Com o fim das terríveis perseguições sofridas pelos cristãos diante do implacável império Romano, a Igreja começou a se organizar melhor de modo mais público e ousado. Entre as estratégias que a graça divina inspirou, estão as que fortaleceram o culto a Deus, as celebrações e a catequese litúrgica dos fiéis. Esses momentos, além de prestar o devido louvor a Deus, possuem o objetivo de atualizar os mistérios divinos na vida dos fiéis bem como despertar na comunidade cristã a lembrança dos feitos de Deus na história e sua efetivação plena na missão profética, real e sacerdotal de Jesus, o Shalom do Pai.
Foi assim que no ano de 325 d.C, no Concílio de Niceia, presidido e organizado pelo Papa Silvestre I, a Igreja deu mais um passo na consolidação de sua doutrina, de modo que os fiéis recebessem ainda mais estímulos espirituais para um testemunho mais ousado, criativo e profundo de sua fé no mundo. Nesse período, os livros sagrados foram organizados em Antigo e Novo Testamentos e instituídas algumas das datas mais importantes de celebrações litúrgicas para o bom aproveitamento espiritual do povo. Entre esses momentos de exercícios espirituais, surgiu a Semana Santa, que contempla os mistérios da Paixão, morte e Ressurreição de Jesus.
A Semana Santa tem seu início com o Domingo de Ramos e culmina no Domingo da Ressurreição, a Páscoa do Senhor Jesus. Esse tempo é tão memorável, que seu mistério se estende ainda por algumas semanas, período que a Igreja deu o nome de Tempo Pascal.
Este texto é uma pequena introdução e um estímulo à sua curiosidade espiritual, para que possamos juntos meditar sobre a mística de cada um dos dias dessa bendita semana. Desde já, convido-o a suplicar o auxílio do Espírito Santo, para que Ele possa potencializar com sua graça aquilo que estas pobres palavras não forem capazes de expressar.
Que Deus abençoe seu aprofundamento sobre os mistérios divinos.
Shalom!