A nova intenção de oração do Santo Padre, que se confia a toda a Igreja Católica através da Rede Mundial de Oração do Papa, trata este mês de junho de um apelo à abolição da tortura em todas as formas e em todo o mundo. “A tortura. Meu Deus, a tortura! A tortura não é uma história do passado. Infelizmente, faz parte da nossa história atual. Como é possível que a capacidade humana para a crueldade seja tão grande?”, questiona o Pontífice.
Confira o vídeo:
Horrorizado pela forma como continua a ser uma prática habitual, Francisco exorta a comunidade internacional a se comprometer “concretamente na abolição da tortura garantindo apoio às vítimas e aos seus familiares”.
A tortura é uma realidade de muitos
A tortura é uma prática que remonta aos tempos antigos. Nos séculos XVIII e XIX, os países ocidentais aboliram o uso oficial da tortura no sistema judicial e hoje o uso é totalmente proibido pelo direito internacional. No entanto, é uma realidade que continua a acontecer em muitos países. O Fundo das Contribuições Voluntárias das Nações Unidas para as Vítimas de Tortura ajudou em cada ano, desde 1981, uma média de 50.000 vítimas de tortura em países de todas as regiões do mundo.
O momento da denúncia, e a intenção da própria oração, não é por acaso: no próximo dia 26 de junho comemora-se o Dia Internacional das Nações Unidas de Apoio às Vítimas da Tortura, lembrando a data de 1987, quando entrou em vigência na Convenção da ONU contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanas ou Degradantes (convenção ratificada por 162 países) aprovado em 1984.
Em um discurso de 2014, Francisco tinha assinalado que “estes abusos se poderão deter unicamente com o firme compromisso da comunidade internacional em reconhecer […] a dignidade da pessoa humana sobre todas as coisas”. E neste mês, o apelo do Santo Padre é à abolição da tortura, em todas as formas e em todo o mundo.
Ecco homo (Eis o homem)
No vídeo, há imagens de presos em condições desumanas, que reconstrói lugares e práticas de tortura em vigor em várias partes do mundo. Esta dramatização de uma hipotética sala de tortura acompanha as palavras de Francisco, e sublinha que quem tenta reduzir o homem a uma “coisa” perde, acima de tudo, a própria humanidade.
E motiva a associação doque que aconteceu também com os torturadores de Jesus quando o flagelaram, espancaram e zombaram dele. Jesus experimentou a tortura durante a sua Paixão e morreu com as suas marcas: as feridas de espinhos e dos chicotes, hematomas de golpes, pulsos inchados por cordas. Os detalhes do Ecce homo do santuário homônimo de Mesoraca, na província de Crotone (Itália), impressionantes pelo seu realismo, dão conta de tudo isto no vídeo.
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-Colab. Vatican News