A JMJ é um momento marcante de experiência com o amor de Deus para muitos jovens. Com o João Vitor não foi diferente. Conheça o seu testemunho!
Bom, essa foi a minha primeira experiência na Jornada, na verdade foi a minha experiência em tudo. Primeira vez viajando de avião, primeira vez fora do Brasil, primeira Jornada Mundial da Juventude e ainda por cima, primeira vez no trabalho voluntário.
Então já dá para ter uma noção que tudo foi um deslumbre sem precedentes, cada detalhe era sinônimo de foto e de alegria. Além disso, sempre foi um sonho fazer uma viagem internacional e participar da JMJ. Quando a JMJ foi aqui no Brasil, eu ainda era muito novo, tinha apenas 12 anos, então minha família decidiu não nos levar, por isso apenas meu pai e minha irmã foram. Desde então, o sonho de participar da Jornada só cresceu. Infelizmente, Polônia e Panamá também ficaram apenas no sonho, pois eu não consegui ir.
A gente nunca sabe qual é o desejo de Deus para nós. No final do ano passado eu me formei na faculdade e estava estudando para o mestrado. Eu e minha família decidimos que seria melhor eu focar nos estudos e não começar a trabalhar de imediato. Mas no meio do caminho, Deus nos pediu para realizar o “Ide”, e quando Ele fala a gente só obedece não é mesmo?
Então, antes mesmo da JMJ começar em Lisboa, nosso grupo de voluntários iniciou nossa “Jornada” aqui no Brasil. Eu acho que posso simplificar esse relato em duas palavras: Trabalho e Formação. Trabalho porque não há graça sem obra, e não há viagem sem dinheiro kkkkkkkkkk.
Nós investimos 5 meses para realizarmos diversas ações que pudessem nos ajudar a juntar fundos para a viagem. Fizemos rifas, batata, macarrão, trufas, pão artesanal e uma galinhada que deu o que falar. Deus literalmente foi falando para a gente: “Dê um passo de cada vez, confie em Mim, que vou colocar os degraus para vocês subirem”.
Foram dias muito cansativos e turbulentos, mas assim como Ele promete no Salmo 125, os que confiarem em Seu amor serão firmes como os montes de Sião e não se abalarão. E isso foi uma formação, tanto humana quanto espiritual. Como fomos formados!!! Em cada decisão, com oração ou sem oração, em cada exortação, em cada olhar cansado, em tudo!
Foram 5 meses de muito trabalho, mas enfim partimos em viagem. Como eu disse, no final do ano passado eu me tornei farmacêutico, então decidi ser voluntário na área da saúde e poder contribuir para o bem-estar dos peregrinos e voluntários que iriam servir na JMJ.
A saúde sempre trabalha muito, independente do país onde você está. Éramos os primeiros a acordar, os últimos a sair, os que tinham que dar um jeito quando faltava algum suprimento, enfim. Mas o que mais encheu o meu coração, foi ver a alegria no serviço de todos os voluntários.
As equipes eram formadas por diferentes profissionais da saúde de diversos países, minha equipe era composta por portugueses, espanhóis, colombianos, argentinos, peruanos, brasileiros e singapurenses, e dentro dessa salada gigantesca de culturas eu era o único farmacêutico brasileiro. E isso é importante porque, às vezes, temos uma síndrome que nós somos esquecidos pelo mundo e ninguém gosta da gente no mundo, mas descobri que quando estamos juntos por Cristo, a nacionalidade é o que menos importa. E tudo vira sinônimo de alegria!
Para mim um dos momentos mais impactantes da JMJ foi quando tivemos a missa de abertura na Colina do Encontro. Quando cheguei lá, vi a quantidade de gente balançando suas bandeiras, conversando em suas línguas, juntas para escutar a voz de Deus e mesmo sem se entenderem louvar as maravilhas de Deus em nossas vidas. Inclusive até registrei o momento em que eu estou em prantos kkkkkkk
Acho que a principal mensagem que fica em meu coração dessa JMJ é justamente essa, que somos amados independente da nossa nacionalidade, das nossas diferenças culturais, do nosso jeito de ser e que seremos acolhidos com amor enquanto estivermos conectados por Jesus Cristo, nosso senhor.
João Vitor Almeida
Obra Shalom Uberaba