Bem, é difícil falar de algo inexplicável e para mim, a Jornada Mundial da Juventude foi uma experiência assim: indescritível e profundamente marcante. Eu sempre tive um carinho imenso por São João Paulo II e participar da JMJ sempre foi um sonho missionário, já que a Jornada surgiu como uma inspiração dele. Mas, às vezes parecia ser um sonho um pouco distante de ser realizado. Justamente por isso, com toda certeza a primeira iniciativa foi de Deus em me fazer acreditar que dessa vez eu estaria lá e a Providência Divina cuidou de tudo, de cada detalhe. Em pouco tempo, mesmo até sem pedir, recebi doações que me ajudaram a tornar a ida para a JMJ cada vez mais possível.
Primeiro, participei da Pré-Jornada que aconteceu em Braga e já foi muito marcante, pelo fato de encontrar a Juventude Shalom em um mesmo lugar, vindos de várias nações. Escutar como cada um chegou até ali, como foi a experiência deles com Deus, como conheceram a Comunidade, fazermos peregrinações juntos, tudo isso foi muito emocionante.
Lá também peregrinamos para dois lugares bem importantes em Braga: o Santuário de Bom Jesus do Monte e o Santuário de Nossa Senhora do Sameiro. Lembro que nesse dia, antes de irmos à Santa Missa, ficamos cantando e dançando as músicas da Comunidade e aquilo chamou tanto a atenção dos outros jovens que era impossível não ficar lá!
Lembrei-me o quanto essa alegria é contagiante e atrai para Deus! Foi incrível! E sempre ao terminar nossa programação do dia, voltávamos para o lugar onde eram feitas as nossas refeições e que, inclusive, fomos muito bem acolhidos pela Catedral da Sé de Braga! Minha gratidão à Catedral!
No dia 31 de julho, cheguei em Lisboa e lá tudo ficou mais animado! Foram dias muito corridos, mas muito emocionantes! A primeira grande graça que recebi durante os dias da JMJ foi poder participar ativamente do Festival Halleluya. Estive no corpo de baile e como sou grata à Deus e à Comunidade por essa oportunidade, pois foi no Festival Halleluya em Fortaleza no ano de 2013 que minha vida mudou completamente! Colocar meus dons à serviço da evangelização, dançar com outros irmãos de comunidade de várias missões, partilhar as experiências vividas, escutar outros jovens após o Halleluya, foi um marco na minha vida consagrada.
E claro, não posso deixar de falar dos atos centrais! A primeira vez em que vi o Papa Francisco passando e nos abençoando, foi impressionante, porque nenhum de nós esperava que ele fosse passar aonde estávamos, mas ao mesmo tempo foi de uma felicidade gigante.
Eu chorava de alegria por ver que aquilo tudo era real, por estar próximo ao Papa, por ouvir a voz dele, as suas palavras, sua direção para nós. Ficou muito marcante para mim quando o Papa falava sobre Maria na Vigília: “Maria realiza um gesto não solicitado e sem ser obrigada; Maria vai porque ama e «quem ama voa, corre feliz»”
Eu saí daquela vigília com esse desejo no coração, de amar a Deus sem ficar colocando restrições ou de fazer por obrigação, mas também viver aquilo que faço pelo outro, sempre por amor. Sempre, sempre! Receber a bênção do Santíssimo Sacramento pelas mãos dele, ver um milhão e meio de jovens fazerem silêncio absoluto, participar da Missa com o Papa Francisco, foi simplesmente inexplicável.
E por fim, peregrinar para Fátima foi selar toda a experiência da JMJ. Que lugar especial, cheio de pureza, cheio de silêncio, cheio de oração, cheio de ternura. Participei da Missa com vários outros peregrinos que ainda estavam em Portugal.
Lá pedi muito a intercessão de Nossa Senhora pela minha Missão de Santo André e também pelas minhas intenções pessoais. Depois fui para o All Together, que é o encontro com toda a Juventude Shalom e também com o nosso fundador. Foi muito bom ouvi-lo, relembrar através dele as palavras do Papa e os momentos especiais que vivemos.
Sem dúvidas, a intercessão de São João Paulo II e da Virgem de Fátima me levaram até lá e mais ainda, me levaram até ao Coração de Deus que me esperava na JMJ para realizar grandes coisas!
“O poderoso fez em mim maravilhas e Santo é o Seu nome.” Lc 1,49