“Desde os dias de João Batista até agora, o Reino dos Céus sofre violência, e são os violentos que o conquistam.” (Mt 11,12)
“Enxergar a violência
no olhar duma criança.
Perceber Tua essência,
labareda de esperança.
Só violentos entrarão
no Céu, Senhor Deus!
Com santa disposição
dar ao pecado adeus.
Permitir ser podado,
tornar-se pequenino.
Contrariar o pecado,
ser obediente menino.
Humildade irromperá
por se afastar do mal.
Shalom, se fortificará
na consumação total!
Ser vaso de argila,
viver Tua Humildade,
como Teresa d’Ávila
em espírito e verdade.
Na santa pequenez
de Francisco de Assis,
pela total intrepidez
unir-se a Tua Kénosis.
Como João da Cruz,
subir Monte Carmelo,
encontrar-Te, Jesus,
no centro do castelo.
Como pequena flor,
amiga Teresinha, viver.
Como Lolek se dispor
de tudo com todo ser.
Jesus não é poeta,
mas o Autor da vida!
Menino Rei Profeta
que abre uma ferida.
Uma ferida de amor,
uma chama que arde,
no Espírito do Senhor
que brada sem alarde.
Ó Toda Pequena,
violenta de coração,
alma pura e serena,
levou Jesus a João!
Ajuda-nos escutar
Teu Filho a nos dizer,
que o maior no Altar
foi menor ao nascer.
Buscar a santidade,
e pedir a Sua Força
e ser a minoridade.
‘Tens ouvidos, ouça!'”
“Com efeito, todos os Profetas e a Lei profetizaram até João. E se quereis aceitar, ele é o Elias que há de vir. Quem tem ouvidos, ouça”. (Mt 11,13-15)