Shalom

No ritmo contente do “Arraiá” do Shalom

comshalom

“Que da bodega da esperança

a gente vire freguês

sejam todos muito bem-vindos

ao Arraiá da paz 2023″

Bruno Tavares

 

Ontem, dia 02 de julho, foi realizado no Sesc Juazeiro do Norte, o Arraiá da Paz. Contando com a presença de jovens, famílias, comunidade de Vida e Aliança e também convidados especiais. Foi uma noite de muita alegria, diversão e forró

 

Mateus do Acordeon iniciou a festa, seguido por poesia com Bruno Tavares

Convidado Mateus do Acordeon abriu a noite.

Apresentado pelo consagrado Kelvin e pela discípula Julita, ambos da comunidade de Aliança, o Arraiá começou com uma breve oração de entrega. A animação iniciou com o sanfoneiro Mateus do acordeon. Vindo da cidade de Moreilândia, Pernambuco, onde conheceu a obra de difusão que a comunidade tem naquela cidade, Mateus deu a largada no forró e na dança e aos poucos as pessoas foram ocupando o espaço central para dançar o tradicional forró pé de serra.

Houve declamação de poesia com Bruno Tavares. Ator e poeta popular, conhecido na região do Cariri, Bruno tocou a todos com a sua poesia em estilo de cordel, literatura tradicional da cultura nordestina.

O poeta Bruno Tavares encantou a todos com sua poesia.

“Espero que minha poesia possa remendar um pouquinho do coração de vocês. Inclusive o nome do meu livro é “Retalhos Poéticos”, eu costuro poesias e sou esse agricultor da palavra” foram as palavras de Bruno ao se apresentar ao público.

Como a religiosidade é uma das características da poesia de cordel, os versos de Bruno trouxeram elementos muito familiares. E de forma surpreendente, alguns versos faziam até mesmo lembrar da vida missionária:

“Quando piso furo o chão

cavo a terra e me planto

me enraízo em todo canto

não importa o torrão

atravesso na contramão

se for mesmo preciso

sigo as placas de aviso

chegando lá eu sossego

minha chinela tem um prego

que me prega onde eu piso

 

quanto mais eu caminhar

mais conheço o terreno

e mais coisas vou vivendo

se mudando de lugar

só carece me plantar

sou muda que me enraízo

me mudo se for preciso

ao mudar eu me entrego

minha chinela tem um prego

que me prega onde eu piso”

Os irmãos Kelvin e Julita, ambos da comunidade de aliança, foram os apresentadores da noite.

Momento revelação da noite

 

Fomos surpreendidos com o missionário da CAL (Comunidade de Aliança), Édson Rivelino, que preparou um lindo poema especialmente para o Arraiá, falando sobre como é a vivência nos grupos de oração e células da Comunidade, cheio de elementos muitos familiares a qualquer shalomita:

 

“e esse tal de shalom

você já ouviu falar?

Pois preste bem atenção

que com muita emoção

eu agora vou explicar

É uma comunidade 

da nossa Santa Igreja

que aos pés de um santo nasceu

que leva o amor de Deus

para quem quer que ele seja

São jovens, padres, casais

famílias, missionários. 

Alguns são celibatários,

todos ministros da paz

pense num povo diferente

que louva até pela dor

povo santo e pecador

tudo gente como a gente

Quando o sujeito não reza

é fraco, peca e vacila

é chamado vazo de argila

mas ninguém nunca despreza

o shalomita é feliz 

e espalha a alegria

se chama para conversar 

ele diz que é partilhar

no momento de diversão 

ele ama de koinonia

quando se mete as caras, 

ele diz que é parresia

e age com ousadia, 

pois o senhor lhe prepara

ele usa no pescoço, 

pendurado, um sinal

sinal de um povo eleito

e carrega no seu peito

o denominado tau

essa cruzinha de pau

tem palavra que só se aprende

se você for do shalom

è de Deus para dizer que é bom

se é do inimigo, repreende

cair por terra é se falta unção

confirmar é se Deus falou

e o Espírito Santo tocou

no povo em oração

o verbo que é mais usado

é o verbo discernir

discernir qual o meu grupo

ou aonde eu vou servir

discernir minha missão

discernir para todo lado

e até para namorar

ou mesmo para casar

discernir o meu estado

Shalom é a vocação

com Maria a interceder

e em tudo que eu vou fazer

no ordinário do dia

nunca posso esquecer

de rezar uma ave maria

aqui os coordenadores

são chamados de pastor

cada membro, uma ovelinha

que não caminha sozinha

tem sempre um bom formador

linda vocação de amor

que cuida de nós tudim

daqueles que são bonzim

dos que atormenta o pastor

daqueles que vão para o céu

com os bofe, com tripa e tudo

e do povo tão cabeçudo

que não lhe cabe o chapéu

ser shalom é levantar nossos braços

na hora que vai louvar

e em tempo de trupicar

rezar ensaiando os passos

ser shalom é ser jovial

é ser santo no meu trabalho

em todo em que eu espalho

o amor, a luz e o sal

ser shalom é não ser normal

segundo o olhar do mundo

é como São João Paulo II

não temer não ser igual

é na missa bater palma 

de forma cadenciada

liturgia bem caprichada

pro amado de nossas almas

é misturar nossa voz

orando em língua estranha

ungindo de uma fé tamanha

que já não cabe em nós

é saber ser derradeiro

pois deus é o primeiro em nós

o irmão vem logo após

e eu sou o feliz terceiro

ser shalom é crer na graça

mas tendo no chão o pé

é colocar nossa fé

naquilo que nunca passa

por isso eu nunca desisto

falo com convicção

nesse minha vocação

vou seguir a cruz de Cristo

Eu convido você também

venha experimentar

o amor que Deus quer te dar

o amor que o mundo não tem”

 

 

Show com Dani Sunali encerra a festa

 

Dani Sunali veio direto de Niterói no Rio para fechar a noite de festa.

Provando que havia preparado esse poema especialmente para o Arraiá 2023, o próprio irmão Rivelino foi o responsável por apresentar, em versos, a última atração da noite, nossa irmã Dani Sunali:

 

“E agradeço por escutar

pela vossa atenção

e em grande celebração

voltemos pro arraiá

 

se você tá conversando, 

tá comendo e tá gostando

o seu par vai arrumando

e venha cá pro salão

com muita satisfação

mas por favor, não se entale

pois vou chamar Dani Sunali

para animar nosso São João.”

 

Consagrada e celibatária da Comunidade Shalom como comunidade de Aliança e vindo direto de outro arraiá na missão de Niterói onde também cantou, Dani não exibiu nenhum cansaço e animou a todos, levando os jovens a encherem o pátio central. 

Como um dos últimos atos da noite, Dani encerrou a festa com uma quadrilha improvisada. As pessoas se animaram tanto e foram tantos casais participando que o espaço ficou pequeno.

E assim, foi o Arraiá da Paz 2023, um momento de confraternização, alegria e celebração da cultura popular, mostrando que é possível ter alegria, dança e muita festa de forma sadia e sem excessos.

 

Mateus Melo, consagrado da Comunidade de Aliança.

Maria do Socorro Sobreira, discípula da Comunidade de Aliança.


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