O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano de 2023 trouxe o tema da redação: “Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher”. Os candidatos tiveram que escrever um texto dissertativo-argumentativo a respeito.
Apesar de parecer um assunto recente e que não há fontes ou especialistas que já tenham tratado sobre, uma filósofa alemã da década de 40 já relacionava a figura feminina ao que denomina-se de “trabalho de cuidado“.
Sem esconder, ou “invisibilizar” a mulher, Edith Stein, também conhecida como Santa Benedita da Cruz foi uma filósofa e teóloga de origem judia que deixou escritos preciosos sobre a importância da natureza e da missão da mulher na sociedade.
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Caráter Profissional da Mulher
Ao falar sobre o “Ethos Profissional“, Edith entende o trabalho como profissão abraçada enquanto chamado vocacional. Para a estudiosa, a mulher possui um “ethos correspondente” a sua “natureza”. Ou seja, tem um caráter profissional equivalente a sua identidade feminina.
“A atitude da mulher, tem em vista o pessoal-vivente e visa o todo. Cuidar, velar, conservar, alimentar e promover o crescimento: esse é seu desejo natural, genuinamente maternal.” Edith Stein
Por isso, ela compreende que existem profissões mais harmoniosas com o caráter feminino, “isto é, todas as profissões ligadas a cuidados com pessoas doentes, à educação, à assistência, à compreensão empática do outro, portanto, à profissão da médica e da enfermeira, da professora e da educadora, da empregada doméstica, as modernas profissões sociais, na ciência, às atividades ligadas à vida pessoal e concreta, isto é, às ciências humanas“.
Segundo a teóloga, em suas atividades as mulheres tendem a visar o bem-estar do ser humano, acima de valores objetivos.
A mulher nas profissões
Santa Benedita dizia ainda que não se pode negar à mulher a capacidade de exercer outras profissões além de mãe e esposa. Em um de seus artigos sobre Ethos Profissional, ela afirma:
“E mais: não há profissão que não possa ser exercida por uma mulher. Quando se trata de substituir o provedor de crianças que perderam o pai, de sustentar irmãos órfãos ou pais idosos, uma mulher abnegada é capaz de realizar os atos mais incríveis. Também dons e inclinações individuais podem levar à atividade nas mais diversas áreas. Nenhuma mulher é somente mulher, todas têm sua individualidade e sua predisposição tanto quanto o homem, e essa predisposição a capacita para essa ou aquela atividade artística, científica, técnica, etc. Em princípio, a predisposição individual pode referir-se a qualquer área, mesma àquelas mais estranhas à natureza feminina.”
Desse modo, Edith considerava que a mulher, independente do cargo ou profissão que exerça, contribui para a sociedade com sua “maneira peculiar de ser” que é capaz de “desenvolver em si e nos outros a verdadeira humanidade.“
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