Na sexta-feira após o segundo domingo de Pentecostes é celebrada a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus. Ela está inserida na oitava de Corpus Christi e tem o objetivo de dirigir o olhar dos fiéis ao lado aberto de Cristo na Cruz. Por causa desta celebração, a Igreja dedica o mês de junho a devoção ao Sagrado Coração de Jesus.
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Em 2014 o Papa Francisco explicou o sentido desta festividade: “consiste em descobrir cada vez mais e em deixar-nos abraçar pela lealdade humilde da mansidão do amor de Cristo”. Junto com Corpus Christi e a Santíssima Trindade, a Solenidade do Sagrado Coração tem um caráter “sintético”, como ensinou o Papa Bento XVI em 2008. As três festas seguem o tempo forte da Páscoa e tem o sentido de catequisar os cristãos sobre quem é Deus.
Do Sagrado Coração de Jesus jorra sangue e água, que a Igreja entende como referências aos sacramentos do Batismo e da Eucaristia.
“O Coração de Jesus é trespassado pela lança. Aberto, torna-se uma fonte; a água e o sangue que saem remetem para os dois Sacramentos fundamentais de que vive a Igreja: o Batismo e a Eucaristia. Do lado trespassado do Senhor, do seu Coração aberto brota a fonte viva que corre através dos séculos e faz a Igreja”, explicou o Papa Bento XVI, homilia por ocasião da Solenidade do Sagrado Coração de Jesus no encerramento do Ano Sacerdotal.
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Devoção ao Sagrado Coração de Jesus
A veneração à Humanidade de Cristo sofrendo na Cruz de desenvolveu especialmente no final da Idade Média. A piedade popular difundiu o culto a coroa de espinhos, as chagas e ao Coração aberto de Cristo. A celebração litúrgica da solenidade do Sagrado Coração nasceu no final do século XVII, graças a expansão desse culto entre os cristãos.
A partir de 1673, difundiu-se pela Europa as visões de Santa Margarida Maria Alacoque sobre o Sagrado Coração de Jesus. Cristo apareceu a Margarida e mostrou seu coração rodeado de chamas e coroado de espinhos.
Santa Margarida escutou o Senhor dizer: “Eis o Coração que tanto amou os homens, que não poupou nada até esgotar-Se e consumir-Se, para manifestar-lhes seu amor. E como reconhecimento, não recebo da maior parte deles senão ingratidões, desprezos, irreverências, sacrilégios, friezas que têm para comigo neste Sacramento de amor”.
A religiosa também recebe uma grande promessa de Jesus: quem comungasse por nove meses consecutivos, na primeira sexta-feira do mês, receberia o dom da penitência final.
Evangelhos de Marcos 5:9 e Lucas 8:30 mostra o senhorio do Senhor Jesus ao expulsar a legião de demônios que atormentava aquele homem. Precisamos ter o hábito de estudar mais a Bíblia ao invés de ficar deturpando o sentido das palavras com o intuito da prática de arrastões e outros crimes.