Brasil

Como se organizar financeiramente e não começar o ano endividado?

Início de ano é marcado por várias contas extras no orçamento familiar: material escolar, IPVA …. Para você não se enrolar trazemos algumas dicas de especialista em gestão financeira.

comshalom

O início do ano é marcado por diversas despesas extras, que impactam o orçamento familiar. Impostos como IPVA e IPTU, matrícula e compra de material escolar das crianças estão na lista das contas que podem tirar a paz dos chefes de família. Mas como se organizar para não começar o ano no sufoco? Existe um jeito de administrar melhor as finanças nesse período? Para ajudar você, consultamos a educadora financeira e consagrada da Comunidade Shalom, Gigliola Sena, que apresentou algumas dicas para organizar melhor o orçamento familiar do início do ano.

>> Clique aqui para seguir o canal da “Comunidade Católica Shalom” no Whatsapp

Comece pelo Tripé da Organização

De acordo com Gigliola, a primeira coisa a fazer é usar o que ela chama de Tripé da Organização: levantamento (diagnóstico), otimização e avaliação (revisão e/ou repetição). Na fase de levantamento, você vai precisar anotar todas as contas previstas e as datas de pagamento delas. Já na otimização, seu esforço será por avaliar a melhor forma para efetivar os pagamentos e compras.

“E aí terá que estudar mesmo, visto que há prefeituras que cedem descontos maiores no IPTU. Há pessoas que conseguem desconto por não terem cometidos infrações durante o ano. Há ainda aqueles que possuem direito adquirido de isenção de IPVA por comorbidades pessoais ou por serem responsáveis de outrem”, explica Gigliola.

Aproveite as bonificações

Ao mesmo tempo que chegam as contas extras, muitas pessoas recebem também bonificações neste período. O salário 13º, férias, comissões, premiações. Tenha sabedoria para destinar qualquer renda extra que surja para quitar essas contas de início de ano.

Faça bom uso do cartão de crédito

O seu cartão de crédito pode ser um aliado neste início de ano. Gigliola explica que é possível aproveitar os pontos do cartão para trocar por milhas ou cashback e conseguir vantagens e descontos com ele.

“Conheço um caso de uma pessoa que comprou um uniforme com o cashback que ganhou ao pagar tudo com o cartão. Outra pessoa cujas contas somam R$ 10 mil pode ganhar cerca de 1% de cashback no cartão, ou seja R$ 100 o que já dá para comprar algo do material escolar. É um tipo de otimização possível a quem domina as ferramentas financeiras dos tempos atuais”, diz.

Avalie as prioridades

Nem sempre dá para suprir todas as necessidades de uma vez. Por isso, avalie as prioridades e compre com o orçamento disponível o que é mais importante. Algumas coisas vão precisar esperar os próximos meses para serem adquiridas.

Pesquise preços

Gigliola explica que é possível conseguir muitos itens do material escolar com um preço melhor pela internet. Por isso, antes de comprar, pesquise os melhores preços. “Para tudo vale a virtude da modéstia. E como as crianças precisam ser inseridas nesse processo virtuoso: será que tudo precisa mesmo ser novo sempre? O que se pode reaproveitar de anos anteriores que se tem em casa ou comprados de outros alunos com preço bem menor, como é o caso dos livros?”, questiona.

Cultive e ensine a sobriedade aos seus filhos

A especialista financeira alerta para os gatilhos de marketing que podem induzir a preferir itens mais caros porque estão em alta. Como remédio para esta armadilha, ela aponta a virtude da sobriedade, que você deve buscar cultivar e também ensinar aos seus filhos.

“Precisamos examinar se de fato é importante para ir a escola se ter as marcas do momento, o herói favorito em tudo. A superestimação ao consumo começa aí: no material escolar e nem nos damos conta disso.  Algumas coisas precisam sim terem cores neutras independente da condição financeira da família, por uma questão pedagógica de não centralizar a vida e o sucesso do ano no excesso do marketing do momento”.

Busque uma renda extra

Por fim, se depois de aplicar todas essas dicas, você ainda estiver no vermelho, avalie adquirir uma renda extra, mesmo que momentaneamente. “Se a coisa estiver muito difícil, com tantos aumentos, façam renda extra, vendam, troque coisas. Esse esforço momentâneo pode ser uma grande providência”, finaliza Gigliola.


Comentários

Aviso: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião da Comunidade Shalom. É proibido inserir comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem os direitos dos outros. Os editores podem retirar sem aviso prévio os comentários que não cumprirem os critérios estabelecidos neste aviso ou que estejam fora do tema.

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *.

O seu endereço de e-mail não será publicado.