos demonstraram que o testemunho do Evangelho oferecido em tempos de perseguição pode dar muitos frutos na fé”.
O Espírito Santo mantém a fé sempre jovem: não se prende a épocas nem a modas passageiras, mas traz aos dias de hoje a atualidade de Jesus, ressuscitado e vivo.
— Papa Francisco (@Pontifex_pt) May 23, 2023
Caminho Sinodal
Ainda nesta semana, o Papa Francisco recebeu em audiência os bispos e delegados do “Caminho sinodal das Igrejas na Itália”, um expressivo grupo de cerca de mil pessoas. O Santo Padre exortou-os a prosseguir com coragem e determinação neste caminho valorizando, em primeiro lugar, o potencial presente nas paróquias e nas várias comunidades cristãs.
“Aqui está, então, a primeira incumbência: continuai caminhando. Ao tempo em que colheis os primeiros frutos com relação às perguntas e questões que surgiram, sois convidados a não parar. Continuai caminhando, deixando que o Espírito vos guie.”
A segunda incumbência dada pelo Pontífice foi: “fazer a Igreja juntos”. “Isso é algo que sentimos ser urgentemente necessário hoje, sessenta anos após a conclusão do Concílio Vaticano II. De fato, a tentação de separar alguns poucos “atores qualificados” que realizam a ação pastoral enquanto o resto do povo fiel permanece “meramente receptivo às suas ações” está sempre à espreita. A Igreja é o Povo santo e fiel de Deus e nele, “em virtude do batismo recebido, cada membro se tornou um discípulo missionário”.
Já a terceira incumbência foi: “ser uma Igreja aberta”. “Redescobrir a própria corresponsabilidade na Igreja não significa implementar lógicas mundanas de distribuição de poder, mas significa cultivar o desejo de reconhecer o outro na riqueza de seus carismas e de sua singularidade”.
Francisco concluiu o encontro exortando-os a confiar este caminho sinodal ao Espírito Santo. “Queridos irmãos e irmãs, continuemos juntos este percurso, com grande confiança na obra que o Espírito Santo está realizando. É Ele o protagonista do processo sinodal: é Ele que abre as pessoas e as comunidades à escuta; é Ele que torna o diálogo autêntico e frutuoso; é Ele que ilumina o discernimento; é Ele que guia as escolhas e as decisões. É Ele, acima de tudo, que cria a harmonia e a comunhão na Igreja.
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Dia Mundial das Comunicações Sociais
No Dia Mundial das Comunicações Sociais, 21 de maio, O Papa Francisco dirigiu uma saudação aos jornalistas da janela do Palácio Apostólico que dá para a Praça São Pedro. “É o coração que nos move a uma comunicação aberta e acolhedora”, explicou, agradecendo aos profissionais da comunicação “pelo seu trabalho”, fazendo votos de que “estejam sempre a serviço da verdade e do bem comum”.
Com o tema Falar com o coração, o Pontífice explicou em sua mensagem que “o chamado para falar com o coração desafia radicalmente nossos tempos, tão propensos à indiferença e à indignação”.
É forte o convite a ir contracorrente para apoiar as aspirações de paz seguindo o exemplo de São Francisco de Sales: “Sua atitude mansa, sua humanidade, sua disposição de dialogar pacientemente com todos e especialmente com aqueles que se opunham a ele”, escreve o Papa, “fizeram dele uma testemunha extraordinária do amor misericordioso de Deus”.
Com inf. Vatican News