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Padre Douglimar Estevam: O que nos impede de receber e ministrar a Cura?

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O Congresso de Cura começou no auditório do Hotel Vila Galé cheio de pessoas com sede de fazer uma nova experiência com o Espírito Santo. Na primeira pregação do evento, Padre Douglimar Estevam, missionário na cidade de Teresina, falou a todos sobre a grande e urgente necessidade de termos ousadia, intrepidez, abertura ao Espírito Santo e ao exercício da autoridade espiritual. O sacerdote afirmou que não podemos ter medo de ministrar a cura na vida das pessoas, que é preciso ter uma vida de oração aberta ao Espírito Santo, para que Deus aja através de nós. 

Ele alertou todo o público a respeito de algumas posturas que nos impedem de receber e ministrar a Cura na nossa vida e na vida dos irmãos, confira abaixo, e clame ao Senhor por uma renovação na sua vida espiritual:

1- Esquecer da experiência de Pentecostes

“Volte a orar em línguas! Volte a ter orações no poder! Volte a louvar com fervor! Volte a se abrir aos dons do Espírito! Volte! Senão este mundo vai nos engolir! Não podemos deixar arrefecer o fogo do Espírito Santo em nós. Deus se manifesta, Ele está agindo hoje”.

É preciso fazer memória da nossa experiência de efusão, mantê-la viva em nossa memória. Devemos ser homens e mulheres de fé, de uma fé expectante, e isto vem da experiência com o Espírito Santo. Se não vivermos a partir da experiência do Pentecostes, teremos uma oração vazia e nossa evangelização não terá a fecundidade que poderia ter. São João XXIII pedia no Concílio Vaticano II que fosse tirada toda a poeira da Igreja, e precisamos contribuir para que, de fato, isto aconteça! Precisamos nos lembrar do Pentecostes: aquele narrado em Atos dos Apóstolos capítulo 2, aquele ocorrido nos Estados Unidos que deu origem à Renovação Carismática Católica e aquele pessoal, em que Deus me alcançou. Como nossa geração tem recebido o novo pentecostes?

2- Preguiça!

“Ser ministro de cura cansa, traz uma responsabilidade. As pessoas virão atrás de nós, porque querem Deus”.

Não queremos mais rezar por Cura, aí delegamos esta função para algumas pessoas que consideramos aptas ao serviço, e isso faz com que fujamos da nossa responsabilidade. É preciso ter abertura ao serviço, praticar a autoridade espiritual nas oportunidades que Deus nos dá. Todos, especialmente os pastores de grupo de oração, formadores comunitários e formadores pessoais precisam impor as mãos sobre seus formandos e rezar por cura. Não nos neguemos a deixar Deus agir por meio de nós. Precisamos parar de dar desculpas, dizer que não sabemos, não conseguimos, e ter ousadia! É preciso deixar que Deus aja através de nós, porque é Deus que faz, não é uma ação humana, não depende do que eu sei ou não sei.

3- Apego a autoimagem e vaidade

“Não é você que cura, você não é curandeiro, você ministra a cura em nome de Jesus! Você planeja e Deus maneja”.

Não podemos ter medo de rezar por cura, de pedir que a pessoa seja curada em nome de Jesus Cristo. Muitas vezes não rezamos porque temos medo que a pessoa não seja curada. Podemos cair na tentação de querer que as pessoas sejam curadas para que sejamos aplaudidos, e isso barra a ação da graça. Nossa disposição deve estar em rezar com fé, desejando a cura daquela pessoa, suplicando e estando aberto ao mover de Deus, que pode cura-la ou não.

4- Uma fé arrefecida

“Achamos que a nossa vida é humana demais e esquecemos da nossa vida espiritual. Como vou proclamar a cura na vida da pessoa se eu não cultivo o dom da fé no meu coração”?

Para exercer o dom de cura é necessário ter fé, uma fé carismática. Toda a pessoa que ora por cura precisa estar mergulhada na Doutrina da Igreja, isto alimenta nossa fé e nos ensina como agir. A nossa pouca fé gera muitos impedimentos na ação da graça em nós, e, através de nós, na vida dos outros. Neste tempo, tendemos a recorrer à psicologia para responder aos nossos questionamentos. A psicologia é boa, nos ajuda muito, porém, não podemos esquecer que existe um mundo espiritual.

5- Egoísmo

“Nosso egoísmo nos impede de ministrar a cura na vida das pessoas, porque dá trabalho, porque precisamos perder tempo. O mundo frenético nos impede de gastar tempo com os outros”.

Se vivemos nossa vida totalmente centralizada nos nossos desejos e necessidades, não sobra tempos para olharmos e nos sensibilizarmos com os desejos e necessidades dos outros. O egoísmo nos impede de ministrar a cura na vida dos outros e até de recebermos a cura, porque se trata de um processo, não é algo automático. O processo de cura exige o investimento de um tempo do qual não queremos abrir mão, e então nos fechamos à graça que Deus quer realizar.

6- Falta de compaixão

“A mentalidade do mundo presente nos diz que: ‘eu me basto, eu que sei e não tenho nada a ver com a vida do outro'”.

Nossa falta de compaixão, de disposição para sofrer com o outro, se envolver com ele, nos afasta no processo da cura. Se vemos o outro como um estranho, com preconceitos, não há aproximação. Não é fácil lidar com as dores e problemas dos nossos irmãos, se ficarmos somente nos julgamentos, como iremos nos compadecer do que ele vive e nos abrir a sermos instrumentos de Deus na vida dele? 

 

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