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Dia do Professor: Do Império ao Século XXI

“Nos tempos atuais é preciso formar de maneira empática e aos moldes do que Deus nos convida a viver” diz professora Mônica Cardoso.

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FOTO: PEXELS

Comemora-se em 15 de outubro, o dia dedicado ao Professor. Essa data foi instituída como feriado escolar nacional pelo Decreto Federal 52.682 de Outubro de 1963, no então governo de João Goulart. Nesse dia celebra-se também Santa Teresa D’Ávila, educadora, padroeira dos Professores e Baluarte da Vocação Shalom.

Quando e como surgiu o dia do Professor ?

A origem do dia do professor vem do período imperial, quando Dom Pedro I decretou em 15 de outubro de 1827, dia consagrado a Santa Teresa D’Ávila, que todas as cidades, vilas e locais populosos do império possuíssem escolas de primeiras letras, hoje denominado Ensino Fundamental. 

No Decreto constam, por exemplo, a remuneração dos professores e o conteúdo que eles deveriam lecionar, entre eles: ler, escrever, as quatro operações aritméticas, princípios de moral cristã, doutrina católica, entre outras. 

Em 1947, mais de 100 anos depois surgia a primeira comemoração dedicada ao dia do professor, no dia 15 de outubro, idealizada como feriado por Salomão Becker, professor Paulista. A iniciativa visava intercalar um dia de confraternização e amenizar o cansaço do semestre.

“Professor é profissão. Educador é missão”, Salomão Becker

Em 12 de outubro de 1948, é publicada a Lei 148, em Santa Catarina, que decreta feriado escolar estadual no dia 15 de outubro. Quinze anos depois, João Goulart viria a decretar feriado nacional em outubro de 1963.

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O Professor no século XXI

De diversas formas o professor ensina e forma: desde os processos de alfabetização até a expansão do pensamento e transmissão de novos conhecimentos, por meio da preparação técnica e sobretudo humana do indivíduo, assumindo o compromisso de formar outros profissionais.

“ Nos tempos atuais é preciso formar de maneira empática e aos moldes do que Deus nos convida a viver” Mônica Cardoso

Mesmo com tantos desafios e a desvalorização dos docentes no Brasil, principalmente nos anos iniciais, em que se deparam com condições desestimulantes, escolas precárias, ausência dos pais, carências de vários tipos e a agressividade de muitos alunos, há muitos docentes que amam sua profissão e a desempenham com dedicação, esforços e o propósito de realizar sua missão de educar e impactar positivamente a sociedade. 

Sal e Luz do mundo

Mônica Cardoso, Discípula da Comunidade de Aliança (CAL) na Missão de Brasília-DF, leciona Organização da Educação Brasileira (OEB) na Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (FE-UnB) e conta que “por muito tempo orientou gestores públicos de todo o país nas políticas de Educação e nesse processo percebeu que precisava voltar para a Universidade e formar bons professores a fim de propiciar um mundo melhor.

Além da primazia dos jovens ela relata que “Deus foi me dando a confiança e me fazendo compreender que neste tempo estar na formação de professores das licenciaturas de pedagogia e demais áreas é também a primazia da minha vida e vocação”. 

O que a inspira a estar em sala é saber que ela pode formar pessoas, e além disso “ formar líderes que sejam agentes de mudança positiva na sociedade, com forte consciência social e preocupação com o outro. A fim de motivá-los a reflexão, discernimento e até mesmo a oração quando houver abertura. “

Mônica com seus alunos em sala de aula.

 

Sobre os desafios de educar, Mônica diz que “em sua maioria [eles] vem da pouca maturidade, das inconsistências familiares relacionadas à falta de referência (materna e paterna), amor, ausência, abandono e limite e isso é perceptível até mesmo numa simples apresentação de um trabalho. Valores como responsabilidade e compromisso foram perdidos e por isso é muito fácil cancelar o outro, ela complementa.

Sendo Sal e Luz no mundo Mônica apresenta a importância de amar, socorrer e evangelizar esses jovens, mesmo de maneira sutil, sem que as vezes eles mesmos entendam. 

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Dentro de uma Universidade Pública Federal ela escuta “Professora você é muito diferente” e finaliza “posso compreender de forma fecunda o que o Deus me convida a viver a cada dia neste espaço educativo e na confiança de que ele é quem faz sua obra. Quero em tudo amar e servir para que esses jovens experimentem de fato a educação que muda a vida e a realidade das pessoas.

Padroeiros 

Entre os padroeiros dos professores, há nomes como: Santa Teresa D’Ávila, São Tomás de Aquino, Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein) e Santa Úrsula.

 


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